Ano 2010
“O professor hoje”
Casa do Professor abriu as portas para um colóquio sobre o papel do professor nos dias de hoje.
A 5 de Outubro celebra-se a Implantação da República, no entanto não é só por isso que o dia deve ser assinalado. Esta data marca também o Dia do Professor. Para assinalar o dia, a Casa do Professor na Trofa organizou um colóquio, na noite de segunda-feira, 4 de Outubro, sobre “O professor hoje”, com o professor Paulo Amaral como orador convidado.
Maria Francelina Pereira foi uma das sócias que participou no colóquio e “apesar de não conhecer o palestrante” estava “na expectativa”, considerando esta uma iniciativa “importante, pois o papel do professor hoje em dia é muito complexo”. “O convívio e o debate de ideias são muito salutares”, acrescentou.
Esta professora participou “em praticamente todas as actividades” promovidas pela Casa do Professor e acredita que este é um projecto que “faz todo o sentido existir na Trofa, porque mobiliza não só os (docentes) que já não estão no activo, como também os que ainda estão, mas que se interessam. A Casa é um local onde é possível debater ideias”. “Os que não estão no activo não perdem a percepção do que se está a passar, porque as mudanças têm sido muitas, não só na escola como no mundo”, referiu.
Estela Coutinho é a presidente da Casa do Professor e, tal como a colega professora, acredita que a possibilidade de “reflectir para que a missão do professor se torne mais fácil é importante”. Sendo o Dia do Professor comemorado no dia da Implantação da República, Estela Coutinho não põe de lado a necessidade de uma revolução no ensino: “Talvez assim cortássemos o mal pela raiz”.
Ladeado por Estela Coutinho e por Manuel Silva, assessor da Câmara Municipal para a Educação, Paulo Amaral falou “sobre o que é ser professor no século XXI, porque hoje não é a mesma coisa que ser professor há um tempo atrás”. “Falar livremente e sem preconceitos” era o objectivo do orador naquela noite. Deixando de lado “greves” e “manifestações”, Paulo Amaral centrou a sua intervenção em temas como “a autonomia do professor dentro da sala, a criatividade para gerir uma turma e para gerar conhecimento”. “Que tipo de liberdade é dada ao professor hoje, quando está espartilhado por um programa a que tem obrigatoriamente de obedecer?” e “Porque é que o professor não pode criar uma empatia própria com os alunos?” foram algumas das questões lançadas aos docentes presentes na Casa do Professor.
O projecto Casa do Professor é recente, mas Estela Coutinho evidenciou que “já se pode verificar que os professores aderiram” e espera “ainda mais” sócios no futuro. “Unir os professores nesta época e olhar para o sorriso de cada um e ver que de facto vale a pena seguir esta profissão” faz com que o projecto valha a pena. As próximas actividades da Casa do Professor vão ter lugar por altura do S. Martinho, em Novembro.
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