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Edição 472

Assembleia do Muro vai ouvir população sobre demolição da ponte da Peça Má

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Eleitos da Assembleia de Freguesia do Muro vão sentir o pulso da população para tomar uma posição sobre a preservação ou demolição da ponte da Peça Má.

Ficou adiada uma tomada de posição da Assembleia de Freguesia do Muro sobre o futuro da ponte da Peça Má. Na última sessão ordinária, o presidente da Junta, Carlos Martins, solicitou aos membros da Assembleia opinião sobre o ultimato que a Metro do Porto fez ao executivo camarário: ou a ponte passa para a chancela da autarquia ou será demolida.

Depois de ter sido abordado “duas vezes” pelo presidente da Câmara, Carlos Martins consultou a Assembleia, pois considera que “este é um problema de todos” e que o que está em causa é saber se a população defende a preservação da ponte ou prefere a segurança rodoviária, uma vez que, atualmente, os veículos pesados têm de se deslocar para o centro da via para passar por baixo da ponte.

António Correia, elemento da coligação PSD/CDS, considerou que a tomada de posição “é uma responsabilidade muito grande”, sob pena de “um dia” os eleitos serem “responsabilizados ou pelo estrangulamento do trânsito ou por dar cabo de uma obra de arte”. “Não gostaria de decidir, mas se tivesse que decidir seria pela manutenção da ponte”, frisou.

Os eleitos sugeriram ainda a possibilidade de fazer alterações na estrada a fim de os camiões passarem sem o risco de baterem na ponte ou até de colocar um semáforo, que intercalasse a passagem dos veículos de cada sentido. No final, a tomada de posição ficou adiada para a próxima Assembleia de Freguesia, para que seja baseada na opinião da população.

Presidente da ADAPTA defende preservação da ponte

Em 2007, a Associação de Defesa do Ambiente e Património da Região da Trofa, então presidida por Manuel Rodrigues da Silva, manifestou forte oposição à demolição da ponte da Peça Má, também equacionada pela Metro do Porto (MP).

Na altura, a associação ambientalista destacou “o valor intrínseco e histórico” da ponte, enquanto “evidência de um tempo em que o caminho de ferro esteve indelevelmente associado ao desenvolvimento da região”. “Aceitar a sua destruição, sem que tal fosse absolutamente necessário, seria ser cúmplice de um crime de lesa património concelhio e um erro histórico que os vindouros não compreenderiam”, referiram os sócios da ADAPTA, acrescentando que a ponte de granito “é composta por um vão de 19 metros e um arco de 89 aduelas”, considerada por isso uma “obra de arte”.

Depois de recuar na decisão, a MP voltou a colocar o assunto em cima da mesa, pois não quer continuar a responsabilizar-se pela manutenção da ponte. Questionado pelo NT, Pedro Daniel Costa, atual presidente da ADAPTA, defende “a preservação daquele património”, apoiando-se no “estudo feito” em 2007 “pelos sócios” da associação.

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“Vamos tentar dialogar com a Câmara para ver até que ponto há essa possibilidade, não descurando a segurança, que também nos interessa, mas vamos tentar, a todo o custo, segurar um património que, depois de destruído, jamais será recuperado”, argumentou.

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