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Edição 707

Sustentabilidade ambiental: observar, refletir, intervir, melhorar!

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A sustentabilidade ambiental foi um tema altamente debatido na atual década que se finda – e que inclusivamente foi apelidada “Década da Ação” -, por exemplo com a implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade, pela Convenção para a Diversidade Biológica (CBD), através do Acordo para as Alterações Climáticas de Paris ou com o lançamento da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável para 2030, pelas Nações Unidas.

Contudo, talvez devesse ter sido designada como a “Década da Consciencialização”, uma vez que ocorreu um despertar das pessoas, mas muitas metas ficam por cumprir, nomeadamente no que respeita à emissão de gases efeito de estufa, conservação da biodiversidade, eficiência energética, acesso a água potável, etc.

Atingir a sustentabilidade ambiental depende do desenvolvimento de vários setores: agrícola, têxtil, transportes, energético, habitação… Neste sentido, a inovação e desenvolvimento de novo conhecimento tecnológico, a educação e a sensibilização das comunidades desempenharão papeis fulcrais.

A sustentabilidade ambiental será uma ótima oportunidade para atuais e futuros negócios, querem-se empresas equilibradas a contribuir para a economia, sem menosprezar o ambiente e os ciclos naturais. No setor agrícola, vemos, em Portugal, um aumento em hectares de modos de produção mais amigos do ambiente, que podem ser mais ou menos intensivos, que têm como premissa assegurar a segurança alimentar ao mesmo tempo que contribuem para a conservação da biodiversidade e dos serviços de ecossistema.

A produção eficiente de alimentos e outras matérias-primas poderá ser também alcançada com a implementação da agricultura de precisão, salvaguardando ao máximo os recursos naturais. Neste sentido, também os decisores políticos começam a dar os primeiros passos, com a reestruturação dos fundos da Política Agrícola Comum, realocando fundos que incentivem os agricultores que adotem medidas extra na preservação do meio ambiente, por se considerar que estão a contribuir com o fornecimento de bens, além de produtos, para a sociedade.

Espera-se que com estas alterações promovam-se o não abandono de agricultores em zonas mais desfavorecidas, como o interior ou zonas de montanha, e o desenvolvimento de mercados de nicho e cadeias de curta comercialização, incentivando o consumo local. É, talvez, difícil preocuparmo-nos com algo que para muitos, principalmente em países desenvolvidos, não é ou deixou de ser um problema de imediato visível aos nossos olhos, como o não acesso a comida, água potável ou energia sob forma combustível ou elétrica… mas isso não significa que outros não o vivam diariamente, ou que não estamos a enfrentar uma crise que ameaça a sobrevivência da nossa economia e bem-estar e mais importante das nossas futuras gerações. Os órgãos de comunicação têm feito um bom caminho na dispersão de conhecimento sobre o tema, mas muito mais há e pode fazer-se.

A importância desta consciencialização prende-se com o facto de que, para atingir a sustentabilidade ambiental, cada decisão individual conta e refletir-se-á numa decisão coletiva. Afinal, deveria ser uma preocupação de todos, dos avós e dos pais porque devem deixar um planeta mais do que saudável para os filhos e filhas, e destes porque será o legado que deverão honrar e por que desse bom estado está dependente a sua sobrevivência. O debate em casa, nas escolas, no trabalho e outros grupos recreacionais é fundamental para a construção de grupos de trabalho e a cooperação necessária para solucionar a falta de eficiência e valorização dos recursos.

Por exemplo, trazer para o agregado temas que despertem para a importância da gestão de resíduos, nomeadamente a reciclagem e a compostagem em casa; a utilização ponderada de água potável e energia; ou ainda para a importância da intervenção ambiental na comunidade.

Na próxima década, a sustentabilidade ambiental continuará a ser um tema pertinente e imprescindível face a um atual cenário de alterações climáticas. Cada vez mais haverá abertura para ideias que prometam reestruturar o conceito de desenvolvimento e crescimento, e que caminhem no sentido de recuperar e preservar o meio ambiente. Deve-se priorizar a ação local com consciência global e estar desperto às nossas escolhas e como estas influenciam os processos de exploração de recursos e a existência de outras formas de vida. Observar, refletir, intervir e melhorar!

