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Edição 425

PCP preocupado com aumento de alunos com carências

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Honório Novo visitou a Escola Secundária da Trofa para se inteirar da realidade vivida pelo maior agrupamento do país. Deputado do PCP mostrou-se preocupado com o aumento do número de alunos carenciados.

 “Cerca de 45 por cento da população escolar deste agrupamento, isto é, mais de 1400 alunos estão classificados do ponto de vista da ação social nos escalões A ou B”. Este foi um dos dados recolhidos por Honório Novo, deputado do PCP, que visitou a Escola Secundária da Trofa na tarde de segunda-feira, para se inteirar das condições do maior agrupamento do concelho da Trofa. Para o deputado, o número de alunos carenciados “atemoriza” e é “clarificador das dificuldades sociais porque passam as famílias da Trofa”. Esta realidade agrava-se, sublinhou, sabendo que “o Governo dificultou o acesso dos alunos aos apoios sociais escolares”.

 

Outro dos dados “indiretos” que “mostram as dificuldades por que passa esta população” é o número de refeições servidas, diariamente, nas cantinas, revelou. “Quer aqui (Escola Secundária), quer na EB 2/3 (Professor Napoleão Sousa Marques), servem-se cerca de três vezes mais refeições do que serviam há três anos e os alunos já não se queixam tanto da qualidade da comida, mas sim da quantidade, dizendo que é pouca”, frisou.

Leia a reportagem completa na edição desta semana d’ O Notícias da Trofa, disponível num  quiosque perto de si ou por PDF.

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Edição 425

Os imprescindíveis

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atanagildolobo
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« Há homens que lutam um dia e são bons / Há outros que lutam um ano e são muito bons / Há outros que lutam muitos anos e são melhores / E há ainda aqueles que lutam toda a vida / E esses são os imprescindíveis…»

Bertolt Brecht

 Para mim és imprescindível, porque lutaste toda a vida e porque és insubstituível…e também porque nunca me faltaste. De facto, sempre que necessitei de ti respondeste: presente. Muitas vezes antecipavas-te e oferecias-te antes da ajuda solicitada. E eras assim, naturalmente, com as pessoas: prestável, amigo, brincalhão, responsável, atento. Eras também um livro de histórias: tristes, alegres, divertidas… Quantas vezes fomos por esse país, às vezes os dois, outras vezes com outros amigos e tu, abrias o livro e desfilavas durante horas a fio os teus protagonistas, as aventuras e desventuras, as alegrias, os encontros e desencontros de uma vida cheia e repleta de vida e de vidas. Com essas histórias demos, em anos e anos, a volta ao país, deliciamo-nos com gastronomia esplêndida, andarilhamos trilhos, rios e montanhas do nosso Portugal. Tinhas a quarta classe, mas eras um dos homens mais sábios que conheci até hoje. Falhaste em alguma coisa ou com alguém…? É natural…quem não falha. Mas conhecias uma ciência rara, tão rara, como só poucos homens a conhecem: reconhecer o erro e pedir desculpa.

«Olá amigos». Aquela voz, aquela entoação, eram mecanicamente reconhecidas. Chegara o Arnaldo, Arnaldo Ferreira. Foi presidente da comissão administrativa da nossa freguesia de Guidões a seguir ao 25 de Abril de 1974. Durante cerca de dois anos, à frente desta comissão administrativa, foram geridos os destinos de Guidões e criadas as condições para que, pela primeira vez, houvesse eleições livres e democráticas na nossa terra. A comissão administrativa funcionava em harmonia com as comissões de moradores e a sua comissão coordenadora, bem acompanhadas pelo dinamismo então existente das populações. Embora com poucos fundos, conseguiu-se pavimentar as ligações principais a Alvarelhos, Muro e à Estrada Nacional Vila do Conde-Trofa, trazendo novos transportes para Guidões. Canalizaram-se águas de forma a não se alagarem as vias públicas no Outeiro, Oliveiras e Cerro. Procedeu-se à electrificação do lugar de Vilar, criaram-se as condições para o alargamento do cemitério, repararam-se alguns caminhos, pondo-os transitáveis, recolocaram-se janelas e vidros na Escola Ferreira Lopes, executou-se o recenseamento de todos os eleitores e organizaram-se eventos de carácter desportivo, recreativo e cultural.

Arnaldo Ferreira foi, coerente e consequentemente, comunista. Entrou em todas as frentes eleitorais autárquicas em Guidões como candidato e activista nas listas da FEPU, da APU e da CDU, sem nunca desanimar ou esmorecer. Foi sempre um exemplo de luta, de trabalho, de combate. A sua formação e actuação política e cultural vêm de longe. Do final dos anos 50, quando encarnou, como actor amador o papel de «Parvo» no « Auto da Barca do Inferno» de Gil Vicente até há bem pouco tempo. Já muito doente e fragilizado pela doença, foi com ele e graças a ele, que recuperamos o «hino de Guidões», composto nesses anos de 1950, para esta guerra que ainda combatemos da preservação da nossa freguesia – Guidões – que muitos, ou quase todos, amam, mas ninguém a ama mais do que o Arnaldo. Também há bem pouco tempo, percorreu a pé toda a freguesia, foi aos locais mais recônditos, a solicitar somente uma assinatura, uma consciência, mais uma voz para a luta por Guidões, pela nossa freguesia, contra os abutres e hienas que a matam, apenas por matar.

