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Edição 522

Funcionários preocupados com futuro da Socitrel (c/vídeo)

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Dois meses de salários em atraso e a falta de produção da empresa mobilizaram dezenas de funcionários da Socitrel. Alguns admitem já passar dificuldades económicas.

em produzir desde o verão do ano passado, os trabalhadores da Socitrel reuniram-se em frente à empresa, situada em S. Romão do Coronado, na manhã de 30 de abril, para reivindicar salários em atraso e exigir explicações sobre o futuro dos postos de trabalho.

Apesar de estarem parados há cerca de oito meses, o incumprimento no pagamento de salários só se verificou a partir de fevereiro. Márcio Ferreira, funcionário da empresa, afirmou que recebeu “comunicados assinados pela administração a dizer que pagavam a 20 de abril e, depois, a 10 de maio”. “Andamos assim, com a preocupação diária de não termos dinheiro para as nossas despesas”, afirmou.

Ângelo Silva é outra das vozes do desespero vivido pelos trabalhadores: “Alguns colegas já estão a passar dificuldades, inclusive em processos contenciosos com os bancos por incumprimento das prestações”.

Segundo Ângelo Silva, os funcionários dizem-se cansados deste impasse: “Em meados de outubro estivemos em reunião com a administração e mostramos que estamos preocupados com esta situação da falta de encomendas e a resposta foi de que a empresa ia arrancar, mas até agora nada”. O funcionário da Socitrel garantiu ainda que a preocupação não reside só nos salários em atraso, mas também na ausência de produção. “Quando não há trabalho, não se gera riqueza e não se garante salários. Nós queremos trabalhar”, sublinhou.

Para os funcionários, não há razão para a empresa estar sem atividade produtiva. “Nunca faltou clientes e encomendas”, disse Márcio Ferreira, que crê que só a “má gestão” explica a atual situação da empresa. “A maior dificuldade foi em 2008 e 2009 e nós conseguimos ultrapassá-la”, referiu.

Em declarações ao jornal O Notícias da Trofa, o diretor-geral da Socitrel, Francisco Simões, que reuniu com os trabalhadores na mesma manhã, afirmou ao NT que a Socitrel “foi vítima da crise em 2008” e teve de absorver “a dívida” das “cinco” unidades fabris instaladas “em Espanha e Itália” e que foram alvo de “um processo de layoff”. Entretanto, estima que “os salários serão regularizados entre 5 e 10 de maio” e que o processo de “restruturação” da empresa para a retoma de produção se inicie de modo a garantir que “as primeiras encomendas saiam antes de agosto” para os clientes. Francisco Simões afiançou ainda que neste processo “nenhum” posto de trabalho está em causa e que o objetivo é que, “em 2017”, a empresa “supere o histórico quantitativo de produções”.

A Socitrel, Sociedade Industrial de Trefilaria, S.A., foi fundada em 1971 e situa-se no lugar da Estação, em S. Romão do Coronado. Com cerca de 150 trabalhadores, dedica-se ao fabrico e comercialização de arames de aço e malhas eletrossoldadas, para aplicação na indústria, agricultura e construção civil.

 

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