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Linha do Equilíbrio: “Bora lá” retomar as rotinas…!

As rotinas, apesar de serem definidas como repetitivas e previsíveis, apresentam caraterísticas que são importantes para aprendizagem e consolidação de novas competências

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Para a maioria de nós, terminou o período de férias e de descanso, e estamos de regresso à vida “normal”, o que leva, naturalmente, ao retomar das rotinas!
Inúmeras vezes, a palavra rotina está associada a sentimentos negativos e até mesmo pejorativos, carregando representações mentais de monotonia associada à tristeza. Tal situação é bem patente em frases proferidas como “de volta à rotina”, “parece que faço sempre a mesma coisa”, “continua tudo igual”, entre muitas outras, que demonstram nas pessoas insatisfação com a sua vida, facto que poderá levar a consequências na sua saúde física e mental.
Mas; será a rotina assim tão má? As rotinas, apesar de serem definidas como repetitivas e previsíveis, apresentam caraterísticas que são importantes para aprendizagem e consolidação de novas competências:
Nas crianças, os estudos demonstram que estas são fundamentais para o seu desenvolvimento e segurança. Como exemplo, imaginem as rotinas diárias de cuidar de uma criança: dar banho; o ajudar a vestir; alimentar; colocar a dormir a horas certas… exemplos de rotinas estruturadas e repetitivas, mas flexíveis, onde podem ocorrer grandes interações entre os cuidadores e as crianças, bastando para isso haver disponibilidade, por parte de quem cuida. Estar disponível e cuidar de uma criança introduz sempre na relação o conceito de novidade, sendo que a novidade desperta na criança o interesse por aprender, transformando esta rotina previsível e repetitiva numa experiência única, como exemplo quando damos um novo brinquedo ou exploramos os sons de um instrumento musical.
Nos adultos, ter uma rotina pode ser ou não benéfico, depende de cada um. Enquanto que existem pessoas que funcionam perfeitamente com uma agenda estruturada ou com uma rotina para cumprir ao longo do dia, existem outras pessoas que “tremem” só de imaginar a agenda. Contudo, os estudos demonstram que ter uma rotina pode ajudar as pessoas a gerirem melhor o stress e a ansiedade, pois contribui para manter o foco na tarefa e ser mais produtivo, principalmente se a pessoa estiver a introduzir novas rotinas no seu dia, bem como ajudar a realizar metas exequíveis diárias.
Percebemos assim que uma rotina estruturada pode ser útil, pois ao escolhermos o que fazer num determinado período, podemos libertar e “ganhar tempo” para outras atividades mais prazerosas e saudáveis, como estar com a família e amigos, fazer exercício físico ou até mesmo tomar um café numa esplanada.
Porém, uma rotina nunca deverá ter um caráter obrigatório, onde a inflexibilidade reine. Antes pelo contrário deverá ter uma estrutura que mantenha organizado o dia, contribuindo para ajudar a gerir o stress, a manter as atividades básicas sem alteração, sendo que estas são, muitas vezes, o elo mais fraco, pois são as primeiras, em momentos de stress, a serem eliminadas na tentativa de ganhar tempo, e, ainda, possibilita agendar novas atividades.
Cabe a cada um entender se ter uma rotina é uma mais-valia ou não para o seu equilíbrio, mas o que se verifica é que nos momentos menos positivos da nossa vida o que mais desejamos é voltar à rotina!

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