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Ano 2008

Treinadores do S.Romão fazem balanço da época

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 José Carvalho e Leonardo Costa fizeram ao NT um ano de trabalho à frente da equipa Sénior do FC S.Romão, que terminou o campeonato da II Divisão Distrital em décimo lugar, com um total de trinta e um pontos, resultado de oito vitórias, sete empates e onze derrotas.

 Para a permanência no comando da equipa para a próxima época os treinadores garantem que são necessárias algumas mudanças.

A Análise final da época 2007/2008, feita por José Carvalho foi "média", referindo que a sua equipa ficou um pouco aquém das expectativas que tinham, essencialmente por questões humanas e materiais. "Nunca trabalhei num clube com tantas dificuldades e contava com muito mais, em termos de apoio, por parte da direcção, assim como contava trabalhar com jogadores honestos. No final, com todas estas dificuldades, até se pode considerar que o S.Romão obteve uma boa classificação".

Leonardo Costa partilhou da opinião do seu colega, pois "contava com mais apoio da gente de S.Romão. É de salientar que isto também foi devido à grande época que o Trofense está a fazer, levando as pessoas a rumar a estes jogos. Na direcção também foi muito difícil verem-se elementos a trabalhar. E também houveram dificuldades ao nível da condição do terreno".

Pelos comentários menos agradáveis, atitudes de certos jogadores e elementos da direcção, assim como a falta de condições de trabalho, Leonardo Costa confessou ter pensado em abandonar a equipa, por duas vezes. "Tinha problemas de saúde que não me permitiam fazer aquilo que eu mais gostava, que era esforçar-me com os atletas, mas o José Carvalho convenceu-me a não desistir. Também a minha mulher, que inicialmente foi contra a minha vinda para este cargo, acabou por me apoiar e mostrar-me que não podia desistir, pelo pouco tempo que faltava".

O treinador adjunto acrescentou ainda que "tínhamos projectado no início da época um quinto ou sexto lugar, quando a direcção já pensava numa possível subida, mas para isso são precisos elementos, qualidade de trabalho e instrumentos. E tudo falhou. Vejo clubes mais jovens a trabalhar muito mais em termos de direcção e atletas que dão para fazer duas equipas e isso foi o culminar do nosso fracasso, reconhecendo que nós também erramos".

Por sua vez, José Carvalho garantiu que nunca pensou em abandonar o clube: "tivemos duas fazes neste campeonato, uma na primeira volta em que estávamos em quinto lugar e essa seria a altura para deixar o clube, depois de conhecer as condições de trabalho, mas não tenho por norma deitar a toalha ao chão, mas acredito que se eu e o Leonardo saíssemos o S.Romão desistia. Não há dinheiro e muitos jogadores só treinavam quando sabiam que havia prémio de jogo e assim tornava-se complicado".

O treinador acrescentou ainda que "sou ambicioso e quero muito mais. Não posso pactuar com atletas que só treinam quando lhes apetece, que bebem uns copos antes dos treinos e jogos, com uma equipa que deveria trabalhar pelo conjunto e não só pelo dinheiro. Para mim não foi nada de novo porque eu sei que isto acontece muito ao nível da distrital, mas nunca tive uma situação destas, aliás sempre tirei quarto ou quinto lugar. É a primeira vez que tenho um décimo lugar".

Sobre a possibilidade de continuarem no comando da formação da casa, os técnicos do vermelho e branco confessaram "que há essa possibilidade, mas para isso é preciso que as coisas mudem. Tenho mais duas propostas, uma cá da terra e outra de fora, mas sinceramente não estou muito preocupado com convites. Interesso-me mais em treinar uma equipa que realmente trabalhe e gostaria que isso fosse no S.Romão, porque sou de lá e sinto que o trabalho ficou a meio".

José Carvalho referiu que um ponto importante a mudar será a atitude da direcção, já que "tivemos praticamente uma pessoa a trabalhar, o senhor Armando, e o presidente que fazia muito trabalho por fora, que era menos evidente, mas também acredito que poderia ter dado um pouco mais". De igual modo, o comportamento dos atletas foi um aspecto focado, já que muitos deles não tem a assiduidade pretendida ao treino, ficando o plantel muito restrito para as convocatórias. "Pouca gente sabe disto, mas o S.Romão chegou a fazer jogos em que não teve nenhum treino durante a semana e em alguns jogos tive que ligar a jogadores para conseguir ter onze elementos", sublinhou.

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Leonardo Costa mostrou algumas compreensão relativamente à falta de empenho dos seus atletas, apesar de concordar com o técnico principal, afirmando que "é um trabalho por carolice e o ânimo ía a baixo. Houve gente que trabalhou forte, mas nem todos".

A permanecerem no comando desta formação, a dupla de treinadores admitiu que "temos que ficar nos cinco primeiros lugares, ou então não vale a pena. A subida está fora de hipótese."

Maior apoio por parte da população, foi um desejo que José Carvalho mencionou, afirmando que "o S.Romão tem tradição no futebol à muitos anos e se toda a gente quiser trabalhar esta equipa poderá melhorar. O campo não tem grandes conduções, mas se cada um ajudar um pouco a melhorar o terreno, mudar a canalização ou fazer uma pintura aquilo ficará um bom palco, pequeno mas bom. Mas é preciso que se faça algo, se não morre".

Para finalizar, os treinadores agradeceram a cooperação de equipas como o Finzes, Mamedenses e Bougadense pelos jogos de treino, que foram estratégias utilizadas para motivar os seus atletas. De igual forma, deixaram uma palavra de apreço ao NT pelo trabalho feito na cobertura dos jogos, acrescentando ser uma pena não haver mais comunicação social a referenciar as distritais.

Diana Azevedo

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