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Edição 500

Universidade Sénior do Coronado promove envelhecimento ativo

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Não é preciso canudo, apenas vontade de ocupar os tempos livres e conviver. A Universidade Sénior do Corona-do abriu há três meses e está aberta a novos alunos.

Querem ocupar o tempo e a mente, através da partilha de conhecimento, e afastar o isolamento com o convívio com outras pessoas. Estas são as razões mais apontadas pelos alunos para fazer parte da Universidade Sénior do Coronado.
A funcionar desde setembro, esta valência criada pela Junta de Freguesia local tem como objetivos promover o envelhecimento ativo de quem já está aposentado ou de pessoas mais velhas que não têm ocupação.
Apesar de, aquando da apresentação, “ter muitas inscrições”, a Universidade Sénior conta apenas com dez alunos, que ocupam os tempos livres com as disciplinas de informática, inglês, expressão dramática e trabalhos manuais. Segundo o diretor da Universidade, Fausto Silva, a pouca adesão explica-se pelo “medo do desconhecido”. “Como é uma novidade, as pessoas acham que não há interesse em fazer parte deste projeto”, afirmou.
Não é o caso de Joaquim Cruz, 78 anos e aposentado há 11 na área de contabilidade. Depois de uma experiência menos bem-sucedida na Universidade Sénior do Porto – devido à pouca adesão – não hesitou em inscrever-se logo que soube da existência de uma no Coronado.
“Na nossa idade isolamo-nos muito e esta é uma oportunidade para conviver com pessoas. Felizmente, encontrei um grupo de muito bom trato e qualidade”, testemunhou.
De entre o leque de ativida-des, Joaquim Cruz confessa que a expressão dramática é a que mais lhe enche as medidas, porque “permite uma boa comunicação”. “Na informática”, diz, “também me sinto mais à vontade, porque tenho já conhecimentos decorrentes da minha antiga profissão e até pensava que não precisava da disciplina, mas já aprendi coisas novas”.
Segundo Fausto Silva, a infor-mática é a que mais interesse tem suscitado nos alunos, por poderem “estar ligados ao mundo”. Muitos, que têm os filhos longe, aprendem a comunicar com eles através da internet.
Olinda Monforte esteve 34 anos no ensino, como professora de Português e Francês, e agora senta-se na carteira no papel de aluna. Agora reformada, concretizou o desejo de anos ao fazer parte de uma Universidade Sénior, seguindo os passos da mãe. “Sempre imaginei que, quando me reformasse, iria desenvolver outras atividades, porque quero aprender coisas novas e melhorar os meus conhecimentos. Uma pessoa nunca sabe tudo”, asseverou.
A antiga docente desmitifica o conceito do projeto e lança o desafio: “Recomendo a todas as pessoas aposentadas, independentemente do seu percurso escolar, porque o envelhecimento tem de ser ativo e não só do ponto de vista físico”.
Na Universidade Sénior do Coronado há pessoas que exerceram a profissão de carpinteiro, pintor e até há outros que nunca trabalharam, como as domésticas.
O convite é, por isso, deixado a todos: “Vamos deixar o absentismo, tirar o comando da mão e vir para a Universidade Sénior. Têm todos os predicados para estarem cá. Este é o reviver da escola, não é para tirar nenhuma licenciatura”.
Atualmente, os alunos da Universidade Sénior encontram-se empenhados nos trabalhos manuais para levar artigos feitos à mão para a Feira de Natal da Junta de Freguesia do Coronado, que decorre de 5 a 7 de dezembro, na antiga fábrica da Pesafil, em S. Mamede.

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Visitas de estudo frequentes
Passeio de barco pelo Douro, visita às caves do Douro vi-nhateiro, visita à Casa Museu Tei-xeira Lopes. Estas são algumas das saídas que a turma da Universidade Sénior fez este ano letivo. Esta semana, por exemplo, foi à Assembleia da República, a Lisboa, numa viagem de comboio. Muitas outras estão a ser ponderadas pela direção da Universidade, revelou Fausto Silva.

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