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Ano 2007

ESPIRITO DE NATAL

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Aproxima-se a passos largos o Natal e embora o tempo ainda não muito frio não evidencie este facto, as decorações de Natal, os centros comercias lotados, os anúncios infindáveis de brinquedos na televisão, a euforia das crianças comprovam o aproximar da data.

  É uma época muito especial, é uma noite de grande magia para adultos e crianças, marcada por reencontros e desvendar de expectativas e sonhos onde que como por magia todos parecemos mais felizes, em paz e harmonia com todos e com o mundo.

Apesar de o Natal ser na sua essência uma festa cristã, há muito que se converteu numa festa familiar com tradições pagãs e na qual a nossa sociedade actual expressa o seu profundo cariz consumista.

Nesta correria desenfreada para que tudo esteja pronto na noite de Natal, há dezenas de afazeres, senão vejamos: fazer a lista das pessoas a quem oferecer presentes e definir o que oferecer e compra-los, decorar a casa e fazer a árvore de Natal, fazer as compras para a ceia e dia de Natal, enviar postais, mensagens de telemóvel ou e-mail para amigos e familiares, desdobrar-se em múltiplos jantares de Natal, contando sempre com filas infindáveis para pagar e embrulhar, produtos esgotados, estacionamentos lotados, trânsito parado para todo e qualquer centro comercial.

Que grande azafama!

Dei por mim um dia destes numa destas filas intermináveis num centro comercial para pagar um presente, a pensar que esta época Natalícia que deveria ser de paz, partilha, harmonia e tranquilidade transformou-se numa verdadeira correria a centros comerciais em busca de presentes que demonstram não tanto o carinho que temos para com a pessoa a quem o oferecemos, mas a nossa maior ou menor capacidade económica.

Sim, porque o amor e carinho que se deveria dar nesta época e se possível todo o ano não se compra, sente-se e demonstra-se com gestos simples, simbólicos mas profundos.

A nossa sociedade actual demonstra muitas vezes o carinho e amor com presentes e não com gestos e atitudes.

E lembrei-me inevitavelmente de milhões de crianças em Africa e por esse mundo fora e tentei imaginar como será o Natal para elas.

Mensagens de telemóvel, e-mail?

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Nunca ouviram falar disso!

Centros comerciais, lojas, filas de trânsito, carro, casa?

Não existem!

Presentes, brinquedos, árvore de Natal?

Não têm!

Pai Natal?

Não conhecem!

Muitas, certamente não sabem sequer que o Natal existe, não têm casa, nem família, nem comida sequer!

Os números demonstram esta cruel realidade.

Há mais de 120 mil crianças soldados em Africa, 80 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar, 12 milhões de crianças são órfãos devido à sida e muitas estão também afectadas.

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Por ano 5 milhões de crianças morrem à fome em Africa o que significa que em cada 5 segundos uma criança morre porque não tem nada para comer!

Isto sim é um inferno e nós aqui preocupados com presentes, correrias para as compras e produtos que estão esgotados!

A única coisa que estas crianças têm é um céu estrelado como no dia em que Menino Jesus nasceu e os reis magos se guiavam pela estrela.

Neste Natal não esqueçamos estas crianças e se possível vamos tentar ajuda-las, para que tenham um futuro mais digno com alimentação, saúde, educação, protecção e igualdade.

Vamos nós tentar conter o nosso ímpeto consumista e pensar mais na essência e magia do Natal, na pureza e simplicidade desta época.

A todos um santo e feliz Natal rodeado de todos os que mais amam, cheio de saúde, paz, solidariedade e muito, muito amor.

FELIZ NATAL

Teresa Fernandes

 

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