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Edição 555

Moradores indignados com rua esburacada

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Indignação. Esta foi a palavra mais repetida pelos moradores da Rua das Carvoeiras, em S. Romão do Coronado, que, fartos de esperar, decidiram levantar a voz. A via, diariamente utilizada por centenas de veículos, sofreu obras por parte da Águas do Norte – empresa responsável pela rede de saneamento que está a ampliar no concelho da Trofa – e apesar de já não estar a ser intervencionada, mantêm-se “há meses” por repavimentar. Ângela Barbosa, que utiliza aquela estrada diariamente, contou ao NT que “rasgaram a rua no verão” e, apesar de defender que “as obras são necessárias”, não entende “por que demoram tanto tempo a repor o pavimento na estrada”. Teresa Sousa corroborou da opinião, contando que “há uma rua aqui perto, que também foi alvo de obras e os buracos já foram tapados e nesta ainda não”. “Ainda ontem esteve aqui um camião a tapar com terra, mas quando vier chuva, os buracos tornam a aparecer. Nós precisamos dos carros para nos deslocarmos e com a estrada assim só nos arriscamos a danificá-los. E depois, quem é que nos repõe o dinheiro que vamos gastar no mecânico?”, questionou.
Por sua vez, Maria José Bacelo fala do “barulho” dos automóveis ao passar nos buracos e “a sujidade que a lama, a areia e o pó provocam nas casas”. “Demoramos o dia a limpar e passado pouco tempo temos tudo sujo de novo”, reclamou.
Ângela Barbosa afirmou que enviou “um alerta para a Câmara Municipal” e um “email para um endereço que surgia numa notícia da autarquia a dar conta das obras e para onde se podia mandar dúvidas e pedidos de esclarecimento”, mas “ninguém respondeu”. “Nós só queremos uma resposta concreta por parte da Câmara e da Águas do Norte sobre quando é que vão colocar as estradas como elas estavam e não só com remendos”, asseverou.
O NT pediu esclarecimentos à Câmara Municipal da Trofa, mas não obteve resposta até ao fecho da edição. Já fonte da Águas do Norte fez saber que a empreitada na Rua das Carvoeiras “ficou concluída, com exceção da pavimentação definitiva, no início do mês de dezembro de 2015” e que “devido às más condições climatéricas que, entretanto, se verificaram, não foi possível concluir a execução dos trabalhos de pavimentação das valas nesse arruamento”. No esclarecimento, a mesma fonte acrescenta que “no início da próxima semana, a partir do dia 18 de janeiro, irão iniciar-se os trabalhos de pavimentação definitiva” e que “o município da Trofa está ao corrente da situação e da calendarização dos trabalhos que ainda falta realizar”. “A Águas do Norte pede desculpas pelos incómodos causados e apela à compreensão da população afetada”, concluiu.
José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, entidade que “não é tida em conta na elaboração deste tipo de projetos e infraestruturas”, afirmou que “a população reconhece a necessidade da obra”, mas “não esperava que demorasse tanto tempo”. O autarca referiu ainda que a Junta “tem intervindo junto dos empreiteiros e dos fiscais da empresa, que estão diariamente a acompanhar a obra”. “Tapam as valas com terra e não têm o mínimo de consideração de deixar as máquinas de forma a não estorvar as pessoas. Consideramos que não tem havido o devido cuidado de tratar os moradores afetados com a devida salvaguarda, para lhes causar o menor impacto possível. A estrada não devia ser tapada com terra, mas com outro tipo de material, que deveria ser reposto sempre que fosse saindo”, defendeu.

Junta e Câmara em negociações para protocolo de manutenção de vias

E se as ruas do Coronado já são conhecidas pelo mau estado de conservação, as obras de ampliação da rede de saneamento ainda vieram agravar o cenário, que tem posto muitos automobilistas “à beira de um ataque de nervos”. Há mais de um ano sem protocolo de delegação de competências assinado com a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal da Trofa é a responsável pela manutenção das vias. Por não concordar com uma cláusula incluída no protocolo, que atribuía a responsabilidade civil pelos acidentes decorrentes do mau estado das vias à Junta de Freguesia, o executivo do Coronado não aceitou, no entanto, revogou a decisão para recomeçar as negociações com a autarquia. José Ferreira afirmou ao NT que o processo “está bem encaminhado” e espera que “muito em breve se chegue a acordo para que o protocolo se estabeleça”. Mesmo assim, acrescenta, a Junta tem “tapado alguns buracos e sinalizado obras, mesmo sem ter competência, para minimizar o impacto junto das populações”.

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