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Edição 589

Muro de Abrigo vai construir centro de dia

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A Associação Muro de Abrigo vai avançar com um projeto para a construção das suas instalações, para dar resposta ao centro de dia e apoio domiciliário. Inauguração da obra poderá acontecer em março, pelo aniversário da instituição.

A Associação Muro de Abrigo está a dar “um grande passo” na realização de um sonho já antigo: a construção da sua própria sede. Ao final do dia de 16 de setembro, a direção da Muro de Abrigo assinou um contrato com a empresa Consoc Industries – Fábrica das Casas – para o fornecimento de uma “casa modular”, que servirá de sede da associação e terá como valências o centro de dia e apoio domiciliário, que será colocada no terreno cedido pela Junta de Freguesia do Muro.
A presidente da Muro de Abrigo, Fátima Silva, afirmou que a associação estava “a precisar de instalações”, porque as atuais, que “são cedidas por Armando Sanches, estão a ficar muito pequenas para as suas necessidades”. “Temos bastantes idosos em centro de convívio e queremos começar a funcionar como centro de dia certificado. Nestas instalações não conseguíamos essa licença, porque o espaço era muito pequenino”, explicou, mencionando que também o apoio domiciliário “já está a exigir outras coisas”.
O contrato assinado, contou, engloba “o projeto de arquitetura, de especialidades e de construção em fábrica”, sendo que a casa “vem pronta a colocar no local”. O valor de contrato é de “193.600 euros”, mas ainda é necessário dinheiro para “preparar o terreno e fazer a vedação”. No total, serão “necessários à volta dos 210 mil euros”, sendo necessário “angariar cerca de 75 mil euros”. “A Muro de Abrigo está a dar um passo grande e vai precisar de toda a comunidade. Temos a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia do nosso lado e agora estamos à espera que a comunidade nos apoie a nível de ajuda”, asseverou.
O edifício terá “à volta dos 300 metros quadrados” e terá “uma sala de convívio, uma sala de jantar, uma sala de trabalho, uma sala de direção, uma divisão para as funcionárias, outra para descanso do pessoal e outra para os idosos repousarem”. Em termos de capacidade, o edifício dará para “30 utentes de centro de dia e 40 utentes de apoio domiciliário”.
Se tudo “correr bem a nível da aprovação dos projetos”, a construção da casa em fábrica começará “em finais de outubro ou princípios de novembro”, o que significa que “em fins de fevereiro será implantada no terreno”. O cumprimento dos prazos depende, segundo Fátima Silva, da aprovação do projeto pela “Segurança Social, Delegação de Saúde e Proteção Civil”. “São coisas sempre um bocadinho morosas, mas vamos pressionar para ver se aquilo anda para a frente”, garantiu.

Construção do lar “em stand-by”
“Há cinco anos”, a Junta de Freguesia do Muro cedeu um terreno à Muro de Abrigo, tendo sido feito “um projeto para um lar e centro de dia”. Mas como “não houve cabimento orçamental a nível governamental para fazer uma obra, que estava orçada em 1,5 milhões de euros”, a instituição não avançou. E como “no enquadramento do Portugal 2020 não há subsídios para a construção desses equipamentos”, a instituição decidiu construir o centro de dia e apoio domiciliário, deixando “em stand-by” o projeto do lar.
Mas esta construção não implica que “mais tarde”, se “houver dinheiro”, não possam construir o outro projeto. “Esta é uma construção modular que se levanta e põe-se lá o projeto. Haja dinheiro para isso. Na altura estava orçada em 1,5 milhões de euros, agora é capaz de ir para perto dos dois milhões. É claro que não conseguimos fazer nada disso se não houver dinheiro do Estado”, frisou.

Assembleia de Freguesia aprova nova cláusula da cedência do terreno
Foi “em 2008” que foi assinado o contrato de cedência de terreno para a construção da sede da Muro de Abrigo, por 25 anos. Mas uma cláusula que restituía o terreno à Junta de Freguesia, “caso a construção não se iniciasse no prazo de cinco anos”, fez com que a mesma tivesse que ser levada à votação na Assembleia de Freguesia do Muro, a 20 de setembro, tendo sido aprovada por unanimidade.
Na assinatura do contrato da Muro de Abrigo com a construtura, Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia, salientou que esta é “uma grande obra que ficará para a comunidade”, sendo que e a Junta “terá que dar todo o apoio para que este projeto vá para a frente”. O presidente congratulou a “direção da Muro de Abrigo” por “não” terem “desistido” e pela “persistência e perseverança de que era possível fazer a obra”. “Parabéns à direção da Muro de Abrigo, porque vão fazer um empreendimento necessário e por se arriscarem a fazer uma obra destas em prol dos mais idosos e que é necessária”, felicitou.
Carlos Martins disse ainda que era “preciso mobilizar e sensibilizar as pessoas” para esta nova valência que será de “todos nós”. “Se toda a gente der dois euros dá 20 mil euros, por exemplo. Uns poderão dar mais e outro menos”, exemplificou.

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