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Edição 481

Secretas na Trofa para monitorizar concerto com conotação Neonazi

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O café cultural SMED Museu, na zona industrial do Soeiro, em S. Mamede do Coronado, recebeu um concerto com bandas conotadas à ideologia neonazi. Associação SMED Quebra Sentidos garante que não foi a organizadora do evento e que este “não teve cariz político”.

Foi envolto em polémica o concerto que o espaço da associação SMED – Quebra Sentidos Associação Cultural, de S. Mamede do Coronado, recebeu no sábado. Intitulado “White Summer” (Verão Branco), o cartaz do evento musical era composto por quatro bandas com conotação neonazi: duas portuguesas (Legião Lusitana e Gatilho), uma francesa (Brutal Begude) e uma britânica (Ken & Brad, dos Brutal Attack).

O concerto foi organizado num clima de secretismo – no cartaz apenas se sabia que o evento se realizaria na “região do Porto” – nem a SMED o divulgou. As imediações do SMED Museu, na Zona Industrial do Soeiro, em S. Mamede, tiveram atenção redobrada de forças de autoridade, nomeadamente das secretas. A Guarda Nacional Republicana (GNR) também esteve no local mas numa normal ação de patrulhamento, como acontece diariamente, revelou ao NT fonte da GNR.

Segundo a associação, que preferiu responder às questões do NT em nome “coletivo”, o evento “não foi organizado pela SMED Quebra Sentidos”, mas por “uma banda” que “contactou” a associação, que foi alheia a “todo o trabalho de escolha do cartaz, divulgação e cobertura”. “Apenas nos competia a cedência do espaço. Já por algumas vezes utilizamos este modelo de cedência do espaço e organização a outras pessoas, à semelhança do que acontece em outros espaços, o que nos permite basicamente rentabilizar o espaço”, revelaram.

Os responsáveis da SMED garantiram que o evento “não teve cariz político”, porque “não houve palestras, comícios ou angariações de qualquer tipo”, mas salvaguardaram que “não é novidade nenhuma que todas as bandas têm mensagens, toquem rock, punk, pop, com maior ou menor inclinação social, política, religiosa”.

As críticas que recebeu e que tomaram maiores proporções nas redes sociais, a SMED apelida de “burburinho” promovido “por um grupo de pessoas ‘anónimas’ que se apresentam com perfis falsos e que tiveram como objetivo prejudicar e destruir a associação, muito mais do que boicotar as alegadas ideologias e alegados atores”.

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A associação referiu que “existiu um maior policiamento da zona através da passagem de veículos das autoridades nas imediações do espaço”, refutando que tenha existido abordagem, uma vez que “não existiu qualquer incidente, nem no café cultural nem nas imediações, ao contrário do que foi veiculado em alguma imprensa e nas redes sociais”.

Questionada pelo NT, a coletividade não revelou qual das bandas fez o contacto para a realização do evento, assim como não confirmou se, no passado, o SMED Museu já tinha recebido alguma das bandas. No entanto, a agenda cultural de fevereiro, divulgada pela associação na página de Facebook, continha um concerto dos Legião Lusitana.

SMED criada para oferecer “cultura alternativa”

A SMED Quebra Sentidos foi criada depois de um grupo de jovens ter organizado o festival “SMED Fest”, em novembro de 2011. Com os fundos angariados deste espetáculo de música e artes modernas, os organizadores decidiram criar uma associação para continuar a realizar outros eventos do género. O SMED Fest já teve três edições e, entretanto, a coletividade criou um café cultural, o SMED Museu, que semanalmente recebe concertos de vários estilos musicais, desde pop ao rock, passando pelo jazz e música popular (como no arraial de S. João) tendo já recebido bandas de referência como Peixe:Avião, O Bisonte e Anarchiks.

Também promove e associa-se a iniciativas solidárias como é exemplo a próxima, que decorre nas noites de sexta e sábado, 11 e 12 de julho. O evento “Ajude-me a Ajudar a Índia”, com concertos e exposições que revertem para a viagem voluntária da estudante de medicina, Rita Azevedo, em agosto.

