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Edição 527

Padre Alberto em Roma com Papa Francisco

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“Foi como se eu tivesse saído da realidade”. Esta foi a forma que o Padre Alberto Vieira encontrou para definir como se sentiu ao encontrar-se “cara a cara” com o Papa Francisco, durante uma viagem a Roma. “Ele (Papa) entrou exatamente pela porta junto a mim, eu estava na primeira fila e quando abriram a porta e veio o Papa senti aquela sensação de ele vir ao meu encontro. E então depois, essa sensação de estar diante de um homem de Deus permaneceu durante todo o tempo, seja da sua intervenção que ele fez, numa receção muito bonita sobre a missão, porque todos os que lá estávamos éramos responsáveis a nível mundial das obras missionárias”.
Alberto Vieira adiantou ainda que no final do encontro foi ter com o Papa, pois levou “umas pagelas que queria que o Papa abençoasse para dar aos amigos”. “Falei-lhe da missão que tinha estado durante 25 anos em Moçambique”, relatou.
Classificando o Papa Francisco como “um homem muito acessível, duma simplicidade ímpar e a sorrir para todos” e “um homem verdadeiramente profeta, porque é capaz de intervir nas situações concretas, sejam políticas, para a igreja,  para o mundo ou para a ecologia”. “Demonstrou ser um homem ao serviço da nova humanidade”, sublinhou. Alberto Vieira vai ficar
um ano em FamalicãoRegressou de Moçambique no verão passado  para fazer “um ano sabático”, uma vez que “há já 15 anos que não parava para rezar, para meditar e para fazer avaliação da vida missionária”. “Até ao Natal estive em Paris, onde tinha feito a minha especialização no final da década de 80, que terminei já depois de ser padre e estive lá a rever algumas matérias que tinha já estudado. Depois  fui para Roma e participei num curso durante alguns meses, com outros colegas de todo o Mundo, da América, da África e, sobretudo, da Europa e que estamos  a trabalhar nas missões”, contou.
A 29 junho, o padre Alberto Vieira completa 34 anos de consagração missionária comboniana que considera “como um dom de Deus”. “Para mim e para os outros. Para os outros, através da minha atividade e entrega aos irmãos por amor de Deus, segundo o carisma de Daniel Comboni e para mim porque a diversidade das culturas de pessoas de situações históricas de continentes onde me encontrei, porque estive também um ano na América Latina, além de ter estado tantíssimos em África em Moçambique e aqui na Europa. Tudo isto é um enriquecimento único que eu não teria se não tivesse verdadeiramente assumido e colhido o dom que Deus me fez; chamava-me a viver a vocação missionária comboniana.
Alberto Vieira fez uma retrospetiva da sua vida missionária, que teve “momentos muitíssimo importantes, alguns muito dolorosos como o tempo da guerra em Moçambique”, com “marcas” que não esquecerá, mas que considera como “um dom de Deus”, porque “é um modo também no sofrimento de podermos sentir, viver e ser com e para o povo”. “Ao comemorar os 34 anos olhei para trás e vi que tudo é graça e que tudo foi dom aquilo que o Senhor me deu”, adiantou.
“Agora vou ficar por cá. Estive em Moçambique nos últimos oito anos, fiz um ano sabático e agora fui destinado aqui ao seminário de Famalicão, onde tinha trabalhado alguns anos até ao momento de  partir para Moçambique em 2006. Tinha ido na primeira vez em 1989, depois vim e estive alguns anos em Famalicão e em 2006 regressei a Moçambique. Estou em Famalicão para continuar o trabalho seminário de animação missionária e vocacional, procurando que o espírito missionário da nossa igreja local portuguesa em Portugal em geral, mas em particular na Sé de Braga e nas nossas paróquias de S. Martinho e Santiago de Bougado se mantenha este espírito missionário. É para isso que eu agora vou ficar aqui no seminário de Famalicão”, explicou o sacerdote.
Alberto Vieira sente-se acarinhado na Trofa onde tem família e muitos amigos, que “estão sempre em sintonia e comunhão com o serviço missionário e manifestam-no de tantas maneiras, com um sorriso, até na missa ou ainda no passado domingo na procissão ao passar por tanta gente que me estava a rever depois destes meses ausente e então a preocupação em querer saudar-me a querer dizer-me um olá são sinais do carinho e de amizade”.  “Não posso nunca deixar de ter presente estas pessoas e agradecer ao senhor por ser de uma terra tão boa como a Trofa”, assinalou.
Alberto Vieira deixou ainda um desafio: “Quero aproveitar para convidar todos os leitores do nosso jornal a visitar o nosso seminário, porque a nossa casa está sempre aberta, para acolher a todos tal como nos ensina o Papa Francisco” concluiu.