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Carnaval no Coronado a 25 de fevereiro

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O desfile de Carnaval do Coronado já tem data marcada. A 25 de fevereiro, às 14 horas, o corso parte do Largo da Igreja de S. Mamede em direção ao Largo da Igreja de S. Romão.

Neste desfile participam, além dos foliões, as crianças que frequentam as escolas da freguesia do Coronado, apoiadas pelas respetivas associações de pais.

No final, realizam-se os leilões das comissões de festas de S. Bartolomeu e do Divino Espírito Santo.

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Compete-nos a nós, jovens, mudar esta sociedade

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Tenho 14 anos e ando no 9.º ano de escolaridade. Frequento a escola de S. Romão do Coronado. Tenho uma vida normal como todos os adolescentes. Escola, família, amigos e hobbies. Gosto de ficar em casa ver uma série ou jogar. Muitas vezes, ouço a minha mãe falar que, na geração dela, as brincadeiras eram na rua, os amigos eram os vizinhos, não existiam redes sociais, nem telemóvel. Como é possível?

Por vezes, questiono-me se a minha geração é que está errada ou seria a dos meus pais…

Sinto que também o universo digital é o aspecto mais característico da minha geração. Eu, apesar de não ser dependente do telemóvel, pergunto-me como foi possível os meus pais terem o seu 1.º telemóvel quando começaram a trabalhar. Eu tive o meu no 5.º ano.

Sinto que somos muito mais independentes com toda esta realidade. Quero ter acesso a informação, vou à internet… quero vender alguma coisa vou à internet… A minha mãe refere que comprou o 1.º gravador quando trabalhou em tempo de férias. Eu, com esta idade, tenho uma playstation.

Apesar de estar a viver numa geração em que sinto que tenho tudo mais facilitado, tenho as minhas preocupações de adolescente. As minhas aspirações escolares e até profissionais. Verifico que existe mais competitividade entre os alunos e acredito que esta competição vai ser cada vez maior, devido ao avanço das tecnologias.

Um aspecto que me preocupa são as mudanças climáticas. Daqui algum tempo como estará o nosso planeta? O aquecimento global e a crise climática de causas humanas preocupam-me. Devemos assumir todos este problema e tomarmos medidas de prevenção e mudarmos alguns comportamentos para estabelecermos uma nova relação com o meio ambiente. Se não mudarmos, acredito que o nosso futuro não vai ser muito agradável.

Julgo que não é necessário fazer muito esforço. Economizar a água, reciclar lixo, separar papel, plástico, do vidro , e do metal… As nossas florestas estão cada vez mais devastadas pela ganância do homem, a biodiversidade está a desaparecer. O primeiro passo para a mudança seria investir mais nos jovens, porque somos o futuro de todos os países do mundo. Deviam dar-nos novas oportunidades, uma boa formação específica, abrir horizontes. Participarmos em workshops e manifestações, fazerem grupos com os jovens no sentido de expressarmos os nossos pontos de vista e preocupações. Compete-nos a nós, jovens, mudar esta sociedade.

Achei interessante alguns trechos de uma carta que foi escrita em 1855, pelo cacique Seattle, da tribo Suquamish, do estado de Washington, quando o então presidente Francis Pierce, dos Estados Unidos, deu a entender que pretendia comprar o território ocupado pelos índios: “Para [o homem branco], um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga; depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar.

Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. Sequestra os filhos da terra e não se importa. […] Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos […] O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio”.

Sei que tenho que terminar o 9.ºano e que a partir daí vai ser a “doer” . Sinto um “friozinho na barriga” quando penso neste futuro desconhecido. Contudo, sei que vai ser a partir daí que me vou preparar, tanto ao nível académico, como psicologicamente para o meu futuro profissional.

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Em relação ao futuro profissional, tenho que trabalhar naquilo que gosto, mas também tenho ambição de ganhar dinheiro.

Sinto que esta fase também é a preocupação dos meus amigos da escola. A entrada para o ensino médio cria-nos insegurança e preocupação, não só pelas escolhas que iremos fazer, mas também pelos novos amigos e nova escola com que nos vamos deparar.

Mas com todas estas adversidades, tudo vai correr bem, porque como se costuma dizer “os jovens de hoje são os adultos de amanhã”.

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