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Edição 745

Escrita com Norte: A Tasca

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Quim, homem de esquerda, canhoto desde a primeira classe, quase deficiente das forças armadas, quando rasgou a gengiva ao abrir uma cerveja com os dentes, no Quartel de Chaves, é, ainda hoje, dado a frases feitas.
Apesar de nunca ter sofrido as agruras do Ultramar, diz que a sua cicatriz (que não se vê) resultou da explosão de uma granada durante uma missão no meio do mato.
Na altura, na enfermaria, aplicaram-lhe cinco pontos na ferida e desinfetaram-na com álcool, hábito que adoptou desde então, ano de 1969.
Actualmente é dono da “Tasca da Berta”, nome da enfermeira que o tratou, onde se bebe, não para molhar a palavra, mas para sarar as feridas, e tanto se bebe, que naturalmente as cirroses começaram a aparecer!
Quem passa na rua, sempre pelo outro lado, “sacudido” pelo cheiro, que atrai só os que têm vinho nas veias, vê pela porta, que se apresenta como uma moldura de um quadro de outros tempos, um balcão de madeira, por trás várias bancadas com garrafões e o Zé, o empregado, criteriosamente selecionado e que se apresenta todos os dias ao trabalho, não de farda, mas sempre com 2 gramas de álcool por litro de sangue. À frente do balcão, sempre uma meia dúzia de bêbados para atender e aturar e no chão um grande tapetão com um bordado a dizer “O povo é quem mais bebe”, tapado há décadas pelo vomitado da clientela.
Todos os anos, para dinamizar a tasca, o Quim promove um concurso com um prémio de três cálices de tinto, maduro ou verde, para quem adivinhar o dizer do tapetão, e no tecto, a única mensagem legível num pano colocado há seis anos, que diz, “Assim, se vê, a força do Tinto”, para dinamizar a tasca com um concurso mensal, visto que ele se esquece, amiúde, do concurso anual, em que a clientela tenta vomitar o pano…ainda não há vencedores, nem para um nem para outro concurso e o único dinamismo visivel é o decréscimo de clientes, conforme vão sendo internados, ou numa cama de hospital, quando a bebedeira é moderada, ou no cemitério, quando a bebedeira é de caixão à cova.
Lá dentro, mesmo no Verão, quando os dias são longos, o ambiente escurece à medida que se bebe, parecendo por vezes meia-noite quando é meio-dia, e hoje, quando faltavam vinte minutos para as doze horas, o Ramos atravessou a porta da tasca para outra dimensão e veio para o passeio.

  • Que puta de gaja boa! – exclamou, com o máximo de cuidado que o maduro permite.
    No outro lado da rua passava uma mulher anafada, de banhas expostas pelo top que vestia e coxão quase a rebentar-lhe as costuras. Ela, indiferente ao comentário, sorri por dentro pelo elogio recebido!
  • Ui, será que é mesmo boa?! – pergunta o Ramos a si mesmo! – Ó pessoal, vinde cá fora. – diz, chamando pelos outros companheiros de copos. E aparece o Quim.
  • Ó Quim, aquela gaja é boa? – pergunta.
  • Que gaja? Não sei! – responde – Ó Zé, anda cá.
    Sendo o menos bêbedo, porque se encontra no local de trabalho, sempre que há questões duvidosas, o Zé é chamado para esclarecer.
  • O Ramos está a ver uma gaja boa! Eu não estou a ver gaja nenhuma! E tu? – pergunta o Quim.
  • Eu estou a ver o sapateiro! – responde ao ver a gorda, agora em sentido contrário, de bolo de aniversário na mão.

-Ahhhhh! – exclamam os outros dois.

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Edição 745

Voluntariado jovem: Sara deixou tudo e foi para a Finlândia ajudar o próximo

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Sara Cabral é natural de São Mamede do Coronado e, com apenas 21 anos, deixou a sua terra para ir fazer uma das coisas que mais lhe dá prazer – ajudar os outros.

