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Edição 692

“Todas as viagens tornam-se uma linda recordação”

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A nostalgia das viagens em família, na infância, e a ligação íntima à natureza e ao património fez Pedro Daniel Costa enveredar pelo ramo turístico. Tornou-se guia e criou A Tribo, através da qual organiza viagens dentro e fora de Portugal. A passagem pela ADAPTA (Associação para a Defesa do Ambiente e Património da Trofa), da qual foi presidente entre 2009 e 2016, fê-lo “crescer” na missão de defender “um património construído e ambiental”, que tenta agora “divulgar e preservar”. “Este também foi um dos motes que me fez tornar agente turístico. Em cada atividade d’A Tribo há tempo para pedagogia sobre a sustentabilidade”, referiu Pedro Daniel Costa.

Com licença do Turismo de Portugal RNAAT | 1651/2017, o trofense aproveitou para deixar o alerta: “Sei de casos em que pessoas pagaram atividades turísticas que depois não se realizaram. Há que estar atento. Quando não virem o RNAAT, desconfiem”.

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O Notícias da Trofa (NT): Como nasceu o projeto A Tribo?
Pedro Daniel Costa (PDC):
A Tribo nasceu a partir de uma nostalgia de infância. Recuando trinta e muitos anos, recordando a minha infância e as viagens que fazia com os meus pais por esse país fora em busca de domingos bem passados, à descoberta de locais turísticos em Portugal e Espanha.
Surgiu então a ideia de partilhar estes momentos com supostos interessados ou com pessoas que se reviam na minha nostalgia.
Outra das recordações eram os piqueniques que fazíamos junto à estrada os petiscos preparados e embrulhados em papel de jornal e mantas que os conservavam quentes até à hora de os saborear. Também isso se faz na Tribo.

NT: Quais as principais características do projeto?
PDC:
As atividades da Tribo consistem em dar a conhecer aos participantes o nosso património ambiental e construído em muitos pontos de Portugal e do estrangeiro. Nestas atividades sobressai a caminhada, com mais ou menos dez quilómetros, cujo interesse é admirar locais com grande valor paisagístico, ecológico e patrimonial. Nunca são ou raramente são caminhadas de grau difícil. Quem me acompanha tem entre sete e 70 anos. A interação das pessoas e o combate ao isolamento é outra das vertentes destas atividades.
Todos podem participar, como costumo dizer, sou sempre o último.

NT: Quais foram os primeiros passos dados para a instalação deste negócio?
PDC:
Para este tipo de negócio é obrigatório um registo aprovado junto do Turismo de Portugal. Só depois da autorização por escrito e devidamente creditado e assinado um termo de responsabilidade, mais a apresentação dos seguros obrigatórios, se pode efetuar esta atividade. A autorização deve estar bem visível em todos os cartazes de publicidade ou anúncios nas redes sociais. Sei de casos em que pessoas pagaram e não houve atividades. Há que estar atento. Quando não virem o RNAAT, desconfiem.

NT: Que momentos já colecionou A Tribo?
PDC:
A Tribo é uma família em constante crescimento, que recebe cada membro como se já o conhecesse há anos. Destas atividades o que sobressai é um espírito aberto de pessoas com um grande humanismo e uma vontade incrível de conhecer cada cantinho nosso. Somos pessoas curiosas e gostamos de interagir com os próprios habitantes das aldeias por onde passamos. Daí, todas as viagens da Tribo não são simples viagens, mas sim uma linda recordação em cada uma delas. Desde chegar a casa cansadinho ou o comer no chão é bem recebido por todos. Fica sempre no ar uma tristeza, quando nos despedimos em cada final de atividade.

NT: Que tipo de viagens promove?
PDC:
No presente, o meu foco é dar a conhecer aldeias históricas, tanto em Portugal como no estrangeiro, principalmente Espanha. Faço duas atividades no segundo e último domingo do mês. Neste momento, em colaboração com duas agências de viagem (e aberto a outras propostas), tenho atividades para o estrangeiro nomeadamente Espanha, Estados Unidos (Nova Iorque) onde vou levar 25 pessoas a conhecerem uma das cidades mais populosas do mundo e fazer uma caminhada de dez quilómetros em Central Park (já esgotada). Temos também algumas atividades marcadas para as nossas ilhas, Madeira e Açores, um autêntico paraíso nacional.
Está também em projeto as terças-feiras mágicas, que consistem em ser guia turístico vocacionado para um público sénior e através das quais faremos visitas sem caminhada a locais muito lindos com interesse cultural e ambiental. Conto estar disponível a partir de maio para este projeto. Tenho também cafés e empresas que me procuram com a intenção de levar os seus clientes e colaboradores a passeios anuais.
As inscrições para estas atividades são feitas pela internet no meu facebook “Pedro Daniel Costa” ou presencialmente. Uma das atividades também mais aguardadas é a atividade surpresa. Nesta atividade, o participante entra no autocarro sem saber para onde vai. Julho será o mês desta atividade e já tenho inscrições de um ano para o outro. É bom de perceber a confiança nos serviços prestados. Equaciono também promover a visita a cidades europeias, como Paris, Madrid, Roma, bem como visitas a Auschwitz (Polónia).Estou também a pensar inserir uma vertente de atividades viradas para um público mais radical e que procuram mais adrenalina, como saltos em paraquedas, rappel, canoagem e rafting.

NT: Quantos turistas já aderiram ao projeto?
PDC:
Sinceramente, não consigo contabilizar. Há pessoas que me acompanham desde o dia zero e em todas as expedições e há sempre pessoas novas a entrar nesta Tribo. A palavra passa a palavra, a qualidade e camaradagem têm sido fundamental neste projeto.

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