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Edição 491

Um PS aos retalhos não serve o país

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Longo foi o tempo de campanha eleitoral, nas primárias para candidato do Partido Socialista, a primeiro-ministro do Governo de Portugal, nas eleições legislativas do próximo ano. Foram meses e meses, em que os candidatos socialistas, António José Seguro e António Costa, percorreram o país a «lavar roupa suja», a dizerem um do outro «cobras e lagartos» e a acusarem-se mutuamente com epítetos pouco recomendáveis.

A campanha eleitoral interna do PS deu a nítida sensação de ter tido tempo a mais, acusações a mais e poucas ou nenhumas ideias, referentes ao combate ao desemprego e à pobreza, e também à saída da crise económica e financeira, que o país atravessa. Embora fosse uma campanha eleitoral interna, o palco privilegiado dos candidatos foram as televisões; não só nos debates, mas também nas reportagens que os portugueses puderem assistir em direto ou em diferido.

Finalmente, chegou ao fim o triste espetáculo que o PS deu ao país e muitos portugueses, que acompanharam a campanha eleitoral interna socialista, não conseguiram descobrir grandes diferenças entre os candidatos, António José Seguro e António Costa. Foi uma oportunidade perdida de mostrar aos portugueses o seu pensamento político socialista e o que os distingue entre si, mas também o que os distingue à atual governação do país.

É triste, que no debate dos candidatos, não tenha ficado uma única grande ideia, para mudar o país. Mas será que têm alguma ideia? A dúvida ficou no ar e ainda vai continuar a persistir na mente de muitos portugueses, que assistiram à troca de acusações, que os candidatos proferiram, utilizando alguns frases e palavrões, que normalmente são endereçados, noutras campanhas, aos candidatos dos outros partidos. As acusações mútuas vão deixar mossa no Partido Socialista, ainda por muito tempo, e vão fazer-se sentir nas próximas eleições legislativas.

É triste, mas a realidade interna dos partidos políticos portugueses mostra que os que perdem agora, não vão querer que os ganhadores atinjam o poder e tudo vão fazer, para que sejam os perdedores no futuro. É o que vai acontecer nas próximas eleições legislativas do próximo ano. A disputa pelo poder deixou fissuras graves dentro do Partido Socialista. O PS ficou aos retalhos e um PS aos retalhos não serve o país!

O país precisa de um PS forte, que possa mobilizar os portugueses para as grandes reformas estruturais, que o país precisa. É muito provável, que nas próximas eleições legislativas, nenhum partido consiga ter a maioria absoluta necessária para, sozinho, governar o país. O PS retalhado vai fazer engordar outras forças políticas, como aconteceu num passado mais longínquo, com o BE, e nas anteriores eleições europeias, com o MPT, encabeçado por Marinho e Pinto, que provocou um «vendaval» no PS.

Não sendo expectável, que nas eleições legislativas do próximo ano, haja uma maioria absoluta, provavelmente vai ter de haver uma coligação alargada de partidos, para a governação do país. E não tem nada de mal, desde que seja para bem de Portugal e dos portugueses!

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

www.moreiradasilva.pt

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Outubro, mês da celebração da alimentação saudável

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Chegamos a Outubro e este é o mês para celebrar e relembrar a importância da alimentação saudável, porque o Dia Mundial da Alimentação celebra-se anualmente a 16 de Outubro. Este dia marca a data da fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945.

A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em Novembro de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência da FAO.

Entre os objetivos da celebração deste dia destaca-se o alerta para a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo; o reforço da cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento; a promoção da transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento e o encorajamento da participação da população rural, na tomada de decisões que influenciem as suas condições de vida.

O tema estabelecido para este ano é “Preço dos alimentos – da crise à estabilidade “.

O tema escolhido não poderia ser mais adequado a nível mundial, uma vez que a conjuntura económica atual, social e política, é transversal a vários países, caracterizando-se de grande instabilidade. Assim, a comemoração deste ano pretende alertar para a tendência crescente do aumento dos preços dos alimentos, o que poderá, de forma direta e indireta, induzir a uma alteração do consumo alimentar e da sua adequação nutricional.

A Segurança Alimentar ocorre quando todas as pessoas, em todos os momentos têm acesso, físico e económico, a alimentos suficientes, seguros e nutritivos de acordo com as suas necessidades nutricionais e preferências alimentares, para uma vida saudável e ativa. Ora, em Portugal a segurança alimentar da população poderá estar em causa, nomeadamente junto dos mais desfavorecidos, e por esta razão, é importante neste dia refletir sobre este assunto. Perante a Insegurança Alimentar encontramos a desnutrição proteico-energética, mas também a obesidade.

Num país Europeu como Portugal, o problema da obesidade e a capacidade de fazer escolhas alimentares saudáveis continuam a ser questões relevantes. Talvez a “crise” possa ser uma oportunidade para os consumidores tornarem-se mais cuidadosos no momento de fazer as suas compras. Pois não é verdade que comer com qualidade seja obrigatoriamente sinónimo de maiores gastos.

Ora vejamos, uma das regras de uma alimentação saudável é o consumo diário de fruta e vegetais (3 a 5 peças de fruta/dia). A escolha de qualidade neste caso passa pela escolha mais barata, pois a fruta da época é sempre mais económica e de maior qualidade.

