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E depois da JMJ? O testemunho de quem viveu um momento “irrepetível” (2)

O JA ouviu jovens e monitores que estiveram, ativamente, envolvidos na realização da Pré-Jornada, no concelho da Trofa, no acolhimento dos peregrinos estrangeiros e na participação do grande evento, em Lisboa.

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Muito se debateu, muitos tweets se escreveram e muito se falou sobre o alegado retorno da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no nosso país. Muito desse debate centrou-se, claro está, na valia financeira que o evento podia trazer para Portugal, mas, por outro lado, não se generalizou as conversas e os testemunhos de quem viveu a JMJ e o contacto com o Papa Francisco.
O JA ouviu jovens e monitores que estiveram, ativamente, envolvidos na realização da Pré-Jornada, no concelho da Trofa, no acolhimento dos peregrinos estrangeiros e na participação do grande evento, em Lisboa.

João Lima, Coronado

Fui voluntário no Coronado (S. Mamede e S. Romão), onde acolhemos cerca de 520 jovens da Chéquia, distribuídos por várias famílias de acolhimento, bem como nas instalações da Escola de S. Romão do Coronado.

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Ao longo da semana, o papel dos vários voluntários foi diverso, mas, em simultâneo, transversais entre todos os elementos, demonstrando, desde logo, a interligação e o trabalho desenvolvido por todos os presentes com o objetivo de proporcionar aos jovens que nos visitaram uma experiência única, diferente e marcante.

Ao longo da Pré-Jornada, tive a oportunidade de interagir com diversos jovens com diferentes culturas, saberes e modos de estar em Igreja e com a Igreja. Foi uma semana onde a cultura, juventude, oração e a igreja estiveram de mãos dadas, permitindo uma semana de encontro com o outro, de encontro com os demais que também procuram e vivem esta nossa fé em Jesus Cristo.

Durante a realização das pré-jornadas tivemos várias ocasiões oportunas de proporcionar a todos os jovens partilhas de experiências culturais, tais como noite de cinema, mostra cultural com tudo aquilo que se faz no concelho da Trofa, jogos tradicionais e ainda uma noite de sarau cultural que contou com a participação de todos os peregrinos e com artistas portugueses (Tozé, dos Per7fume, e um jovem artista Lynx Blindlind) que quiseram associar-se a este grande evento. Todas estas atividades foram realizadas com o objetivo de proporcionar uma reciprocidade entre nós, voluntários, e jovens da Trofa, com todos os peregrinos oriundos dos vários pontos do mundo e com as nossas comunidades paroquiais – tal como o Papa Francisco mencionou no seu discurso com as autoridades, com a sociedade civil e com o Corpo Diplomático em Portugal, afirmando que a cidade de Lisboa é a “cidade do encontro” que “conserva o abraço e o perfume”, também o nosso concelho da Trofa ao longo da semana da Pré-jornada foi também a cidade do encontro que abraçou com muita alegria, trabalho, dedicação todas estas dinâmicas em prol da Jornada Mundial da Juventude.

Tal como o nosso Papa Francisco se apresentou na Jornada Mundial da Juventude como “peregrino da esperança”, também nós tivemos essa oportunidade de o ser com a participação na JMJ, em Lisboa. Lá, tivemos vários momentos de participação e de comunhão com todos os jovens do mundo inteiro.

Um dos momentos mais marcantes para mim ao longo da JMJ foi a minha participação na oração de Vésperas, no Mosteiro dos Jerónimos, na qual, tive a oportunidade de estar e oração com os Bispos, os sacerdotes, consagrados, seminaristas, agentes da pastoral e com o Papa Francisco, que mencionou que a “Igreja é sinodal, é comunhão, ajuda mútua, caminho comum.” É com este pensamento e modo de estar em Igreja que considero que seja o maior desafio para todos nós, jovens que somos o futuro da Igreja. Com a participação na JMJ fica a certeza de que temos ainda um longo caminho a percorrer em prol de uma sociedade melhor, de um novo modo de estar em Igreja, sempre com a certeza e com a confiança de que “Deus é Pai e um Pai que nos quer bem, um Pai que nos ama”, como afirmou Papa Francisco na cerimónia de acolhimento.

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