No dia 29 de Maio de 2004 o Arnaldo levou a efeito uma tarefa política gigantesca, talvez a mais difícil de toda a sua vida. Uma determinada saída estava marcada pela CDU para esse dia, em que de Guidões saía um autocarro com cinquenta camaradas e amigos. Nesse mesmo dia no cemitério do Prado de Repouso no Porto foi incinerado um dos maiores amigos do Arnaldo, senão o maior, Augusto Lobo, meu pai. Mais nenhum dos camaradas que ia no autocarro sabia da morte de meu pai, por vontade última e expressa de meu pai que não queria qualquer divulgação. O Arnaldo passou toda a madrugada do dia 28 de Maio em que meu pai morreu comigo e com a minha família, ajudou-me em tudo o que pode ajudar e herculeamente dirigiu a iniciativa de 29 de Maio sem comprometer a vontade de meu pai. Inicialmente teve dúvidas, mas foi a certeza de que a melhor homenagem que lhe poderia prestar seria cumprir a tarefa e levar a bom porto a iniciativa, que o convenceu. E assim foi.

Hoje, 28 de Maio de 2013, o meu grande amigo e camarada Arnaldo Ferreira vai a sepultar, hoje em que passam nove anos sobre a morte de meu pai. Sinto-me triste, algo revoltado…mas determino-me e reafirmo-me prosseguindo a mesma luta contra a exploração e por uma sociedade socialista que ambos abraçaram, no PCP e com o PCP, recordando os seus exemplos de homens dignos e lutadores.

Uma última palavra para a tua família a quem expresso publicamente o meu mais profundo pesar. Porque uma família reflecte bem aquilo que um homem é. Dos teus irmãos aos teus netos nota-se o mesmo carinho e estima. Aos teus genros ganhaste, e nem sempre é fácil, consideração, respeito, amizade, eu diria mesmo, uma espécie de amor quase filial. Para a Lucília e tuas filhas não haverá palavras para descrever o que sentem…pois foi tão grande o amor e o carinho que sempre te dedicaram. Nós, os amigos, continuaremos a falar de ti e a lembrar com alegria a tua vida, o teu fácil relacionamento, as tuas e as nossas histórias, o teu bom humor, o teu exemplo…e os motivos pelos quais te fazem pertencer a essa classe de que fala Bertolt Brecht: «… os imprescindíveis».

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Guidões, 28 de Maio de 2013.

 

Atanagildo Lobo

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Edição 425

O impossível que se torna possível. Até na governação!

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As medidas recentemente anunciadas pelo governo, para revitalizar a economia, vieram demonstrar que a vontade política, não sendo o único fator é talvez o fator principal para legislar sobre aquilo que todos vêm como importante, necessário e lógico. O anúncio recente, feito pelo governo, de diminuir a carga fiscal (IRC) sobre os investimentos das empresas e da criação do regime que permite que o imposto sobre o valor acrescentado (IVA) seja apenas devido ao Estado quando a fatura é paga, são medidas louváveis e muito positivas, há muito desejadas e reivindicadas pelos agentes económicos, com um significado particular no momento difícil que o país atravessa.

A medida “super-crédito fiscal”, que o governo anunciou recentemente, prevê a possibilidade de as empresas descontarem 20% dos investimentos, que fizerem até ao limite de 70% do IRC que é cobrado pelo Estado. As empresas, que exerçam uma atividade comercial, industrial ou agrícola, poderão utilizar este desconto no prazo de cinco anos, desde que o investimento seja feito entre o início de junho até à data-limite de 31 de dezembro de 2013. Ao mesmo tempo, só serão elegíveis os investimentos até ao limite de cinco milhões de euros. É uma medida que deve ser louvada, embora limitada na verba investida e tenha um período limitado no tempo.

É preciso lembrar que atualmente o IVA faturado é entregue ao Estado no período que respeita a respetiva fatura, ainda que os clientes não tenham liquidado os bens ou serviços adquiridos aos seus fornecedores. Tal situação tem originado, na esfera das empresas, problemas de liquidez financeira, que por vezes se revela incomportável. Há já muitos anos que as empresas têm vindo a exigir do poder político uma alteração a este regime do IVA, mas existiu sempre muitas barreiras com o rótulo de impraticável. É o impossível que se torna possível. Até na governação!

Finalmente, a partir de 1 de outubro de 2013, o IVA devido ao Estado nas operações ativas, apenas deverá ser entregue no momento do recebimento do seu pagamento pelos clientes (em substituição do período da emissão da fatura). Desde que surgiu, em 2008, o Movimento Cívico IVA com Recibo, até à recente aprovação governamental, de um regime que permite que o IVA seja apenas devido ao Estado quando a fatura é paga, passaram-se cinco longos anos. É a prova que era tudo uma questão de vontade política. Portugal passa a pertencer ao lote dos primeiros países da União Europeia a ter um regime de IVA de caixa, a par de países como o Reino Unido, a Suécia, a Itália, a Eslovénia e a Estónia, e à frente de Espanha, que anunciou entretanto a intenção de introduzir este regime em janeiro de 2014.

Há muito ainda por fazer, em termos políticos; é a reforma do Estado, que avança a “passo de caracol”, sem travar o aumento da burocratização nem eliminar as “gordura”; é a reforma da Justiça, principalmente a celeridade na resolução de conflitos, que teima em não se concretizar; é a reforma administrativa, que deverá avançar e derrubar a pseudorreforma “relvista”; é a reforma do sistema político que contínua em “banho-maria”; é a reforma da educação, que contínua a “marcar passo”; é a reforma da saúde, que continua à procura da eficiência; é a segurança social, que está a ficar insustentável e precisa de uma reforma profunda e urgente.

Há tanto para reformar, mas até na governação o impossível torna-se possível, desde que haja vontade de fazer. É preciso que a governação deixe de se escusar com a impraticabilidade ou a impossibilidade, disfarçando assim a sua “cegueira” política, ou quiçá a sua incompetência.

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

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www.moreiradasilva.pt

 

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