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Ano 2007

Vitor Boucinha integra Conselho de Administração do Centro Hospitalar presidido por José Dias

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José Dias adiantou quais as linhas que vão guiar a actividade do Centro Hospitalar do Médio Ave

O novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave que agrega os Hospitais de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão já entrou em funções no dia 1 Março,depois da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 50-A/2007 de 28 de Fevereiro que cria o Centro Hospitalar do Médio Ave, E. P. E., por fusão do Hospital Conde de S. Bento (Santo Tirso) com o Hospital São João de Deus (V N Famalicão).

José Dias adiantou quais as linhas que vão guiar a actividade do Centro Hospitalar do Médio Ave

 

 

 

 

   O médico José Dias foi nomeado presidente do Conselho de Administração tendo na sua equipa de trabalho o trofense Victor Boucinha, António Barbosa, Luís Manuel Costa e como Directora Clinica Maria José Vieira.

Ao NT José Dias adiantou quais as linhas que vão guiar a actividade do Centro Hospitalar do Médio Ave que serve os concelhos de Famalicão, Trofa e Santo Tirso.

NT – Como vai funcionar o Centro Hospitalar do Médio Ave?

José Dias (JD) – A formação do centro hospitalar resultou de uma intenção do governo, no ambito d a elaboração de um pacto de estabilidade e crescimento em conjunto com a comunidade europeia que na área da saúde, principalmente na área hospitalar, projectava que todos os hospitais, de uma forma paulatina, passassem a ser hospitais com um modelo de gestão diferente daquilo que se passava anteriormente. Era intenção do governo que todos os hospitais passassem a ser entidades públicas empresariais, e também fazia parte do programa do governo, a intenção de juntar estruturas hospitalares, na tentativa de que dai resultassem estruturas hospitalares de maior dimensão com outra capacidade de trabalho com outra qualificação. E foi isso que se verificou aqui com a junção dos dois hospitais.

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É pretensão do governo que todas as unidades hospitalares do país passem a ser, mais cedo ou mais tarde, entidades públicas empresariais. Que permitem as regras normais das empresas em termos de gestão, com uma agilização e flexibilidade de gestão superiores. E no fundo foi isto que aconteceu na nossa região. Naturalmente a intenção é que a junção das unidades passa causar cinergias de que resulte uma maior qualificação dos actos médicos, uma maior possibilidade de auxiliar o maior número de doentes a serem observados nas várias áreas da actividade do hospital. Qualificar a estrutura já existente de tal maneira que daí resulte um beneficio objectivo para os doentes que procuram as duas unidades

NT – As unidades de Santo Tirso e Famalicão vão prestar os mesmos serviços à população ?

JD – Até há muito pouco tempo as unidades de Santo Tirso e Famalicão tinham mais ao menos as mesmas valências. No entanto consideramos que é possivel concentrar alguns recursos apenas numa das unidades, principalmente nas especialidades mais pequenas, com menor número de médicos de forma a melhorarmos a rentabilidade, a eficiência das estruturas, sempre na perspectiva de trabalharmos melhor, em mais quantidade e naturalmente rentabilizar os recursos existentes tanto em Santo Tirso como em Famalicão.

Não temos ainda perspectivada nenhuma concentração,mas, como é publico, em 2006, em termos de internamento e de estruturas de apoio á urgência, a nossa área de obstetrícia sofreu alterações profundas. Na altura o hospital Conde de S. Bento deixou de ter bloco de partos serviço que foi concentrado no hospital de S. João de Deus em Famalicão. Assim sendo é também provavel que na área da urgência haja alguma concentração principalmente naquilo que são as estruturas cirúrgicas. Também na área cirúrgica ambulatório uma das unidades pode assumir uma maior responsabilidade relativamente á outra. Actualmente em Santo Tirso esta-se a construir uma unidade de cirurgia ambulatório nova, é possível que numa fase inicial a estrutura de Santo Tirso acaba por concentrar tudo o que for cirurgia ambulatório, não quer dizer que Famalicão não possa vir a usufruir também de uma unidade deste tipo, porque aquilo que nós pretendemos é que cada vez se faça mais cirurgias de ambulatório.

No que diz respeito à urgência ficou definido á muito pouco tempo aquilo que o centro hospitalar devia ter, até agora tanto Famalicão como Santo Tirso não tinham urgências médico cirúrgicas, tinham áreas cirúrgicas que trabalhavam durante parte do dia na urgência, mas não havia efectivamente urgência médico cirúrgica em nenhumas das unidades. Nesta altura está assumido que a unidade de Famalicão vai ter uma urgência médico cirúrgica, com tudo aquilo que está assumido no documento da rede do serviço de urgência do país. Ficou assumido que Santo Tirso ate´que haja uma capacidade de instalar em Famalicão e depois possa existir um repensar da situação Santo Tirso vai ser uma urgência básica. Ficam assumidas estas duas áreas de contacto com os doentes, por outro lado também está assumido que a partir de Outubro nesta região teremos uma equipa de urgência móvel permanente nas 24 horas do dia, coisa que não temos agora. Vamos ter uma VMER 24 horas em Famalicão no local da urgência médico cirúrgica e em Santo Tirso a urgência básica vai ter como suporte uma estrutura móvel de cuidados intensivos para o caso de ser necessário o transporte de algum doente mais grave de Santo Tirso para a estrutura médico cirúrgica. Isto tudo englobado naquilo que vai ser nacional que é a existência, pensamos nós, partir do final de Abril, de um Callcenter que assumirá na relação com os contactos que os doentes possam ter logo a estratégia a seguir pelo doente em presente das queixas que ele tiver. Pensamos que durante este ano de 2007 a região de Santo Tirso, Famalicão e Trofa vai ter um suporte para tudo o que for urgente de muito melhor qualidade, muito melhor organizada do que têm tido até agora.