Em 2018, recém-licenciada em Fisioterapia pela antiga ESTSP (Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto), atual Escola Superior de Saúde do Porto (ESS), a jovem aventureira, apaixonada pela sua profissão, quis abrir horizontes e, “muito influenciada pela experiência da irmã mais velha, que também é da mesma área da saúde da mesma faculdade”, quis também ela “tirar uma gap year” e ir de Erasmus, sendo os países nórdicos a sua ambição.
“Acabei por escolher a Finlândia. E fui. Mandei-me de cabeça”, disse em tom de brincadeira, sobre aquela que foi “uma das melhores experiências” da sua vida. Durante três meses, fez a sua “mobilidade como estudante na Finlândia”, país pelo qual garante ter-se apaixonado.
“Viajei e fiz imensos colegas espetaculares e queria muito voltar ao país, portanto, voltei para Portugal, fiz a minha tese, acabei o meu curso com boas notas e percebi que tinha duas opções, ou fazia o que toda a gente faz que é procurar emprego ou continuar a estudar, ou podia seguir uma paixão e voltar para o país pelo qual eu sentia uma grande conexão, que era a Finlândia”, revelou.
Sara, que se caracteriza como uma jovem que “não gosta de seguir paradigmas” e prefere “sair” da sua “zona de conforto”, percebeu de imediato que a segunda opção era aquela com a qual se identificava.
Aliando a sua personalidade vincada à sua vontade e gosto pelo voluntariado, que já pratica desde 2014, percebeu que queria “fazer uma pausa nos estudos”, para “pensar efetivamente” sobre o que queria fazer e o que queria seguir.
“Tentei juntar tudo e fiz um serviço de voluntariado europeu de volta para a Finlândia”, explicou, acrescentando que contactou a página de associações que trabalham com serviços de voluntariado europeus naquele país. “Mandei 72 emails”, diz, para revelar que a persistência garantiu-lhe três respostas, “duas delas muito indecisas”. No entanto, “a outra foi muito rápida” e sugeria-lhe seis meses na Finlândia. Assim, em outubro de 2018, rumou ao Norte da Europa, naquela que diz ter sido “a segunda melhor decisão” da sua vida.

Esta experiência juntava-se à mobilidade de estudantes durante o seu 1.º ciclo de estudos académico (licenciatura) e ao serviço de voluntariado europeu designado European Solidarity Corps (Corpo Europeu de Solidariedade) que a jovem já tinha no currículo. No novo desafio, a missão era “trabalhar com crianças e jovens em centros de juventude”, que se organizavam em diferentes tipos de ações, disponibilizando instalações e equipamentos de forma gratuita.
“Os centros de juventude da associação onde fui acolhida são nove espalhados pelo país e, basicamente, oferecem atividades esporádicas intensivas por localidade, por exemplo uma semana sobre línguas estrangeiras, outra sobre culinária ou sobre alimentação internacional”, revelou Sara Cabral, que percebeu que, na Finlândia, os principais problemas na população jovem são “o isolamento e os conflitos interiores”. “Estes centros ajudam a evitar que tenham comportamentos desviantes, como o consumo do tabaco, drogas ou automedicação”.
Com um papel idêntico ao de uma educadora, Sara “auxiliava” e promovia “diferentes atividades com os jovens” no dia a dia. “O meu papel tanto podia ser estar num sofá e os miúdos vinham ter comigo e falavam sobre os relacionamentos com os namorados e com os amigos, porque estavam stressados e queriam fumar até fazer um bolo, como podia ‘saltar’ para a cozinha e ensinar receitas originais de Portugal e partilhar um bocadinho da minha cultura, como podia originar uma competição de Xbox ou Playstation”, recordou.
Esta diversidade de atividades, que “pode parecer muito simples”, naquela sociedade “essencial”. “Eles já sabem que aquele é o espaço para eles estarem e os pais sabem que eles estão bem entregues. O nosso papel era, simplesmente, suportar e guiar os jovens”, explicou.

