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Linha do equilíbrio: À espera de um milagre!

“O desejo de formar uma família continua a ser comum para a generalidade dos casais, dando origem a planos e organizações para receber um novo ser. Contudo, para muitos casais esta pode ser uma tarefa difícil, podendo mesmo transformar-se numa experiência de grande desgaste e com uma enorme carga negativa, a nível emocional, financeira, física e social.”

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O mês de dezembro começou há pouco tempo e, independentemente da fé de cada um, é considerado um mês especial, pois a maioria acredita que, durante este período, é possível manter o “verdadeiro Espírito Natalício”, assente no simbolismo do nascimento de Jesus e nos princípios da natalidade.

As pessoas já começaram os preparativos para a grande festa, a Festa da Família, onde os sentimentos vividos de partilha, compaixão, generosidade, respeito e união leva-nos a querer passar momentos agradáveis com as pessoas que amamos.

Estar em família e pertencer a uma família é basilar para o ser humano. Para a maioria das pessoas, a família continua a ser o motor para a construção dos laços familiares e para a criação de vínculos de amor, especialmente para o desenvolvimento, crescimento e aprendizagem das crianças. Assim, as experiências apreendidas dentro da família poderão originar e dar sentido a projetos de futuro, como a construção da própria família.

O desejo de formar uma família continua a ser comum para a generalidade dos casais, dando origem a planos e organizações para receber um novo ser. Contudo, para muitos casais esta pode ser uma tarefa difícil, podendo mesmo transformar-se numa experiência de grande desgaste e com uma enorme carga negativa, a nível emocional, financeira, física e social.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a infertilidade é caracterizada pela “ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção”, em mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas e de acordo com os estudos atuais, 1 em cada 6 casais terão problemas na conceção, sendo números que têm vindo a aumentar.

As causas de infertilidade podem ser múltiplas, tais como problemas fisiológicos, no homem, na mulher ou em ambos, a idade, a obesidade, os hábitos alimentares, o stress e o meio ambiente, entre outros, sendo que o tratamento para as resolver envolve o compromisso e disponibilidade do casal, bem como uma busca detalhada das prováveis causas da infertilidade.

Desta forma, se para alguns casais ter um filho pode ser o início de um projeto de vida, em contrapartida, ter de lidar com a infertilidade pode ser difícil, pois interrompe esse objetivo, trazendo consigo sofrimento, angústia, ansiedade, raiva, depressão e até desvalorização pessoal. Esta situação afeta o casal e deve ser analisada como um problema de ambos, mas pode ser vivenciado de forma diferente, pelos dois. Paralelamente, a frustração de não conseguirem gerar poderá conduzir a sofrerem pressões familiares e sociais, aumentando, consequentemente, a exposição da privacidade do casal. Segundo os estudos, esta exposição tende a aumentar os problemas psicológicos e, consequentemente, poderá afetar negativamente o relacionamento do casal.

Nos últimos anos, fruto dos avanços na área da procriação medicamente assistida, nomeadamente no desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas, o sucesso tem aumentado, nomeadamente, nos casos considerados, outrora, impossíveis. Importa salientar que a equipa que está a acompanhar o casal deverá procurar dar todas as informações, esclarecer dúvidas e apoiar o casal, para que este possa lidar com a situação “de espera”.

Um casal informado e, principalmente, com os seus limites definidos, mas com sentido de esperança, tende a evitar o possível desgaste e as questões inerentes quando há o “não sucesso” do tratamento de reprodução assistida. Os tratamentos, infelizmente, são caros e os tempos de espera no serviço público são demorados, levando alguns casais a optarem pelo serviço privado, aumentando os gastos financeiros.

Lidar com a infertilidade pode ser difícil e emocionalmente exigente, pois o “problema” não tem prazo para ficar resolvido. Contudo, os casais que estão a passar por esta fase nas suas vidas sentem-se, normalmente, como uma criança à espera de uma prenda no seu “sapatinho”!

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