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Isto vai meus amigos, isto vai.

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atanagildolobo
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Os tempos mudaram. O medo grassa. O povo encolhe-se. A miséria espalha-se. E eu… também estava receoso. Nestes tempos… encher uma avenida da liberdade, do marquês até aos restauradores, em Lisboa, não é fácil. Por isso questionei-me se era boa estratégia, questionei o PCP e a CDU sobre o êxito? Duvidei… mas, «um passo atrás são sempre dois em frente/e um povo verdadeiro não se trai/não quer gente mais gente que outra gente», e foi um sucesso. No dizer de Luís Pedro Nunes, no «eixo do mal», uma vitória por dez a zero. Na comunicação social reside o silêncio, a omissão. Uma coisa dos partidos do centrão ou da direita é repetida à exaustão. Uma manifestação da CDU com mais de 100.000 pessoas já não é notícia no dia seguinte, nem merece qualquer palavra dos comentadores. Por isso também estas palavras, para que o povo trofense saiba que aconteceu.
Lá foi o autocarro do nosso concelho com os 55 trofenses que participaram nessa maré cheia de gente «a força do povo» promovida pela CDU. As nossas palavras de ordem juntaram-se às outras, sem esquecer as nossas específicas alusões ao metro, cujo chumbo na AR dos partidos da maioria acontecera no dia anterior, mais uma vez, perante a proposta de resolução do PCP, ao roubo das freguesias e ao desbaratar do património com esta privatização descarada e maldosa da TAP.
Só quando nos aproximamos dos Restauradores nos apercebemos da grandiosidade da manifestação ao olhar para trás e constatar a avenida transbordante de ativistas e simpatizantes da CDU.
«Isto vai meus amigos isto vai» e, paulatinamente, caprichosamente, alegremente, se ia enchendo a praça, onde se concluía mais uma jornada, mais uma luta que seria o princípio da próxima pois «o que é preciso é ter sempre presente/que o presente é um tempo que se vai/e o futuro é o tempo resistente».
A coligação de direita nada tem a oferecer aos portugueses. Apenas a continuação da austeridade, o agravamento das leis do trabalho, a baixa do valor do trabalho, das pensões e das reforma, o fim do tratamento de muitos doentes por razões económicas e o desmantelamento do serviço nacional de saúde… ou seja… mais pobreza. Infelizmente o PS trilhará o mesmo caminho… com mais moderação… de forma mais contida… mas transportar-nos-á para mesma estação.
As bandeiras, as faixas e os estandartes que desciam no passado sábado a avenida da liberdade transportavam a confiança da alternativa, o vermelho da luta, o verde da esperança e o azul da harmonia e da paz. As gargantas roucas gritavam os valores conquistados em Abril que nos deram uma vida melhor e a possibilidade da luta. E os punhos levantados expressavam a mudança, o querer que «depois da tempestade há a bonança/que é verde como a cor que tem a esperança/quando a água de Abril sobre nós cai.
No regresso carregávamos a força, a coragem e a vontade de lutar, mas também a certeza de que temos um país que vale a pena e um povo que tem todas as condições para triunfar contra todas as «inevitabilidades». Ultrapassaremos as amarguras, as dificuldades com trabalho, perseverança, com justiça e uma equitativa repartição da riqueza (sem isto nada se consegue). Daremos a volta ao resultado, recuperaremos a soberania nacional e faremos um Portugal para os portugueses. «O que é preciso é termos confiança / se fizermos de maio a nossa lança /
isto vai meus amigos isto vai.»

