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Edição 772

? Cruz Vermelha com fundos da “bazuca” para reabrir antigo centro de dia da ASCOR

O financiamento garantido através do PRR é “exclusivo para obras”, pelo que será necessário, referiu Daniela Esteves, “agilizar com a Segurança Social as parcerias necessárias para colocar este projeto no terreno”.

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A delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa vai dar uma segunda vida ao edifício da extinta ASCOR, Associação de Solidariedade do Coronado.

À luz de um contrato de comodato com a Junta de Freguesia, pelo período de 20 anos, a instituição ficou com a possibilidade de gerir o espaço situado na Quinta de S. Romão, dando-lhe a mesma finalidade para o qual foi criado, ou seja, ter a funcionar um centro de dia, com capacidade para 30 utentes, e prestar apoio domiciliário para outras 30 pessoas.
Para conseguir reabrir o edifício, a delegação da Cruz Vermelha candidatou-se a fundos oriundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo-lhe atribuído um apoio de “403 mil euros”. O contrato de financiamento foi entregue a 1 de setembro, numa cerimónia conjunta, no Hotel Hilton, em Vila Nova de Gaia.
Através deste projeto, a Cruz Vermelha abre a porta a uma nova área de atuação, respondendo “ao panorama demográfico atual” e “à tendência para o envelhecimento da população”. “Isto vai ao encontro do espírito para o qual este edifício foi construído. Quisemos manter este sentido para não defraudar todos os esforços feitos pela população do Coronado”, sublinhou Daniela Esteves, presidente da delegação.

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Ao gerir este espaço, a Cruz Vermelha consegue, igualmente, descentralizar a sua atividade e ganhar condições para “alocar recursos” já utilizados no auxílio à população mais fragilizada, como a entrega de refeições a famílias carenciadas, que é feita em parceria com a Junta de Freguesia.
O financiamento garantido através do PRR é “exclusivo para obras”, pelo que será necessário, referiu Daniela Esteves, “agilizar com a Segurança Social as parcerias necessárias para colocar este projeto no terreno”. As obras, explicou, por sua vez, Carla Lima, funcionária da delegação, focar-se-ão na “eficiência energética”, incluindo “a colocação de painéis solares e mudança da caixilharia”. “Vamos tentar reabilitar o melhor possível e torná-lo mais moderno e confortável. Numa fase posterior, vamos ter de pedir a ajuda de todos para conseguirmos equipar condignamente todo o edifício, assim como a valência de apoio domiciliário”, acrescentou.
É expectável que este equipamento possa criar até 30 postos de trabalho.
O executivo da Junta de Freguesia, que fez cumprir a determinação de tomar posse do terreno e, por conseguinte, do edifício após a extinção da ASCOR, mostrou-se satisfeito com esta nova vida do centro de dia.
“Não é natureza da junta gerir este tipo de equipamentos, porque não temos condições para isso, é uma máquina que não é possível suportar. Então, fruto de algumas parcerias que já temos com a maior instituição de solidariedade social do mundo, a Cruz Vermelha, e neste caso a delegação da Trofa, surgiu a possibilidade de esta gerir o espaço, dando-lhe o mesmo fim para o qual ele foi criado. Como presidente de Junta só me posso sentir satisfeito com esta solução”, sublinhou José Ferreira.
Agora com “90 dias para iniciar as obras”, a Cruz Vermelha espera, diz Daniela Esteves, poder, “nas melhores perspetivas”, inaugurar o centro de dia “dentro de um ano”.

Santa Casa da Misericórdia também conta com apoio do PRR

Assim como a Cruz Vermelha da Trofa, também a Santa Casa da Misericórdia da Trofa esteve, a 1 de setembro, representada na sessão pública de entrega de contratos de financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a requalificação e o alargamento da rede de equipamentos e respostas sociais da zona Norte, no Hotel Hilton, em Vila Nova de Gaia.
A instituição assumiu, como foi anunciado há um ano, a responsabilidade de construir um lar residencial no local onde figurava parte do “esqueleto” do Centro Comunitário de Alvarelhos.
O projeto, orçado em cerca de 2,7 milhões de euros, mereceu da “bazuca” um financiamento de quase 1,8 milhões.
Na apresentação do projeto, a 10 de setembro de 2021, Alfredo Gomes, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, explicou ao NT que “este edifício tem muitos aspetos diferentes do habitual”. “Até conseguimos criar uma rua interior e uma grande varanda e virar o edifício para a zona exterior ajardinada e verde. Temos a capela e podemos aceder a todo o edifício através de uma rampa. Já os quartos são sui generis, principalmente os duplos, porque são divididos a meio por uma barreira que faz toda a diferença, pois dão privacidade aos utentes”.
A nova residência terá capacidade para 50 utentes.

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