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Edição 522

Insistir no Metro para a Trofa

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Jaime-Toga
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Jaime-Toga

-Acabaram-se as desculpas

Em Abril de 2012 a Assembleia da República discutiu a vinda do Metro à Trofa, a partir de uma petição popular (impulsionada pelo senhor Henrique Cayolla). Vários Partidos apresentaram projectos de resolução para serem discutidos e votados. Aparentemente, os vários Partidos representados na Assembleia da República estavam de acordo com a construção do Metro até à Trofa e foram aprovadas resoluções nesse sentido.

Mas o governo, com o argumento de que “não havia dinheiro” e de que estávamos “sob intervenção externa”, deixou ficar na gaveta as resoluções aprovadas pela Assembleia da República.

Três anos depois, o discurso dos governantes garante que “temos os cofres cheiros” e que “a troika foi embora”. Assim, deixou de haver razões para que o governo continue sem construir o Metro até à Trofa. Por essa razão, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou na passada semana um Projecto de Resolução que propõe a construção da linha até ao fim do primeiro semestre de 2016.

Se já está tudo discutido, se já foi elaborado um caderno de encargos, se todos dizem que estão de acordo, então será fácil que a proposta do PCP seja aprovada e concretizada a obra.

Aqueles que nas campanhas eleitorais vão ao povo do Muro pedir o voto, ou aqueles que, covardemente, instigam a população do Muro a boicotar eleições (desde que não sejam as eleições autárquicas, porque dessas depende o alimento do ego de alguns) bem podem ficar calados ou escondidos. Em breve, a discussão e a votação serão feitas, veremos quem honra a palavra dada.

2- Presidente da Câmara defende a Trofa ou o governo?

No dia em que o PCP apresentou publicamente a sua proposta para a concretização da linha de Metro para a Trofa até ao 1º semestre de 2016, surgiram notícias sobre o processo de privatização d Metro do Porto, com a empresa a afirmar que chegou a acordo com um consórcio catalão.

O caderno de encargos desta concessão engloba a operação do Metro em 67 quilómetros de via e 81 estações. Ou seja, a concessão não prevê o alargamento à Trofa.

Como este caderno de encargos prevê a concessão para um período de 10 anos, significa que o governo pretende adiar a vinda do Metro à Trofa pelo menos 10 anos.

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É conhecida a posição do PCP contrária à privatização da empresa Metro do Porto e a consideração de que o serviço público que se exige a esta empresa é indissociável da sua manutenção da esfera pública. Contudo, se a Câmara Municipal da Trofa e o Conselho Metropolitano do Porto (accionista da empresa Metro do Porto) não impedirem a concretização desta concessão, estarão a ser coniventes com a tentativa do governo de adiar mais uma década a construção do Metro até à Trofa.

Ao presidente da Câmara da Trofa exige-se que seja capaz de colocar os interesses do concelho e dos trofenses acima da submissão partidária. Exige-se uma posição de força em defesa da Trofa, que seja capaz de bater o pé ao governo, que promova uma providência cautelar (mesmo que para tal tenha que recorrer aos famosos ajustes directos que tão bem conhece). Exige-se que, no plano metropolitano reclame do Conselho Metropolitano do Porto, que vete este processo de concessão.

A gestão do concelho e a presidência da Câmara não pode viver apenas de ataque ao passado, mesmo que esse passado tenha sido mau.

A Trofa precisa de futuro, precisa de investimento público capaz de atrair e dinamizar o investimento privado. A Trofa precisa que a defendam. A Trofa tem gente com força, coragem e capacidade para avançar e se desenvolver, desde que não estejam constantemente a privá-la das infraestruturas necessárias.

3- Justiça e honra, precisa-se.

À população da zona ocidental do concelho da Trofa retiraram um comboio de ligação ao Porto, prometendo que seria substituído em breve pelo Metro. Há mais de 13 anos que ficaram sem comboio, mas também ainda não têm o Metro. É inadmissível!

Se os “cofres estão cheios” e “a troika foi embora”, só falta mesmo a vontade política.

Faça-se justiça! Honrem a palavra dada!

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Edição 522

Trilogia da Assembleia Freguesia de Bougado

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JoãoPedro
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Parte II – “A prioridade social, prometida e esquecida!”

As políticas sociais foram as bandeiras políticas de todas as forças concorrentes às eleições autárquicas de 2013. Eram populares e atingiam a grande massa da população que, dada a conjuntura económico-social que o país atravessava e continua a atravessar, emergiu carências básicas e a vários níveis: dificuldades das famílias em fazer uma alimentação digna; dificuldades na aquisição de medicamentos para os que deles dependem; dificuldades na aquisição de manuais escolares para os que têm filhos em idades letivas; dificuldades no pagamento das rendas de casa ou, o flagelo das prestações ao banco para os que perderam os empregos. Outros ainda, numa fase mais extrema das dificuldades, para fazer face a cortes de água ou energia, quando já anteveem e vivem a angústia da perda das suas habitações.

A Trofa, em linha com o panorama nacional, viu estes flagelos atingir mesmo os que nunca se imaginaram em tal problema, e que por isso se calam, nascendo a denominada “pobreza envergonhada” e o sofrimento que fica entre quatro paredes, com consequências sociais dramáticas!

