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Ano 2009

Morador romanense acusa presidente da autarquia de “vingança”

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A campanha socialista de S. Romão do Coronado alertou para a falta de pavimentação na rua contigua ao centro de saúde, depois de a autarquia ter pavimentado, na passada semana, as restantes que ladeiam o centro. José Augusto Cruz acusa presidentes da autarquia e da Junta de S. Romão de “vingança”, mas estes negam a acusação e explicam o atraso da obra.

Já há mais de 12 anos que os moradores do loteamento do Pombal, em S. Romão do Coronado, se deparavam com um problema cada vez que tinham de sair ou entrar em casa. Numerosos buracos no pavimento e o estado degradado das ruas que ladeiam o centro de saúde obrigavam ao cuidado redobrado dos condutores e mesmo dos transeuntes que por ali passavam. Na passada semana a autarquia procedeu à repavimentação da rua em frente à Unidade de Saúde de S. Romão e das duas ruas laterais do mesmo, deixando por pavimentar a rua das traseiras, Rua de Ribeirinho.

A situação mereceu o alerta por parte dos elementos da candidatura socialista a S. Romão do Coronado às autárquicas 2009, liderada por Rui Damasceno, aquando a campanha “de porta a porta” naquela freguesia. Em declarações ao NT, o candidato socialista lembrou os “problemas antigos” da Rua de Ribeirinho, que remontam ao tempo em que a Trofa ainda pertencia ao concelho de Santo Tirso, mas considerou “lamentável” o facto de “numa rua de muito trânsito, onde há um posto médico, a população estar há já mais de 12 anos à espera para que esta rua seja pavimentada”.

A Rua de Ribeirinho é a principal revolta de José Augusto Cruz, morador naquela rua há 12 anos, que já abordou o presidente da Junta de Freguesia e o presidente da autarquia para “debater o caso” e que como resposta foi-lhe explicado que aquele local “é privado e que não se podia fazer obras ali”. Em entrevista ao NT, Augusto Cruz diz acreditar que o facto da rua onde mora não ter sido pavimentada se relaciona com uma questão de “vingança”. “Foi derivado a uma denúncia que eu fiz na Câmara Municipal da Trofa contra o Sr. Guilherme Ramos de ter pessoal da Junta e máquinas da Junta a trabalhar em terrenos particulares, e eles numa vingança fazem isto”, acusa o morador, referindo que essa denúncia foi feita no dia 7 de Outubro de 2008.

Presidente da autarquia justifica atraso

Questionado sobre a falta de pavimentação na Rua de Ribeirinho, Bernardino Vasconcelos nega a acusação do morador romanense e garante que tal “não tem nada a ver com retaliação”. O presidente da autarquia justificou que naquela rua “foi colocada uma pequena camada de tapete para regularizar esses arruamentos” e que “o outro arruamento que falta necessita de um trabalho muito mais fundo, porque nunca teve tapete, logo tem de se fazer uma caixa conveniente para se fazer o tapete”. “É uma obra mais demorada que necessita de um outro tipo de intervenção, mas é para se fazer”, garantiu o edil. “Se a rua em que há dois moradores fosse a mais importante para se pavimentar era a dos moradores que se pavimentava, neste caso é a rua na frente do centro de saúde que era necessário pavimentar, tendo já pavimento”, acrescentou, avançando que “se o tempo se mantiver bom nos próximos dois meses” a rua será pavimentada.

Esta é também a vontade de Guilherme Ramos, presidente da Junta de Freguesia de S. Romão do Coronado que, ao NT, recordou que o loteamento do Pombal “correu mal desde o início” e explicou que a questão da pavimentação “é da responsabilidade em primeiro lugar do loteador que apostou na execução desse loteamento”. Reconhecendo que “tem havido uma série de reuniões, quer entre Junta e Câmara e Câmara e moradores” para resolver o problema, Guilherme Ramos esclareceu ainda que “há outras questões que impediram que se conseguisse fazer a totalidade da pavimentação”. “Tem a ver com infra-estruturas que têm de ser executadas e que na rua das traseiras estão totalmente degradadas. Não fazia sentido neste momento gastar ali uns milhares de euros a executar, mas é claro que é desagradável para quem lá vive”, referiu.

Quanto à denúncia reivindicada por José Augusto Cruz, o autarca romanense considera a mesma “um disparate” e lamenta que haja “eventuais avaliações que não serão muito correctas”. “Se ele fez alguma denúncia relativamente à Junta de Freguesia eu desconheço, é a Câmara que está a executar a obra, portanto não faz sentido a Câmara discriminar quem quer que seja”, acrescentou.

Socialistas reivindicam pavimentação da rua

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Rui Damasceno, candidato socialista a S. Romão do Coronado, diz estar “solidário” com os moradores da Rua de Ribeirinho, porque estes “merecem ver a sua rua em condições”. “O povo que vem ao posto médico merece passar nesta rua condignamente. Digo ao presidente da Câmara que venha cá acabar este trabalho, porque é uma vergonha para ele se não acabar isto”, desafiou.

Damasceno garante persistência junto do presidente da autarquia para resolver o problema: “Vamos à Câmara participar a situação, vamos exigir da parte do Senhor Presidente solidariedade para com os habitantes desta terra e mostrar o nosso apoio e tentar que isto seja corrigido até às eleições. Tem que acabar, porque isto é uma vergonha para S. Romão do Coronado, é uma vergonha no século XXI termos uma rua neste estado”, alertou.

Também Joana Lima, candidata pelo PS à Câmara Municipal da Trofa, manifestou o seu descontentamento relativamente à pavimentação em falta na Rua de Ribeirinho e atribuiu a responsabilidade à autarquia da Trofa. “Os loteamentos são todos privados mas a partir do momento em que são estradas, as estradas são públicas, portanto isto é da responsabilidade da Câmara da Trofa, que tem de tomar outra atitude, não pode discriminar os seus munícipes, que pagam todos os seus impostos”, defendeu. O saneamento naquela rua também não escaparam às críticas da socialista: “O saneamento está rebentado ali, há aqui problemas de saúde pública, as tampas de saneamento foram todas cobertas e nem os moradores sabem onde estão as tampas de saneamento, cobertas com asfalto, com ânsia de fazer obras perto das eleições, desconsiderando estas pessoas e no geral todo o loteamento”, acusou. “Revoltada com uma natureza desta obra em período eleitoral”, Joana Lima mostrou-se empenhada a “ajudar a resolver o problema que se está a gerir”.

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