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Ano 2010

História do falso padre em filme

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Alunos do ISMAI que frequentam o 3º ano do Curso de Tecnologias e Comunicação Multimédia contam história do falso padre, que burlou vários fiéis no concelho da Trofa, numa película de 20 minutos, que poderá ser apresentada no concurso das Curtas de Vila do Conde.

“Caridade” é o nome do documentário realizado por três alunos do 3º ano do Curso de Tecnologias e Comunicação Multimédia do Instituto Superior da Maia (ISMAI) sobre o falso padre que celebrou missas, casamentos, baptizados e até funerais no concelho da Trofa.

Tiago Rei da Trofa, Cláudia Ribeiro de Barcelos e Emanuel Soares do Porto, foram os alunos que desenterraram o passado do falso padre para o transformar num projecto de final de curso. E esta foi mais uma das histórias contadas sobre a vida dupla de Agostinho Caridade.

A ideia surgiu no contexto de aula quando o professor propôs o trabalho ao grupo. Tiago Rei, residente na freguesia de Alvarelhos, conhecia a história melhor do que ninguém, pois já tinha sido acólito num dos funerais realizados por Agostinho Caridade. “Conhecia relativamente bem esta história, guardava algumas reportagens, acompanhava o percurso conforme iam surgindo mais notícias e propus ao grupo fazermos o trabalho sobre o falso padre”, contou, em entrevista exclusiva ao NT/TrofaTv.alunos-ismai

Os colegas concordaram com a ideia, o docente Fernando Paulino também e a equipa avançou para o terreno e começou a pesquisa para encontrar os “actores sociais” que contassem na primeira pessoa, quem era afinal o falso padre.

José Ramos, pároco em Alvarelhos foi a grande ajuda da equipa e terá sido ele também a descobrir a “falsidade” deste padre, que desde 2006, enganava os fiéis no concelho da Trofa. “As pessoas tiveram conhecimento depois do padre José Ramos ter dito na missa que ele era um burlão”, afirmou Tiago Rei.

João Amorim, Agostinho Santos ou Agostinho Caridade. A identidade sempre foi um mistério, à semelhança do destino que foi dado a todo o dinheiro que levou dos mais incautos, alegando que seria para ajudar os mais desfavorecidos nos países africanos. Todo este dinheiro, alegadamente, levado pelo falso padre das pessoas entrevistadas pelos alunos foi o acto que mais chocou Cláudia Ribeiro. “O testemunho que me ficou mais na memória foi o da senhora que foi lesada. Porque pelo que contou da vida dela, a senhora não ‘nadava em dinheiro’, tinha família doente e até com problemas e, mesmo assim, ele pediu o dinheiro e ficou-lhe com as economias de uma vida”, recordou.

“Todas as pessoas com quem contactamos sentiram-se vigarizadas pela forma como ele agiu. As pessoas falavam que não desconfiavam e que pensavam que ele era verdadeiro”, acrescentou Tiago Rei.

“Habilidoso” e “burlão”, são alguns dos adjectivos que segundo os alunos melhor descrevem Agostinho Caridade que há muito está desaparecido e de acordo com o pároco de Alvarelhos, José Ramos, “tem faltado” às sessões judiciais. A última a que “faltou” teve lugar em Ourém, “no dia 11 de Dezembro”, devido a uma burla que lesou uma mulher em Fátima em cerca de 35 mil euros.

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Mas o que é facto é que a história deste falso padre valeu 16 valores a estes alunos que se preparam agora para enviar a película, de 20 minutos, para as Curtas de Vila do Conde. Depois de terem trabalhado com duas câmaras, tratado a imagem, o som e entrevistado várias pessoas os alunos vêm agora o seu trabalho reconhecido, pelos colegas, professores e até pela comunicação social.

“Ainda temos que pensar muito bem no que vamos fazer daqui para a frente, nós não estávamos a contar com a possível projecção que isto pudesse ter, mas a nível de trabalho e durante toda a realização, tentamos fazer um trabalho final com o qual pudéssemos concorrer ir a concursos e festivais de documentários, onde possamos concorrer com o vídeo e quem sabe ganhar algum coisa”, adiantou Emanuel Soares.

O próximo objectivo dos três alunos que frequentam o curso na área de audiovisuais será “concluir o estágio com bom aproveitamento” no segundo semestre, que terá início dentro de poucos meses, e “continuar a trabalhar na área”.

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