A coligação “Unidos Pela Trofa” que venceu o ato eleitoral em Bougado não foi exceção no compromisso das promessas eleitorais. Fez as pessoas acreditar numa política de proximidade, entre um executivo com dinheiro para gerir (quase um milhão de euros) e fregueses (habitantes da freguesia) com as necessidades básicas elencadas! Reafirmou o seu presidente, Luís Paulo, já no decurso do mandato, a 13 de junho de 2014, em entrevista ao jornal “O Notícias da Trofa”: “ Não esquecemos os nossos idosos e os nossos mais jovens, cuja dependência e vulnerabilidade fazem com que muitas vezes não consigam ser devidamente escutados quanto aos seus anseios e problemas. Por isso, dedicaremos uma especial e particular atenção aos mais necessitados, reclamando para os mesmos a solidariedade que lhes é devida” – Palavras sábias de discurso político…

Mas, a realidade das contas de 2014, apresentadas na Assembleia de Freguesia, no passado dia 23 de abril, desmente categoricamente a vontade propagandeada, com números concretos de Ajudas Sociais aos “mais carenciados” a não ultrapassar os 3% do orçamento. Apenas cerca de 25.000 euros, dos 994.817,07 euros que lhes coube gerir, foram aplicados nestas necessidades concretas dos Bougadenses!

A esta situação, medidas como o afastamento das estruturas de Apoio Social, como é exemplo a Cruz Vermelha da Trofa a quem ofereceu (quis impor!) uma verba de ajuda de 500 euros/anuais (menos de 42 euros por mês!), demonstraram claramente o falhanço da pretensão assumida! Além da forma taxativa como menciono os números, acrescento também as atitudes e comportamentos evidenciadas, ao não ser capaz de evitar polémicas com uma instituição secular, de implantação nacional e internacional, em prejuízo dos mais altos interesses da freguesia que dirige. Mantém ainda o corte de fornecimento de energia, à mesma Cruz Vermelha, no projeto de serviço de refeições sociais “Porta de Sabores” (Largo da Feira), em linha com o desinteresse social e arrogância no exercício do poder, que vem caracterizando o mandato!

A política do paralelo (faz e desfaz) e da construção que, sendo importantes, não podem ser tidas como obsessão. Afasta-se, por isso, da realidade social atual em prejuízo da felicidade dos Bougadenses. Com estas políticas “o orgulho trofense” escreve-se com letras minúsculas!

Na próxima edição, a Parte III – “O estranho regulamento para vendedores ambulantes de lotarias”.

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Edição 522

Ilusionismo na Trofa, a Arte de iludir perante a realidade …

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As promessas foram muitas e a política de comunicação organizada e aguerrida impõem a existência permanente de factos novos, afirmações contundentes, números que superam tudo o que se possa ter sido ouvido antes. Até aqui nada de mais, mas esta necessidade de protagonismo permanente, leva, infelizmente, a que pequenos factos sejam anunciados vezes sem conta, mesmo que ainda não realizados, que os números seja empolados e se procure fazer crer que estamos em todo o lado a toda a hora.

Na Trofa, efetivamente presencia-se o que nunca se viu…

Vamos ao facebook do Nosso Presidente da Câmara, Dr Sérgio Humberto, e este (ou quem escreve por ele) faz um post no exato momento em que ocorre o evento com a mensagem “Meninos Cantores e Coro da Universidade Sénior da Trofa em atuação no auditório dos Bombeiros da Trofa, cuja receita reverte para a APPACDM da Trofa. Juntem-se a nós!”. Pena é que os vereadores do executivo da coligação estivessem todos ausentes.

Poderia ser aceitável, face a uma agenda que poderia ter eventos mais importantes, nessa mesma altura, para os 4 vereadores do executivo. Eu próprio, com muita pena minha não pude estar presente a abraçar uma causa que merece. Lamento é o oportunismo de querer dizer presente, quando nenhum dos 4 vereadores o fizeram, fazendo parecer para quem não esteve que apoiaram e dignificaram com a sua presença.

Juntem-se a nós??? Onde? Seria com os vereadores do PS presentes? Só pode ser ironia.

Mas se apenas de presença em eventos falássemos, a situação até seria menor, face à capacidade já anunciada pelo Sr. Presidente de Câmara, que afirma que este executivo trabalha dia e noite, ao que eu hoje acrescento, a capacidade de ser omnipresente…

Li já posts com a “Rotunda dos Bombeiros finalmente a funcionar” (Setembro/2014), afirmações públicas em que o pontilhão junto a EB 2/3 seria demolido na semana seguinte, mas a realidade tarda e salvo alguma obras resultantes em larga medida da execução de garantias, que louvo, dado que a inércia poderia deixar passar essas oportunidades, pouco mais foi feito.

O meu Bem Haja pelo que foi feito, sob pena de serem já descontextualizadas as minhas afirmações, afirmando inverdades por não deter resposta ao apresentado, como aconteceu na última Assembleia Municipal.

Mas, esse capítulo deixarei para um próximo artigo, afirmando apenas, o que este executivo não realça relativamente às contas do Município, como se de tabu se tratasse, ou nenhum impacto tivesse dado nos resultados apresentados, ao aplicar por sua iniciativa o principio da especialização contabilística, que leva a que nas contas de 2014 estejam incluídas as receitas de IMI e Derrama de DOIS ANOS, facto que o próprio revisor dá nota no “enfase” colocado na certificação legal de contas e que empola significativamente os resultados.

Desafio o executivo a, publicamente, desmentir esse impacto e a afirmar que não tem relevo.

Com esta postura o executivo escamoteia medidas de sua autoria, e cria um embuste de 6 milhões de euros nas contas, grave pela omissão nos dados divulgados publicamente, quer nas declarações do Sr. Presidente, quer nas publicações no facebook, fabricando aspetos positivos na contabilidade, mas mascarando a realidade. Nada disto seria criticável, se nas intervenções públicas fosse mencionado o seu impacto, mas aí tirava a espetacularidade dos números e vã glória desaparecia.

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Puro desrespeito pelos Trofenses com um ato de ilusionismo mal conseguido.

 Pedro Ortiga

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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