Edição 761
O retrato da(s) mulher(es) como hino à igualdade
“Continuamos, com estes momentos, a promover os serviços concelhios e a disseminar os valores base para uma comunidade melhor”. Foi desta forma que Carla Lima, coordenadora do projeto CLDS 4GIR Trofa, explicou a iniciativa que levou mulheres do concelho a usufruir de um retrato na empresa Weshoot Agency.
A empresa sediada na cidade abriu as portas, gratuitamente, para mais de 40 mulheres, eternizando-lhes um momento que serviu para assinalar o Dia da Mulher, a 8 de março.
Os retratos surgiram nas redes sociais da empresa, assim como da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e do CLDS 4GIR.
A instituição fez mais e expôs os retratos na montra institucional localizada na sede, “como forma de agradecimento às mulheres” que fazem parte da direção, funcionárias e voluntárias.
“Consideramos que seria forma inovadora de promover as empresas concelhias e ao mesmo tempo as mulheres trofenses”, explicou Carla Lima, que sublinhou, igualmente, “a promoção da igualdade”.
“A igualdade de oportunidades, de acesso aos serviços, bem como o respeito pela diferença, tal como refere o lema da campanha, que todas as mulheres são diferentes, mas todas especiais. É muito importante que estes momentos existam, pois permite nos estar in loco com a comunidade, de uma forma diferenciada, mas ao mesmo tempo próxima”.
Por sua vez, Silvano Lopes, fotógrafo da Weshoot Agency e SL Casamentos, explicou que teve a ideia de contactar a equipa do CLDS 4GIR, através da Cruz Vermelha, para fazer associar o retrato, estilo de fotografia que aprecia e explora há cerca de 12 anos, “com uma causa”.
“Este trabalho começa por uma realização pessoal, um exercício, mas também um gosto por fotografar pessoas, o qual pretendo dar continuidade. Aliado a isto, tento também promover o meu trabalho com a partilha das imagens. Este projeto teve, ainda, como objetivo quebrar com os estereótipos de beleza”, sublinhou.
Apologista de fotografias que coloquem as pessoas “de forma crua e sincera” – “sem qualquer manipulação de imagem sem ser os aspetos básicos de exposição ou cor” -, Silvano Lopes acredita que é necessário contribuir para deixar cair mitos como “o bonito é só uma pele lisa sem rugas com um bonito penteado e make up perfeito”.
“A primeira coisa que olhamos quando vemos uma pessoa ou o seu retrato são os olhos e aí não tiramos medidas, não julgamos ou comparamos, porquê fazer com o resto? Todas as pessoas têm características pessoais, todas são diferentes e ainda bem que assim é. O bonito é ser diferente. E nesta sessão do Dia da Mulher tentei captar a essência de cada uma”, postulou.
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