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25 anos de autonomia. O Futuro passa por aqui? (Parte 2)

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Caras e caros leitores, continuarei neste texto a reflexão que partilhei convosco sobre os nossos 25 anos de autonomia. Depois de ter feito um balanço sobre alguns eixos fundamentais do desenvolvimento do nosso território tais como a mobilidade, transportes públicos, saúde, gestão dos resíduos, rede viária, organização administrativa, entre outros, este é o momento de terminar a reflexão, começando exatamente com a mesma questão: o futuro passa ou não pela Trofa?
25 anos, importa fazer um balanço sobre a nossa estratégia global para proporcionar aos Trofenses mais qualidade de vida. E isso faz-se com um concelho ativo, dinâmico, que ofereça um leque alargado de bens e serviços que satisfaçam os cidadãos. A prática desportiva é fundamental para manter uma população ativa. Assim, importa olhar para o nosso cenário. Se por um lado temos um movimento associativo forte e robusto, que vive muito do voluntariado dos pais e do sonho dos atletas, por outro lado ainda temos um longo caminho para nos equipararmos a concelhos vizinhos, no que aos equipamentos desportivos diz respeito. Nos últimos anos, um pouco por todos os concelhos do nosso distrito, a tendência de modernizar os pavilhões e/ou campos desportivos ficou bem evidente. Na Trofa, para não variar, corremos atrás do prejuízo. Estamos ainda longe do ideal, mas é justo reconhecer que estamos a dar passos para melhorar. Defendi em 2021, nas eleições autárquicas, que a promoção da prática desportiva passaria muito pela modernização. Assumi que requalificaríamos/construiríamos campos e/ou pavilhões, fosse através da colocação de relvados sintéticos ou na construção de pavilhões que possibilitasse a prática de modalidades indoor em todas as freguesias. Criar condições em todas as freguesias para a prática desportiva é promover o bem-estar, a equidade e coesão territorial.
A qualidade de vida de uma população e a felicidade da mesma pode ser muitas vezes associada àquilo que pode consumir ou ter acesso. Um concelho com uma oferta cultural variada, de qualidade e sistemática, é sem margem para dúvidas um concelho mais rico e valorizado. Na Trofa, 25 anos depois da nossa autonomia, continuamos a falhar. Não temos equipamentos físicos que permitam a realização de grandes eventos, com capacidade para milhares de pessoas. Seja um espetáculo de dança, uma peça de teatro, um desfile de moda, ou uma exposição artística. Urge construir uma casa das artes, um centro cultural ou outro equipamento que sirva o propósito. Nas últimas eleições apresentei um projeto ambicioso. Anunciei a construção de um Pavilhão Multiusos que incorporava o Centro de Artes da Trofa. Num só edifício a Trofa ganhava a capacidade de receber eventos oficiais das diferentes modalidades de pavilhão, com isso a capacidade de atrair milhares de pessoas ao nosso concelho, e ao mesmo tempo ter um espaço grande e capaz de proporcionar a agenda cultural que os Trofenses merecem.
A Trofa é igualmente reconhecida pelo seu tecido empresarial e pela excelência dos nossos empresários. Dentro de meses um dos problemas reivindicados há muitos anos estará solucionado. Falo da alternativa à N14, com a construção da circular à Trofa. Mas as exigências e os desafios dos dias de hoje acentuam-se. As empresas precisam cada vez mais de recursos humanos qualificados. É urgente, à semelhança do que já acontece em todos os concelhos que connosco partilham os limites territoriais, captar o Ensino Superior para a Trofa. A Maia, Famalicão, Vila do Conde e Santo Tirso oferecem soluções aos seus munícipes. Até quando vamos continuar a correr atrás do prejuízo? Além dos recursos humanos, precisamos de infraestruturas modernas. A criação de duas novas zonas industriais, uma a norte e outra a sul do concelho da Trofa. As nossas empresas criam muitos postos de trabalho. Geram riqueza e elevam o nome da Trofa.
A Trofa com que sonhei e idealizo como sendo uma Trofa de futuro, onde a qualidade de vida e a felicidade dos Trofenses exista, ainda está distante. Saibamos ouvir mais. Envolver associações, empresas, serviços, partidos políticos, sociedade civil e os Trofenses nas nossas escolhas. Projetemos com ambição, mas sem ostentação. Com humildade e sem arrogância. Saibamos honrar quem nos antecedeu. A Trofa, concelho das oito freguesias, é de todos e de todas!

Se respeitarmos estes desígnios, então o futuro passará por aqui!

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