A sopa, uma verdadeira instituição na nossa dieta de tipo mediterrânica e de fácil de confeção. Foi noutros tempos um alimento obrigatório ao almoço, jantar e até ao pequeno-almoço. Hoje é provavelmente para muitas crianças a única forma de comerem legumes na quantidade necessária para verem suprimidas as suas necessidades no consumo de vegetais. Mais uma vez, um alimento barato e saudável.

De facto, o marketing e a oferta alimentar nem sempre têm concorrido para a promoção de hábitos alimentares de qualidade. A oferta é muita, a informação nem sempre é clara, e temos um papel relativamente passivo neste processo, sendo por vezes, até no processo de confeção dos alimentos e das refeições. Visto que a maioria dos alimentos ou refeições pré-confecionados são ricas em açúcar, gorduras e sal, o seu consumo frequente pode ser sinónimo de uma alimentação de má qualidade.

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Perante este momento de maior dificuldade, porque não voltar a alguns bons velhos hábitos, como o de aproveitar o que existe de oferta alimentar local e de época; cozinhar as próprias refeições, minimizando assim ao máximo o consumo de alimentos pré-confecionados ou alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras. Dá um bocadinho mais de trabalho, mas não se esqueça que o importante é ter segurança nos alimentos que ingere e claro, sentir-se saudável.

Enfermeiras Elsa Silva e Sandra Costa

ACeS Grande Porto I – Santo Tirso/Trofa

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Sons e Cantares do Ave em festa

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O grupo musical Sons e Cantares do Ave vai lançar um CD com 13 músicas populares para assinalar o 10.º aniversário.

Foi em outubro de 2004 que um grupo de oito pessoas, da Trofa e de Vila Nova de Famalicão, decidiu juntar-se para promover a música e a cultura das gentes do Douro e Minho de Portugal. Nascia assim o conjunto Sons e Cantares do Ave que, dez anos depois, orgulha-se do trabalho desenvolvido em prol do património cultural do concelho, levando o nome da Trofa aos quatro cantos do país.

A década de vida vai ser festejada com o lançamento de um CD de músicas populares, que vai ter lugar na Casa do Futebol Clube do Porto da Trofa, na noite de 11 de outubro. Trata-se do segundo trabalho editado pelo conjunto musical – o primeiro foi lançado em 2008 -, onde podem ser ouvidos 13 temas populares, entre os quais incluem “Rosa Branca”, “Adeus à Laurinda”, “Laranja da China”, “Vira de Nazaré” e “Vai de roda quem mais ama”.

A grande diversidade de vozes (quase todos os elementos são vocalistas), a mestria no manuseio dos instrumentos, o portefólio “com mais de 50 músicas” e a boa disposição que contagia a plateia são os trunfos deste grupo que como segredo para a longevidade elegem “a organização”. “Trabalhamos durante todo o ano. Semanalmente, ensaiamos e somos cumpridores tanto nos horários como nas tarefas a que cabe a cada um”, conta Alcino Lima.

O elemento do conjunto musical garante que os dez anos de história dos Sons e Cantares do Ave têm “mais altos do que baixos”.

Um dos momentos que contam embevecidos aconteceu quando tiveram nota de destaque no jornal Atlântico dos Açores por terem “interpretado magnificamente a Chula Açoriana”, num encontro de cavaquinhos em Vizela, patrocinado pelo Inatel, instituição na qual são sócios e através da qual tiveram oportunidade de tocar em vários locais do país.

Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Arouca, Guimarães. A lista de palcos por onde já passaram ao longo de dez anos parece interminável. Os mais recentes, naturalmente, estão mais frescos na memória, como a atuação em Arouca, que Adelino Alves garante ter sido o local “onde mais gente dançou” num espetáculo do grupo. “E em Valinhas? Nunca imaginei que juntasse tanta gente”, complementa Ercília Araújo, a quem os colegas chamam de “assessora musical” e o elemento “rebelde” do grupo. “A Ercília está no fio da navalha em todos os espetáculos, mas consegue sempre dar a volta ao texto”, conta, entre risos, Alcino Lima.

As históricas caricatas em cima do palco sucedem-se. A exemplo, contam um episódio passado em S. Mamede do Coronado quando ficaram sem som nem luz. “Continuamos a cantar e no fim disse ao público que era só para comprovar que não fazemos playback”, lembrou Ercília, cuja filha de nove anos “acompanha o grupo para todos os palcos, mesmo quando ainda estava na barriga”.

A união do grupo também se comprova pelos jantares de confraternização que promovem anualmente. “É uma família”, completa Ercília Araújo.

No dia 11 de outubro, com o lançamento do CD, o grupo acredita que “a Trofa vai ficar mais rica”. A apresentação está marcada para as 21.15 horas e terá a atuação, além do anfitrião, das escolinhas da Banda de Música da Trofa. Para a concretização deste desejo, o grupo contou com o patrocínio do Armazém Tecidos Carriços.

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Os Sons e Cantares do Ave são compostos por Alcino Lima (braguesa), Adelino Alves (bandola), Ercília Araújo (pandeireta), Fernando Dias (bombo), António Martins (bandolim), Joela Pereira (viola), Mário Lima (cavaquinho) e Delfina (viola).

 

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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