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Ano 2009

Trofenses dividem-se quanto ao futuro dos Paços do Concelho

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A segunda sessão pública sobre a futura localização dos Paços do Concelho encheu, à semelhança do dia anterior, o auditório da Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado. A zona da antiga empresa Feruni e a antiga serração da Capela foram as hipóteses mais defendidas pelo público.

A abertura da sessão de trabalhos coube a José Sá, presidente da Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado, que apresentou a comissão de análise para a escolha do local para a construção dos Paços do Concelho, apresentada na sessão de esclarecimento em Santiago de Bougado.

Por sua vez, Bernardino Vasconcelos, presidente da autarquia trofense, lembrou que há algum tempo atrás foram apresentadas três propostas de localização, em que o eixo seria a linha do metro. Afirmando que as alternativas na zona da Feruni e na antiga serração da Capela são as duas soluções mais votadas, o edil frisou que a comissão criada tem o papel de parecer e não de decisão, na medida em que esta caberá em última instância à Câmara Municipal.

A primeira intervenção do público para opinar sobre a futura localização dos Paços do Concelho coube a Paulo Queirós, que considerou que a comissão criada está limitada à cidade e defendeu que a mesma deveria integrar pessoas das outras freguesias do concelho. “Defendemos o lugar da Feruni por acharmos que é um local onde se pode criar de raíz um espaço cívico abrangente com facilidade de acesso”, adiantou Paulo Queirós, reconhecendo, no entanto, que a construção nesse local “pode ser a solução mais cara no momento”. Defendeu ainda que a discussão deveria ter sido aberta mais cedo à discussão pública e que mais pessoas devem ser envolvidas nesta questão.

A hipótese do lugar da Feruni foi também defendida por António Barbosa, que apresentou como uma das razões para a sua escolha o facto da cidade e concelho da Trofa tenderem a “crescer para sul e não para o Rio Ave” e por “nessa zona se poder criar ‘a’ centralidade”, porque “não existe ainda uma centralidade na Trofa cidade”.

Por sua vez, Luís Pinheiro considerou que a Feruni e a serração só foram os locais mais votados porque “as pessoas andaram a recolher assinaturas de porta a porta” porque se não não tinham hipótese nenhuma. De acordo com Luís Pinheiro, a futura localização dos Paços do Concelho “deve ser um local com alma e história e deve suscitar alguma afectividade por parte das pessoas”. Defendeu que a “zona da estação” será a solução mais viável, por ser uma “zona mais barata e desocupada”. “Trata-se de uma zona de interface de comboio, metro e transportes rodoviários”, sublinhou.

Contra a construção na Feruni apresentou-se Alberto Fontes, que recordou ter escrito num jornal local “há 8 ou 9 anos que os Paços do Concelho deveriam ser construídos na serração da Capela”. “Penso que aquela centralidade ainda não está esgotada, aquilo é um pequeno centro que tem ainda muitas potencialidades, mas a acrescentar a esta há um outro factor de extrema importância que é a requalificação daquela zona”, acrescentou.

Por sua vez, Manuel Campos defendeu a criação de “uma estrutura a pensar no futuro e no desenvolvimento” do concelho. “Temos a responsabilidade de servir bem as oito freguesias e procurar a melhor acessibilidade para todas”, realçou.

Já Paulo Sá e Silva afirmou estar “contra a criação de uma nova centralidade, uma vez que iria desertificar o centro da cidade”. Defendeu três locais possíveis para os Paços do Concelho, sendo eles “o local junto à estação da CP, uma localização próxima da nova estação do metro e no quarteirão da serração da capela”. “Para não dar azo ou insinuações a cartas anónimas ou sem o mínimo de seriedade ou verdade, quero esclarecer que não possuo nem tenciono comprar nenhum terreno onde possam a vir ser construídos os Paços do Concelho”, referiu ainda.

Foi com satisfação que Afonso Serra Neves aceitou o convite do presidente da autarquia para integrar a nova comissão de análise. Revelando que as duas sessões públicas permitiram “tirar muito apontamentos”, Afonso Serra Neves adiantou que os encontros “serviram para sentir o que as pessoas pensam mas não deu para tirar conclusões nenhumas”. Sublinhando que “há ainda muita coisa a recolher e a fazer”, o engenheiro explicou que o trabalho da comissão passará, entre outras tarefas, por analisar “elementos de trabalho como o PDM, consultar o plano estratégico e trabalhos académicos sobre a Trofa” que é um ainda um concelho novo. De acordo com Afonso Serra Neves, a actividade da comissão de análise teve início esta semana.

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