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Edição 552

“Eliminar 100 por cento os cheiros vai ser impossível”

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A Assembleia de Freguesia de Covelas reuniu-se, a 21 de dezembro, para, além de apresentar o Plano Plurianual de Investimentos e Orçamento para 2016, informar sobre o “ponto de situação” da construção da ETAR para a Savinor.

“Um de novembro de 2016”. Esta foi a data avançada por Feliciano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Covelas, para que a Savinor tenha em pleno funcionamento a ETAR. A informação foi-lhe veiculada durante uma “reunião que teve na Savinor”, onde também esteve presente um representante da “Trofáguas”, a 17 de dezembro, para se “saber o ponto de situação” do aditamento ao contrato de conformidade ambiental.

Recorde-se que o objetivo deste aditamento, assinado a 29 de agosto de 2014, era acabar com os maus cheiros decorrentes da atividade da Savinor, sendo que à empresa detida pelo Grupo Soja de Portugal caberia investir 1,5 milhões de euros para avançar com a desativação das lagoas, apostar num sistema de pré-tratamento de resíduos e ligar a indústria a um intercetor, cuja construção está a cargo dos serviços camarários. O intercetor, que fará as águas residuais chegar à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Agra, em Vila Nova de Famalicão, tem cerca de sete quilómetros de extensão, a par do ribeiro de Covelas e do rio Trofa.

Feliciano Castro, que trouxe o tema à discussão ainda no período antes da ordem do dia, informou que o “recetor já está feito” e que “já estão a esvaziar as lagoas para o saneamento”. “Já fizeram o concurso para a ETAR, para fazer a estação de tratamento, que inicialmente era de 1,5 milhões de euros, mas acho que vão gastar 1,8 milhões euros. Já foi atribuída a empresa que vai construir a ETAR e que depois vai ficar responsável pelo tratamento das lamas”, explicou, referindo que a Savinor “só vai ter a seu cargo o transporte das lamas para outra empresa certificada”.

Durante a reunião, um dos engenheiros terá dito que, “numa indústria daquelas, eliminar 100 por cento os cheiros vai ser impossível”, mas que se eliminar “90 por cento”, para Feliciano Castro, já “seria muito bom”.

Já quando questionado por Antero Castro (PS) sobre a possibilidade de haver “contrapartidas” pelo “impacto ambiental” dos postes da REN, Feliciano Castro respondeu que “em falar não se perde nada”, informando que “indemnizaram a freguesia”, em cerca de “2500 euros”, por “colocar um poste na entrada do aviário na Sardoeira”. Quanto à questão de a freguesia ter uma entrada para a Circular da Trofa, o presidente da Junta afirmou que “não vai ser contemplada nem com saída, nem com entrada”, porque naquela zona das sucatas ai ser criado “um viaduto”, sendo que as câmaras municipais estão “a pensar” fazê-lo “futuramente”.

Na sessão foi aprovado por maioria com três abstenções, dos membros do Partido Socialista, o Plano Plurianual de Investimento e Orçamento para o ano 2016. Feliciano Castro prevê a realização de uma “série de intervenções”, dos quais destaca a “ampliação do cemitério, arranjo da zona envolvente e pavimentação do cruzeiro”, a pavimentação da Rua de Campos, que ainda está “em terra batida” e o “alargamento da ponte do Castanhal”. Quanto ao cemitério, Feliciano Castro adiantou, ainda no período antes da ordem do dia, que já houve “apreciação e parecer favorável da Câmara Municipal da Trofa” da apresentação do projeto da ampliação do cemitério, “falta agora entregar as especialidades, para avançar para concurso e arrancar com a obra o mais rápido possível”.

Obrigados a pagar curso para usar pesticidas

Agora é preciso ter uma licença para comprar, manusear ou aplicar pesticidas. O alerta surgiu na Assembleia de Freguesia de Covelas, através de Fernando Cruz (PSD/CDS-PP), que informou do despacho do Ministério da Agricultura, que obriga, desde o dia 26 de novembro, os utilizadores de pesticidas a obter uma licença, através da frequência de uma ação de formação. “Muita gente não tem conhecimento disso”, referiu o membro.
Quem for apanhado a utilizar os produtos fitofarmacêuticos sem ser portador do curso e autorização, habilita-se a pagar uma multa.

A ação de formação, que capacita os agricultores de usar aqueles produtos, tem uma duração de 50 horas. Agora é paga, mas nos últimos três anos realizaram-se ações de formação gratuitas.

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