quant
Fique ligado

Edição 567

Assembleia-geral do clube azedou

Avatar

Publicado

em

Apesar de muito pouco concorrida, com cerca de 20 associados, a assembleia-geral teve alguns momentos “quentes”. Houve quem falasse do passado e atribuísse a culpa ao antigo presidente da direção, Rui Silva, pela atual situação do clube. E perante o elevado tom crítico logo houve quem se insurgisse para defender o antigo dirigente, sublinhando “os 30 anos de apoio que ele e a família deram ao Trofense”. O mesmo fez o atual gerente da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), Nuno Lima, quando questionado por um sócio sobre o facto de o clube não ter como se financiar. “Isso acontece porque a família Silva, que nos apoiou todos estes anos, deixou de o fazer”, frisou.
Mas houve outros sócios que desvalorizaram o passado e atribuíram responsabilidades à atual gestão, criticando o facto de o presidente da direção, Paulo Melro, alegar falta de capacidade para resolver a grave situação financeira do clube. A única solução que estaria em cima da mesa parece cada vez mais uma miragem. Trata-se da aquisição de uma “posição maioritária” da sociedade desportiva, proposta que, segundo o presidente do clube, está a ser avaliada por “duas entidades” que são “de fora do país”. “As situações esfriaram quando se percebeu que não era este ano que íamos lutar pela subida, uma vez que, do ponto de vista financeiro, na outra divisão há um acréscimo de valor. O projeto desportivo de quem está disposto a comprar a sociedade desportiva é de subida às ligas profissionais, onde se consegue fazer negócio e valorizar jogadores, pelo que penso que só não há uma resposta da sua parte porque aguardam uma definição do ponto de vista desportivo, o que só deve acontecer no fim do campeonato”, afiançou.
É também por isso que a direção se mantém em negociações para um novo plano de recuperação financeira para “empurrar com a barriga para a frente” até que haja uma luz ao fundo do túnel.
Perante algumas manifestações críticas de sócios à postura adotada, Paulo Melro mostrou reticência sobre “quanto muito mais tempo” terá “força” para “lutar”, no entanto agarra-se na “réstia de esperança” e na “assunção das responsabilidades enquanto presidente da direção”.
“Eu já tive oportunidade de dizer que se houver uma solução que passe por eu não estar aqui, nunca colocarei problemas e sairei, mas acho que o Trofense teria mais problemas se eu apresentasse demissão agora, porque iria criar um vazio maior. Estando em negociações de planos de recuperação e propostas de aquisição da sociedade desportiva, sair seria prestar um mau serviço ao clube, por isso nos temos mantido e assim continuaremos pelo menos até ao próximo ato eleitoral”, asseverou, sem deixar de mostrar alguma mágoa por não ter saído da assembleia “uma discussão sobre o que se pode fazer, hoje, para ajudar o clube”. “Sem conseguir pagar salários nem cumprir com as condições mínimas de dignidade para quem está no clube a trabalhar e a lutar pelo nosso emblema, vai ser difícil aproveitar qualquer coisa que venha a surgir”, vaticinou.
Ou seja, apesar da grande discussão, tudo continua na mesma: um clube que parece um barco em alto mar a meter água à espera de chegar a terra sem se afundar. Soluções nem vê-las, para já, assim como os sócios, que parecem estar cada vez mais distanciados daquela que é a maior coletividade do concelho. E que há meia dúzia de anos estava na 1.ª Liga, com estádios cheios.

Continuar a ler...
Publicidade

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Facebook

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...