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Edição 560

Não abandonem o Parque das Azenhas

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A fotografia foi tirada pelo trofense Gabriel Fernandes e retrata o nível a que as águas transbordadas do caudal do Rio Ave chegaram no já longínquo ano de 1962.
Era por isso do conhecimento de todos, políticos e técnicos, que a força do rio era imparável e mesmo assim foi lançado o sonho por Bernardino Vasconcelos, iniciada por Joana Lima (que a inaugurou, mesmo estando inacabada para tirar partido eleitoral), e foi prosseguido pelo executivo de Sérgio Humberto. Já no início do mandato do atual executivo, no início de 2014 foi pedido à Assembleia Municipal (e autorizado) cerca de mais 500 mil euros, para fazer face aos prejuízos entretanto verificados, e que acresceram ao custo de uma obra, já de si choruda, de 2 milhões e 700 mil euros.


Validações políticas verificadas, e a meu ver bem, uma vez que foi devolvida aos trofenses a margem ribeirinha em condições mínimas de acesso à população e capaz de permitir a contemplação de um bem natural que muito caracteriza a Trofa, tendo mesmo servido de base para o sustento das primeiras famílias que por cá se fixaram e serviram de berça à construção da nossa cidade, a verdade é que passa então para o capítulo técnico os problemas que atualmente lhe conhecemos – investimento publico efetuado e real beneficio para a população.
Sabemos ainda que Sérgio Humberto reforçou os poderes do principal responsável pelas obras e pelo ordenamento do território, desde a criação do município da Trofa, o arquiteto António Charro, a quem foi concedido um cargo ainda maior, passando de “Chefe de Divisão Planeamento e Urbanismo” a “Diretor de Departamento de Administração do Território do Município da Trofa”.
Qual a estratégia do atual executivo ao dar continuidade à forma técnica como o concelho da Trofa está a crescer e em particular a este Parque das Azenhas que teima em não vir para a posse dos seus reais destinatários, os trofenses?
O hiato temporal entre a aprovação de verbas acessórias para fazer face à destruição que levou à perda de eleições de Joana Lima, em setembro de 2013, e as cheias verificadas neste início de 2016, demonstram uma inércia total para terminar a empreitada, sem qualquer esclarecimento cabal, perante os trofenses! Mais de 2 anos em que tudo poderia ter sido acabado, as terras consolidado, e a avaliação técnica aferida em rigor absoluto. Porque passou todo este tempo para terminar uma obra que já tinha sido deixada a meio da sua execução pelo anterior executivo?
Mais preocupante ainda são as declarações transcritas para o jornal “O Noticias da Trofa”, a propósito da reunião de Câmara do passado dia 7 de janeiro, “Em resposta a Luís Pinheiro o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, afirmou que o valor de perda do financiamento é de 85 mil euros. O atraso nas obras tem, segundo o autarca a ver com a liquidez. O subempreiteiro já fez um conjunto de trabalhos, nomeadamente nos contentores, que já está praticamente concluído, faltando questões de pormenor”.
Admiração total para estas palavras, pois as “questões de pormenor” correspondem a um Parque destruído!   
Já foi levantado algum processo de averiguações para se obter conclusões concretas sobre a adequação da obra ao espaço, bem como ao tipo de materiais utilizados na sua construção, tendo em conta que os acontecimentos atuais eram espectáveis? 
Será que a culpa vai morrer solteira e vão todos os responsáveis sair no mesmo “barco”, abandonando uma requalificação que é lindíssima para a Trofa, onde os custos para os trofenses já foram imensos e o seu usufruto diminuto?

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