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Edição 465

Marco Ferreira toma posse como presidente do PS Trofa

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Na tomada de posse como presidente da Comissão Política Concelhia do PS Trofa, Marco Ferreira mostrou “preocupação” pelos primeiros meses de governação da coligação PSD/CDS-PP e comprometeu-se a “construir um programa político” que “envolva todos os cidadãos trofenses”. Cerimónia decorreu na Escola Secundária, na noite de sábado, 15 de março.

“Uma caixa oca com um belo embrulho”. Foi desta forma que Marco Ferreira, presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista da Trofa, caracterizou a governação municipal da coligação PSD/CDS-PP, desde as eleições de setembro de 2013. Na cerimónia de tomada de posse da CPC, o novo líder do PS no concelho para os próximos quatro anos – que sucede a Joana Lima – afirmou que “os primeiros meses” do mandato da coligação “têm causado muita preocupação”, nomeando “a falta de diálogo e geração de conflitos” como a “marca da atuação do atual executivo”. Para exemplificar, Marco Ferreira referiu-se ao “fracasso da festa de Carnaval”, pelo facto de “a relação” da autarquia com as associações de pais se ter “deteriorado”, assim como com “as juntas de freguesia, como se viu na última Assembleia Municipal, onde o PS fez por defender o valor fundamental da coesão municipal”. “A imagem que me ocorre é de uma caixa oca com um belo embrulho, onde se gasta dinheiro e recursos no embrulho, mas a caixa não deixa de estar oca. E nós temos que dar o contributo para encher essa caixa, que é a Trofa, no sentido de dar novas políticas, ânimos e destinos a este concelho”, defendeu.

As “alfinetadas” ao executivo camarário continuaram. Marco Ferreira garantiu não esquecer que “disseram que, após as eleições, o arranjo da rede viária seria resolvido em poucas semanas, mas como se pode ver, não é uma realidade”.

Para o socialista, um dos “maiores desafios” é “estar à altura” do “legado” do executivo socialista, liderado por Joana Lima, que governou no concelho de 2009 a 2013. “O legado faz-se de políticas que não esquecemos e continuaremos a defender, como tudo o que fizemos pela educação, por uma cidadania ativa e pelo rigor financeiro, naquilo que contribuímos para que hoje seja possível pagar dívidas a tantos fornecedores da Câmara. Ninguém nos dá lições sobre como governar com rigor e com transparência, porque nós assim o fizemos”, sublinhou.

Marco Ferreira pretende “construir um programa político” que “envolva todos os cidadãos trofenses” e que integre “os valores de esquerda” para que o PS se apresente ao eleitorado “com ideias concretas em relação ao futuro da Trofa”.

E a escolha da Escola Secundária para palco desta tomada de posse “não foi uma coincidência” e serviu de alerta para o facto de “dois terços” do estabelecimento estar “em total estado de degradação”, devido à interrupção das obras. “Há um conjunto de alunos que irá fazer todo o Ensino Secundário em contentores e isto é uma decisão política do Governo. Não tem a ver com orçamento ou com poupança, porque o que se gasta em contentores daria para pagar a obra. Defendemos e exigimos o início imediato das obras de requalificação”, declarou.

Além desta “luta”, o PS da Trofa tem outras, como “o Metro e as variantes”. “Aprovamos uma moção na Assembleia Municipal, depois de um grupo de trabalho do Governo ter apresentado um conjunto de prioridades que não nos tranquilizam e que vão contra as nossas justas expectativas. O Governo está a colocar em perigo o avanço destas obras e estranhamos o silêncio da Câmara, que é conivente face a estas matérias. Nós reivindicamos estas obras com responsabilidade e fundamento”, defendeu o socialista, garantindo que “não” fechará “as portas a ninguém”, nem mesmo aos “protagonistas” da ação de impugnação das eleições do partido, desde que “estejam dispostos a servir o partido com lealdade e solidariedade pelos valores do PS”.

A tomada de posse contou com a presença de Pedro Nuno Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República. Para além de incentivar ao voto do PS nas próximas eleições europeias, em maio, considerando que uma derrota do partido será “um voto na austeridade e no empobrecimento”, Pedro Nuno Santos veio mostrar apoio a Marco Ferreira, acreditando que “o tempo fará justiça à Joana Lima e ao PS da Trofa pelo trabalho que estavam a fazer” e que, espera, “possam retomar em breve”.

Já José Luís Carneiro, presidente da Federação Distrital do Porto do PS, não esteve presente, mas deixou uma mensagem, na qual revelou “muita esperança num caminho” que faça o PS “reencontrar-se com o povo da Trofa”.

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Após a tomada de posse, a CPC do PS Trofa esteve reunida para eleger os novos elementos da Mesa da Comissão Política, composta por Pedro Ortiga, Zélia Coelho e Nuno Moreira, assim como os membros do Secretariado Concelhio, Ângela Moreira, Elsa Carneiro, Idalina Carvalho, Jerónimo Torres, José Luís, Joana Lima, Manuel Silva, Natália Soares, Paulino Rocha e Pedro Almeida.

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