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Ano 2007

Padre detido pela Polícia durante um baptizado

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Foto leonel castro

 Na edição deste quinta-feira o jornal O Noticias da Trofa avançou, em primeira mão com a notícia de que um alegado Padre teria sido detido pela PSP de Santo Tirso quando celebrava um baptizado na Freguesia de Areias, em Santo Tirso. Hoje, o Jornal de Noticias, na sua edição nacional, avança a mesma informação, o que vem confirmar a credibilidade e profissionalismo da equipa do O Noticias da Trofa (se é que ainda restavam dúvidas). Para nós a informação clara, isenta e sem tabus continua a ser uma bandeira

Terá sido, no mínimo, um baptizado original. Pelo menos, o início revelou-se absolutamente inesperado o padre que iria celebrar a cerimónia foi retirado do altar pela PSP. Aconteceu na freguesia de Areias, no concelho de Foto leonel castroSanto Tirso, no passado sábado. "Quando [o pároco] disse 'Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo', a polícia agarrou nele", relatou ao JN a zeladora da Paróquia de Santiago de Areias, Maria Odete Moreira. De seguida foi-lhe mostrada uma notificação do Tribunal de Viana do Castelo. Havia outra pendente do Tribunal da Amadora. E foi levado para a esquadra da PSP de Santo Tirso.

"Foi uma coisa alucinante. Parecia uma cena de um filme". Sandra Azevedo, mãe do menino de quatro meses que acabou por receber o baptismo pelas mãos do pároco da freguesia, não esconde que ficou "em estado de choque".

Dada a impossibilidade de o padre local realizar o ritual religioso no passado fim-de-semana – "tinha outros compromissos" -, Sandra e o marido optaram, com a anuência daquele, por chamar outro clérigo.

Mas ninguém adivinharia o desfecho da história. "O padre daqui foi apanhado de surpresa", conta Sandra Azevedo, ainda incrédula. "Fiquei a saber nessa altura que era preciso identificar a pessoa", referiu o padre de Areias, Manuel António, que recusou, porém, esclarecer o caso ao JN.

Interpelado pela Polícia de Santo Tirso, o padre detido não apresentou qualquer identificação. A PSP do Porto diz não possuir "nenhum documento que prove se ele é ou não padre", e adianta que o indivíduo "entregou há um mês a credencial [que lhe permitia exercer o sacerdócio à diocese]". O JN tentou apurar, sem sucesso, qual o crime concreto pelo qual o indivíduo foi detido. Uma denúncia, contudo, terá partido da Diocese de Braga.

Deu missas na Trofa

"O nome que está no livro da paróquia não condizia com o bilhete de identidade dele", corrobora a zeladora da paróquia.

De acordo com relatos ouvidos pelo JN, a pessoa em causa já havia realizado várias solenidades religiosas. "Ele fazia tudo o que um padre normal faz", espanta-se a mãe do recém-baptizado, esclarecendo que o mesmo "fez missa durante quatro anos em Alvarelhos", na Trofa. "Ele fez uma casamento na própria Sé de Braga e ninguém descobriu", acrescenta.

"É uma situação caricata a detenção no baptizado do meu filho. Se ele andou anos a fazer missas, porque é que não o apanharam numa situação dessas?", questiona. O JN tentou contactar o alegado padre, mas o seu paradeiro é desconhecido.

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Nome fictício

O homem detido tem 34 anos e é natural de Barcelos, onde também reside. O JN sabe que o indivíduo apresentava-se como "João Amorim", mas veio a verificar-se ser um nome fictício.

Quatro anos na Trofa

Exerceu o sacerdócio alegadamente durante quatro anos na Trofa. Durante esse período, terá celebrado missas, funerais, baptizados e casamentos.

Tal como o padre da paróquia de Santiago de Areias, em Santo Tirso, a diocese de Braga – que terá denunciado a situação às autoridades – escusou-se a comentar o sucedido.

Mas o JN sabe que o padre detido já tinha sido repreendido pelo arcebispo por alegados pedidos constantes de dinheiro emprestado aos paroquianos.

Aliás, sobre a pessoa em causa já pendiam duas notificações, explicou a PSP do Porto. Uma foi emitida pelo Tribunal de Viana do Castelo; a outra veio do Tribunal da Amadora.

Porém, a Polícia não soube adiantar o teor das mesmas. No passado sábado, o alegado padre foi conduzido à esquadra da PSP de Santo Tirso, mas não ficou detido, acabando somente por ser identificado e notificado para apresentar-se à Justiça.

Contactado pelo JN, o Ministério Público do Tribunal Judicial de Viana do Castelo disse não ter conhecimento do assunto e recusou-se a prestar qualquer esclarecimento, não confirmando, sequer, se o homem foi ou não interrogado em tribunal.

Ana Correia Costa

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