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Crónicas e opinião

Linha do Equilíbrio: Dor de cabeça!

Sandra Maia

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Todos nós já experienciamos, em algum momento, um episódio de “dores de cabeça” e, independentemente da sua intensidade, sabemos identificar como podem ser insuportáveis e, até mesmo, incapacitantes.

As cefaleias, vulgarmente denominadas de dores de cabeça, são consideradas como um sintoma multifatorial, pois, muitas vezes, apresentam uma combinação de fenómenos de origem biológica, emocional e/ou psicológica, tendo uma prevalência significativa de “queixas” nos contextos dos cuidados de saúde, diminuindo a qualidade de vida de quem as sofre.
Geralmente, a cefaleia mais comum é a cefaleia tensional e, apesar de ser uma situação episódica, pode trazer alguma confusão no tratamento, devido ao relato subjetivo do doente, pois a dor é sempre relativa.

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Quem sofre de cefaleia tensional episódica relata dores em ambos os lados da cabeça e uma sensação de opressão no pescoço, de intensidade variável e, habitualmente, não interferem nas atividades diárias, passando com analgésicos, sem necessitarem de cuidados médicos urgentes.

Em contrapartida, quando a dor é recorrente ou crónica, segundo o Manual MDS ocorre em mais do que 15 dias por mês, durante mais de 3 meses, desencadeiam um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, sendo necessário cuidados médicos para despiste de outras possíveis patologias e, consequentemente, aumentam o desgaste psicológico, podendo dar origem a estados depressivos.

Como as cefaleias não apresentam uma única causa, podem ser desencadeadas por várias, tais como ansiedade, stress, má qualidade de sono, problemas de postura, ranger os dentes, fome ou perturbações alimentares, questões hormonais, alguns alimentos ou bebidas, entre outras. Quando consideradas cefaleias crónicas estão associados, ainda, os custos ligados ao absentismo e à perda de produtividade na escola ou no trabalho. Para além dos efeitos diretos, há ainda prejuízos indiretos, tal como na família e nas atividades de lazer, condicionando as pessoas, conduzindo-as a sentirem mais stress, perpetuando os sentimentos negativos de isolamento, frustração e culpa e, consequentemente, a manter as cefaleias e as causas das mesmas.

Perante este quadro, torna-se fundamental o paciente monitorizar a sua dor de cabeça, anotando as particularidades de cada episódio, através de um diário de cefaleia. Desta forma, as informações obtidas podem possibilitar a identificação dos fatores associados à dor e ajudar a prevenir novos episódios. Logo, torna-se possível aprender e aumentar as competências para lidar com a dor e, ao mesmo tempo, promover uma maior confiança e motivação para introduzir alterações no seu estilo de vida que permitam diminuir os mecanismos stressores.

Outra forma de melhorar as cefaleias é a terapia cognitivo-comportamental (realizada por um psicólogo), bem como as técnicas de relaxamento e de meditação, as atividades de lazer e a prática de atividades, tais como caminhada, pilates ou yoga. Quando estas práticas não funcionam ou numa situação de maior dificuldade para gerir a dor existem fármacos prescritos pelo médico, ajustados caso a caso, que ajudam a reduzir o sofrimento.

Termino com uma mensagem positiva de que quando se percebe as causas poderá ser possível definir estratégias cognitivas e comportamentais, bem como farmacológicas para atenuar as cefaleias, melhorando a qualidade de vida e o restauro do equilíbrio emocional de quem lida com esta condição.

Desejo a Todas as Mulheres um feliz dia, em especial às minhas!

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