NT – Os centros de saude destes concelhos abrangidos pelo Centro Hospitalar vão ficar sob a gestão deste ou continuaram a ser autonomos?

JD – Não temos informação no que diz respeito a isso, sabemos que existem algumas experiências no país como exemplo temos aqui uma próxima que é a unidade local de saúde de Matosinhos, em que de facto existe uma estrutura gestora daquilo que são os cuidados primários e o que são cuidados hospitalares. Já existe esta estrutura centralizada já há uns anos penso que é uma experiência interessante que, com certeza cabe ao senhor ministro, avaliar. Nesta altura desde 01 de Março, altura em que o centro hospitalar começou a funcionar, foi também aprovada uma unidade local de saúde do Alto Alentejo que é composta por duas unidades hospitalares, hospital de Portalegre e Elvas, e por vinte e tal centros de saúde da região, também com uma gestão única centralizada numa estrutura. Na nossa região aquilo que de facto foi assumido foi a junção das duas unidades hospitalares, pensamos que muito provavelmente na área dos cuidados primários alguma coisa de semelhante possa acontecer mas não está previsto pelo menos a breve prazo, a centralização das estruturas todas numa única estrutura de gestão.

NT – No que diz respeito ás capacidades físicas desta estrutura aqui em Santo Tirso, estão a fazer algumas obras na unidade de melhoramento. Está prevista a construção de um novo edificio para o Hospital aqui em Santo Tirso?

JD – Entendo que para fazer um hospital é preciso haver condições económicas, o país tem atravessado desde alguns anos para cá, algumas dificuldades se bem me lembro a ultima unidade hospitalar nova que nasceu foi o hospital da Vila da Feira e já lá vão largos anos. Isto significa que de facto o país é capaz de nesta altura não ter condições para assumir de uma forma muito rápida uma reformulação das estruturas físicas das entidades hospitalares. Sabemos que estão em projectos já a construção de alguns hospitais de parcerias público-privadas, isso evoluindo poderá depois colocar-se a hipótese aqui ou além poderem nascer novas estruturas hospitalares. O que podemos assegurar é que tanto Famalicão como Santo Tirso têm as condições para poderem continuar a exercer a sua actividade na prestação dos cuidados menos agudos. As duas unidades têm condições para isso, naturalmente que tanto uma como outra precisão de melhorar claramente as suas estruturas físicas. Famalicão com a passagem de sociedade anónima teve a possibilidade de fazer alguns investimentos e na maioria dos internamentos sofreu obras de remodelação muito importantes que permitiram que os internamentos daquela estrutura já estejam quase todos com muito boas condições. A unidade de Famalicão está ainda dotada de um bloco cirúrgico novo, tem todas as condições para trabalhar durante muitos anos. Em Famalicão o problema mais grave é no serviço de urgências que não tem as condições minimas para poder assumir as responsabilidades, que são as inerentes a um serviço de urgência médico cirúrgica. A entidade publica e empresarial actualmente criada tem no seu capital social verbas a pensar nessas obras na nova estrutura de cirurgia de serviço de urgência da unidade de Famalicão.

Santo Tirso para além da nova unidade cirúrgico ambulatório tem também previstas nos próximos três anos, e englobadas naquilo que foi o estudo relativamente ao capital social da empresa tem obras previstas para novos internamentos de medicina e pediatria e obras na actual estrutura de internamento de medicina de reformulação permitindo que aquela área actual de internamento de medicina passe a ser a área da consulta externa de acesso á praça. De mais fácil acesso aos doentes que nesta altura tem que ir para uma área do hospital que fica nas traseiras e portanto o acesso á consulta externa não é bom.

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Prevê-se, falando em contos, em Famalicão nos próximos três anos se invista cerca de 500 mil contos e em Santo Tirso cerca de 1 milhão de contos.

Isto irá permitir que estas duas unidades trabalhem em muito melhores condições durante alguns anos. A perspectiva do futuro depende de muitas situações, pode ser que um dia estas duas unidades deem origem a uma unidade nova de média dimensão, tudo dependerá do governo, da região possa assumir como estratégica importante para a população.

NT – Relativamente às criticas de alguns autarcas sobre a instalação da sede do Centro Hospitalar em Santo Tirso, qual o comentario que faz?

JD – Não vou comentar aquilo que o autarca deste ou daquele concelho assuma como correcto a dizer.

O que posso dizer que a responsabilidade da sede centro hospitalar na unidade de Santo Tirso resulta da vontade do senhor Ministro da Saúde. Não houve da nossa parte qualquer tipo de atitude que tivesse condicionado qualquer escolha.

Naturalmente que qualquer empresa tem de ter um lugar para sede pode ser na estrutura maior como na mais pequena, a nós o que nos interessa é que o que funcionar na sede como base da orgânica do centro hospitalar, o que queremos é que se trabalhe bem, com qualidade e que isso se possa ser a base do trabalho das duas unidades. Aquilo que é importante e que nos move é sem duvida nenhuma o tratamento que damos aos doentes, isso é que é importante.

Isso é invariavelmente bom se nós trabalharmos bem, poderá ser mau se trabalharmos mal seja a sede aqui ou na unidade de Famalicão. Isso não nos preocupa.

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