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Escrita com Norte: “Sinto-me”

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“Rapariga britânica de 13 anos diz que se identifica como sendo um gato. Colega questionou-a e professora não gostou. Chamou-lhe “desprezível”, sugeriu que era homofóbica e falou em mudança de escola…”
Depois de ler esta notícia “passada”, passada em Inglaterra, Rui vê uma janela de oportunidade para mudar a sua vida, não sair do “armário”, mas assumir-se conforme as suas conveniências.

São 7h e 30m, Rui é acordado pelo seu despertador natural, a mãe, que, tal como um relógio suíço, acorda-o sempre àquela hora para que não chegue atrasado à escola.

– Filho, levanta-te, está na hora.
Cheio de sono e a cabeça a pesar sobre a almofada, lembra-se da notícia e responde:

– Não posso mãe, sinto-me uma begónia!

– Estás tolo?!!!

– Não me insultes e respeita-me. Traz-me um suminho à cama para me “regares”.
Dona Lurdes suspeitava que o filho fumasse, mas também ouvia falar de correntes mais radicais do politicamente correcto e suspeitava que estes devaneios viessem daí. Se fosse tabaco, Dona Lurdes punha o filho na “linha”, mas sendo um caso identitário, Dona Lurdes seria posta na “linha” por um qualquer activista.
Rui, depois de “regado” com um suminho de laranja e de ter ficado a fazer a fotossíntese mais 45 minutos na cama, despertou para a identidade que todos lhe reconhecem:

– Mãe, sou eu, o Rui, o teu filho, estou com fome!
Sem dar um pio perante a bizarria e disfarçando que aquilo seria normal, diz:

– Estive para deitar o Néstum ao lixo antes de regar a begónia. Ainda está na mesa da cozinha.
Depois de comer e antes de sair de casa, ainda se sentiu “porquinho mealheiro”, sentindo-se o pai obrigado a depositar-lhe 10€, sob ameaça de ser acusado de bibelofobia (preconceito e discriminação contra bibelots).

Munido de dinheiro para tabaco e um croissant, Rui sai de casa em direcção à escola, onde, à chegada, se sentiu bebé ao avistar a mãe boazona do Carlos, agarrando-se a ela para ser amamentado.

Apesar da compreensão do porteiro da escola, que se baba sempre que o Carlos é deixado à porta, este ao tentar apartar o Rui das mamas da senhora, foi alertado por uma activista, que se sentia papagaio, empoleirada no ombro de um homem, que se sentia árvore, para deixar o Rui terminar a amamentação e, no fim, instigou a mãe do Carlos a pôr o Rui a arrotar.

Já na escola e na aula de educação física, o jovem Rui, já há muito avispado para as raparigas, depois de distribuir sarrafada como um garanhão no jogo de futebol, na hora do banho sentiu-se mulher. De acordo com as novas normas da escola, “compreensivamente”, o professor respeitou a nova identidade do Rui e este foi tomar banho ao balneário das raparigas. Elas, desconfortáveis, saíram sem tomar banho, e elas, acusadas de transfobia, foram expulsas da escola, depois de serem obrigadas a tomar banho com “a” Rui.

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A “Rui”, no regresso a casa, confusa com as suas constantes mudanças, bateu na porta da casa errada… aparece-lhe algo que vagamente lhe fazia lembrar o amigo Toni, da primária, mas com aspecto de ALF!

– Toni?!!!

– Não. Eu sou o Cand e sou Aliegénero.

Aliegénero é uma identidade de género que é uma interpretação de um ou mais géneros de uma perspectiva não-humana… tenta encaixar-se num género de outra espécie.
Já o Rui, passou o dia armado em duragénero, ou seja, alguém que possui múltiplos géneros e que passa por mudanças na sua identidade de género, mas que tem um género que é mais proeminente e duradouro em comparação com os outros.

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