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Expotrofa. Uma marca com história de que os trofenses se orgulham.

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Gualter-Costa
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Quem por estes dias visita a Trofa, não abdicará de uma visita ao principal certame do concelho, cuja marca já se tornou uma referência amplamente conhecida e respeitada a nível local, regional e até nacional. São décadas de experiência, know-how e bem fazer acumulados, que nos dias quentes e longos de julho exibem com mestria ao público o melhor que a Trofa tem e sabe fazer. Um investimento com repercussões e retorno quase imediatos na economia local. Um evento no qual todos os Trofenses sentem orgulho, pelo que não se deve poupar a esforços para o manter, valorizar e ampliar todos os anos. A imagem do concelho, das suas associações, dos seus artesãos, das suas empresas, fica reforçada e refrescada anualmente com este evento.

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Edição 481

Opinião: O PS a naufragar vai dar à «Costa»?

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A liberdade como valor absoluto da sociedade portuguesa é uma conquista de abril, que esteve em causa no verão quente de 1975, um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário em Curso), marcado por manifestações, ocupações, nacionalizações e até confrontos militares. Um período negro da nossa história recente em que os portugueses sentiram os desmandos de uma esquerda «esclerosada», que colocou em risco a sobrevivência da liberdade e da democracia.

É bom lembrar, neste momento triste que o PS atravessa, que Portugal muito lhe deve, por se manter um país livre e democrático. O Partido Socialista esteve na primeira linha do combate à tentação totalitária no «verão quente» de 1975 e depois na consolidação das instituições democráticas e nos momentos mais marcantes da democracia portuguesa. O PS esteve sempre na primeira linha da trincheira, embora não tenha estado sozinho neste combate, pois outras forças políticas democráticas também marcaram presença ativa.

Os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade, que constam da “Declaração de Princípios” do Partido Socialista, e que esteve na sustentação ideológica da sua fundação, estão a ser tristemente «enxovalhados» na praça pública, com a guerra aberta originada pela luta interna e fratricida pela liderança do partido. Não podia ter pior prenda, na celebração do seu 41º aniversário, uma bonita idade para ter juízo, pois são já muitos os episódios tristes, que estão a marcar as suas eleições internas.

Neste momento, em que Portugal se viu livre de mais uma intervenção externa, os portugueses não precisavam desta guerra «intestinal», que varre o Partido Socialista. Portugal e os portugueses precisavam, e precisam de um PS empenhado no crescimento económico do país, na criação de postos de trabalho e também no combate à pobreza. São muitas as batalhas em que os socialistas deveriam marcar presença ativa, em vez de se desgastarem em lutas internas. É a fome do poder!

O PS a naufragar vai dar à «Costa»? É pouco provável, mas seja qual for o resultado das suas eleições internas, não se pode contar com ele para a reconstrução do país. Infelizmente! A dimensão da luta interna no Partido Socialista é muito grande, muito maior do que era previsível, pois os estilhaços que esta guerra originou já trespassaram as paredes do «Largo do Rato» e vão ter repercussões nos resultados das legislativas do próximo ano.

Em teoria, a disputa interna do PS até poderia fortalecê-lo, não fosse a forma como está a decorrer o processo eleitoral, mas pelo contrário está a enfraquecê-lo. Isso vai refletir-se gravemente, pois era expectante que o Partido Socialista conseguisse captar o voto útil nas próximas eleições, mas tal não vai acontecer, como já não aconteceu num passado recente.

O naufrágio socialista se der à «Costa», vai ficar todo estilhaçado, sem poder navegar tão cedo no mar revolto da governação, pois está todo destroçado, com os «seguristas» a não quererem o regresso do «socratismo» e os «costistas a não quererem um futuro com Seguro. Assim vai o PS, de guerra em guerra até à derrota eleitoral. Com a instabilidade, e com o espetáculo que está a decorrer no Partido Socialista, muitos eleitores vão optar pela abstenção ou por votar nos pequenos partidos ou até reforçar a votação na esquerda mais ortodoxa e radical.

José Maria Moreira da Silva
moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 09 de março de 2023

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