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12.580 euros em guarda-sóis pouco transparentes

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Joao mendes
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No admirável mundo novo dos ajustes directos, uma novidade surgiu na passada semana. Quiçá empenhado numa política de maior transparência, o executivo camarário celebrou a 1 de Junho um novo contrato para a “Aquisição de Guarda-Sóis para o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro” com a empresa Brasolar, Lda. no valor de 12.580,00€, contrato esse que, à semelhança do que vem sendo habitual, não foi disponibilizado na plataforma governamental Base, tendo sido substituído por uma declaração na qual o presidente Sérgio Humberto informa, socorrendo-se de dispositivos legais, que “o procedimento fica dispensado da redução a contrato escrito”.
Interessante que, noutras ocasiões, ajustes directos de igual complexidade e até de menor valor tenham visto os respectivos contractos tornados públicos. Desta vez, estranhamente, o contracto – se é que existiu lugar ao mesmo – foi pura e simplesmente descartado e substituído pela dita declaração que citei e que o caro leitor poderá encontrar na íntegra seguindo a ligação http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/115026. Que motivo terá levado os nossos responsáveis políticos a cortar com a regra e a abrir uma excepção que configura, em termos práticos, uma ocultação dos termos contratuais, vedando o acesso ao cidadão comum? Haverá aqui alguma coisa a esconder?
Ficamos portanto a saber que existe um contrato por ajuste directo para a aquisição de guarda-sóis para a obra dos parques, relativamente ao qual não nos é revelada informação a que habitualmente temos acesso. Estando-nos então vedado a acesso a essa informação, olhemos para esta aquisição: 12.580,00€ em guarda-sóis. Não tendo eu qualquer conhecimento na área dos equipamentos de protecção contra as radiações ultravioleta, é-me no entanto possível apresentar aqui alguma matemática. Como o acesso ao contrato nos foi vedado, não dispomos de informação sobre quantos guarda-sóis foram adquiridos neste processo. Se assumirmos que se trataram de 100 unidades, cada guarda-sol terá o custo de 125,80€. Caso tenham sido 50, o custo unitário sobe para os 251,60€. Se estivermos a falar de 10 unidades, então teremos com certeza uns belos guarda-sóis de última geração, pelo menos a julgar pelo preço de 1.258,00€ cada. Infelizmente, e porque a informação está apenas acessível à cúpula do poder local, todos estes valores não passam do campo de uma especulação que nos é permitida fazer já que os 12.580,00€ gastos neste ajuste directo opaco são de todos nós.
Ficarei portanto a aguardar, com expectativa, e após algumas inaugurações antecipadas e parciais, que me remetem para um passado não muito distante em que as hoje tão silenciosas hostes do PSD e do CDS-PP criticavam o PS por fazer com a inauguração do Parque das Azenhas mais ou menos o mesmo que o executivo Sérgio Humberto está a fazer com a inauguração da obra dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, pelo dia em que a verdadeira inauguração desta obra aconteça, dia em que poderemos finalmente conhecer estes controversos guarda-sóis enquanto desfrutamos de uma festa que, a julgar pelos mais de 60 mil euros envolvidos, será com certeza algo épico que tão cedo não sairá da nossa memória colectiva. Até lá, faço votos que o executivo regresse à boa prática de transparência que reside na revelação objectiva dos pressupostos dessa prática tão sua que são os ajustes directos.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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