Edição 624
Samuel já iniciou os tratamentos para a paralisia cerebral
Samuel da Costa nasceu saudável, mas por negligência médica, ficou com uma paralisia cerebral que o impede de tudo, menos de ouvir. A esperança está nos “tratamentos com células-tronco”.
“Depois destes dois anos e meio de angústia e preocupação, conseguimos que o nosso filho fosse chamado para começar os tratamentos para a paralisia cerebral”. Quem o diz é Natália Marques da Costa, mãe da criança de três anos, que foi aceite pela Beike Biotechnology, na Tailândia, para iniciar os tratamentos com células-tronco.
Os tratamentos começaram a “15 de maio”, através do programa “Medicina Regenerativa Hoje”. Durante “cerca de um mês”, Samuel, neto do murense Crisanto Marques, vai ser submetido a “seis injeções de células-tronco mesenquimais do cordão umbilical (UCMSC), feitas através de método intravenoso (IV) e punção lombar (PL), e a reabilitação das capacidades fisiológicas”. O início do tratamento foi possível graças às “diversas iniciativas solidárias de angariação de fundos”, que recolheram “cerca de 45 mil euros”.
Na página “Juntos pelo Samuel”, a mãe recorda que “há dois anos e meio estavam à espera desta notícia”. A Duke University Medical Center, em Durham, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos da América, foi a primeira clínica a quem recorreram, tendo enviado “toda a informação do menino”. “Disseram-nos que estavam a avaliar o caso, mas nunca mais chamavam o Samuel para começar a fazer o tratamento”, recorda.
Foi então que descobriram os casos de “Carlota e Rodrigo”, que tinham o mesmo problema que estava a ser tratado na Tailândia. “Decidimos investigar e, depois, enviar a informação do Samuel à Beike Biotechnology e ao Better Being Hospital, uma vez que o resultado dos tratamentos feitos com a Carlota e com o Rodrigo tinham sido surpreendentes”, contou.
A 13 de abril, Natália da Costa recebeu um email por parte da Beike Biotechnology, que, após “uma revisão completa das informações médicas, confirmou que este caso de paralisia cerebral é tratável”.
A Beike Biotechnology é o laboratório responsável pela preservação das células-tronco adultas para as infusões e o Better Being Hospital é a instituição responsável pela administração das células-tronco no pequeno Samuel e consequente reabilitação fisiológica do menino.
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