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Edição 621

Sampaio e Cavaco revelaram-se. Finalmente!

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Em Portugal, parece que se tornou moda a edição de biografias de ex-Presidentes da República. Talvez porque os seus autores pensavam que as suas biografias poderiam servir de higiene e alívio às suas consciências pesadas, originadas pelas culpas acumuladas ao longo do tempo que exerceram a mais alta magistratura da nação. Sampaio e Cavaco revelaram-se. Finalmente!
Provavelmente as relações dos ex (presidentes e primeiros-ministros) provocaram em todos um azedume muito forte que lhes causou angústias, amarguras e muitos ódios. Por isso é que as biografias de Jorge Sampaio e Cavaco Silva formaram uma tempestade no mundo da política, e não só, com respostas e ataques violentos dos visados.
O livro das memórias de Cavaco Silva contém revelações inéditas, sobre conversas de trabalho com José Sócrates e as suas mentiras, a falta de capacidade de alguns ministros socratistas e a máquina de propaganda socialista. Nada que não se soubesse, desta relação pouco amistosa e muito truculenta, que estes políticos democraticamente escolhidos pelos portugueses travaram nos corredores do poder.
Uma meia surpresa desta biografia é a falta de sentido de estado de Cavaco Silva, ao vir para a praça pública expor o teor das reuniões com as mais altas figuras do estado. Esta atitude é típica dos políticos medianos, não de um verdadeiro estadista.
O segundo volume da biografia de Jorge Sampaio veio revelar um presidente sem qualquer tipo de escrúpulo e sem sentido de estado, que promulgou a dissolução de um órgão legitimamente eleito pelo povo português, a Assembleia da República, por questões meramente partidárias, como veio a confirmar nesta sua biografia.
A dissolução do órgão legitimamente eleito pelos portugueses, a funcionar com uma maioria coesa e sem qualquer tipo de problema ficou a dever-se à vontade de Sampaio em colocar o seu partido na governação do país. A dissolução da Assembleia da República originou a queda de um governo com ministros altamente capacitados para a governação do país e que tinha tomado posse, apenas seis meses antes, O governo de Santana Lopes dava credibilidade e garantia de competência técnica.
O partido socialista tinha passado por tempos difíceis, com a liderança de Ferro Rodrigues, pois as sondagens apontavam para uma estrondosa derrota do partido socialista. Mas, como refrescou a sua imagem, com a escolha de José Sócrates para secretário-geral do partido, na ótica socialista era preciso convocar, o mais urgente possível, novas eleições nacionais, antes que essa imagem refrescada se esbatesse. Assim aconteceu!
Nesta sua biografia, Jorge Sampaio, escreveu: “Fartei-me do Santana como primeiro-ministro, estava a deixar o país à deriva”. Só que foi com esta decisão política deliberada, de dissolver a Assembleia da República e consequentemente provocar a queda do governo, que colocou o país à deriva, com a eleição de José Sócrates, o pior primeiro-ministro em 40 anos de democracia. Ainda hoje os portugueses estão a pagar muito caro, esta decisão errada e antipatriótica, demonstrativa de uma falta de respeito pela vontade dos portugueses, que expressaram livremente a sua escolha em eleições. Uma falta de respeito para com os portugueses e para com a democracia!
Jorge Sampaio e Cavaco Silva, com a edição das suas memórias, não dignificaram o cargo que exerceram. Estas biografias vieram confirmar que existe um enorme défice de estadistas em Portugal. Infelizmente!

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