Edição 531
Trofenses criam site para “esmiuçar a realidade política e social” do concelho
Assumem-se como “heréticos desnaturados” que “ousam esmiuçar a realidade política e social” da Trofa “sem medo nem clientelas”. Depois de uma experiência de quase dois anos, João Mendes, Silvéria Miranda e Pedro Amaro Santos decidiram transformar o blogue “E a Trofa é Minha” em site – www.eatrofaeminha.pt – e assim responder ao crescimento do movimento cívico cibernético que criaram para abordar, “sem vassalagens políticas”, os temas que marcam a atualidade do concelho.
O projeto, criado inicialmente por João Mendes e Silvéria Miranda em período “escaldante” da campanha eleitoral às autárquicas de 2013, tinha como propósito “preencher um vazio” existente na blogosfera “no campo da intervenção política e social” trofense, “habitualmente ocupado, em exclusividade, por forças políticas”. “Contratempos criados por forças externas ao E a Trofa é Minha” em forma de “ataque pirata”, que provocou dificuldade no acesso aos conteúdos do blogue, fizeram com que os mentores dessem um passo em frente: a criação de um site – www.eatrofaeminha.pt – que está online deste quinta-feira. Para João Mendes, os números justificam a ambição: “Cem mil acessos e centenas de partilhas do trabalho desenvolvido por três ilustres desconhecidos em quase dois anos representam alguma coisa”.
Silvéria Miranda atesta a importância do projeto: “A ideia é que todos se sintam parte do E a Trofa é Minha, sem que lhes seja imposta uma linha de pensamento. É positivo que as pessoas discordem, debatam, pois só assim se encontram soluções, se pressiona os decisores (políticos e não só). Ninguém tem de ter medo por dar a cara por aquilo em que acredita”.
Os objetivos também cresceram e agora passam por “alargar a ação a novas áreas, da cultura ao desporto, passando pelo associativismo”. Mas, “as movimentações políticas, as obras públicas e a questão das acessibilidades continuarão na ordem do dia”, avisam.
Painel de colaboradores reforçado
Para corresponder às aspirações, o painel de colaboradores também aumentou: João Pedro Costa, presidente do Clube Slotcar da Trofa, acabou por aceitar integrar o novo projeto depois de “alguns meses” de pressão por parte dos autores. “O mais importante é defender a liberdade de expressão, em concreto a dos trofenses, e procurarmos respostas para a triste realidade que se tem vivido na Trofa, especialmente desde que ascendemos a concelho, que atualmente é uma terra do faz de conta, alimentada pela falta de comunicação de quem nos governa, por isso, acredito neste projeto de comunicação, vamos falar verdade de cara destapada, em contraponto ao panfleto tão popular na Trofa”, afirmou João Pedro Costa.
“O E a Trofa é Minha contará com mais algumas surpresas da área da cultura, da fotografia, do desporto e, claro, da intervenção cívica. Começamos dois, hoje somos dez”, referiu João Mendes. Por sua vez, o murense Pedro Amaro Santos salientou que o “espaço de liberdade” em que o projeto se tornou justifica o alargamento do leque de opiniões. “Somos um concelho tão pequeno e com tantas visões diferentes para os mesmos assuntos. A forma como alguém do Catulo vê determinado tema é, grande parte das vezes, diferente da forma como alguém de Alvarelhos ou dos Coronados o veem. Esta diversidade é interessantíssima e o blogue tem de a conseguir transmitir”, acrescentou.
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