Sara Cabral teve também oportunidade de lidar com jovens migrantes, oriundos da África e Ásia e a quem se prestou “a parar e ouvir o que eles tinham para dizer”. “Simplesmente, eles partiram sem nada, viram a casa deles ser destruída e fugiram com a própria roupa do corpo. Muitos deles tiveram a porta de entrada na Finlândia através da Rússia. De forma a estarem exilados, conseguiram de forma ilegal trazer a família para a Finlândia e a família suportou-se no sistema social espetacular que o país tem e através da ajuda e do apoio social conseguiram reerguer-se e estão, claramente, integrados na sociedade, falam a língua, o país em si vocaciona muito para os nossos cursos profissionais, que nós aqui, em Portugal, de certa forma desvalorizamos”, contou.
E outra das missões de Sara Cabral foi colaborar para que esses jovens fossem, devidamente, encaminhados do ponto de vista profissional.

As saunas e a festa do maior dia do ano

A Finlândia cativou a jovem de tal forma que confessa ter “gostado de tudo”. Acredita que, para ir para aquele país e conseguir entrar na cultura “é essencial ir de cabeça vazia e mente aberta”. O facto de já ter como base a experiência da sua irmã ajudou muito.
Uma particularidade que fez com que se adaptasse facilmente foi não ter sido invasiva: “O simples facto de eu não forçar entrar na cultura deles foi um grande avanço, porque fui para lá inicialmente sobre um programa de estágio, que era a minha área, ou seja estagiar como fisioterapeuta, mas tive de aprender como me relacionar com os locais. E percebi que elas são muito fechadas. Portanto, eu quando entrei lá, não impus, por exemplo, obrigatoriamente ter de tocar nas pessoas. Lá a fisioterapia funciona muito hands off, ou seja privilegia a educação e promoção da saúde. Muito ouvir e depois avaliar para uns exercícios em casa”, explicou. Uma realidade muito oposta a Portugal, em que um paciente, senta-se na marquesa e espera, automaticamente, ser tocado”.
Quando convidada para visitar a casa das pessoas, revelou que, sabendo da educação e reserva desta população, quando entrava, “tirava os sapatos à entrada e andava de meias”. “Eu fui muito na postura de olhos abertos e boca fechada e adaptei-me muito bem. Por isso, do que eu gostei mais foi, definitivamente, as pessoas. Acho que me receberam de braços abertos. Tive experiências muito boas”, revelou.
Fez muitas coisas diferentes, entre as quais viajar com couchsurfing, um serviço de hospedagem pela internet de forma totalmente gratuita.
Curiosa, perspicaz e ativa no dia a dia, Sara “mantinha contacto com todas as pessoas que ia conhecendo” e foi memorizando cada canto da Finlândia através das dicas constantes que ia pedindo. Conseguiu visitar “todas as grandes cidades”, sendo que a maioria conseguiu logo da primeira vez, quando esteve em Erasmus. “Foram cerca de 10 a 12 fins de semana que estive lá e apenas 3 deles é que estive em casa porque a minha colega de casa estava doente e outro porque a minha irmã me veio visitar”. Dezenas de horas em viagem e uma grande vontade e curiosidade de visitar o país que a apaixonou, permitiram-lhe o quase impossível. Só para visitar Rovaniemi, “a terra do pai natal”, demorou 19 horas. E logo que chegou ao aeroporto demorou cerca de “cinco horas e meia apenas para chegar ao local onde ia morar”. Este, revela, foi o seu primeiro choque, uma vez que antigamente “reclamava de a viagem Porto-Lisboa demorar três horas”. O outro foi perceber que os finlandeses são “extremamente pontuais”. “Se um autocarro sai às 05h25, está a sair às 05h25. Se chegarmos às 05h26 já o perdemos”.

O clima é um fator muito significativo para quem decide ir para um país nórdico. “O mês de novembro é muito escuro, é cinzento, chove, é dias às 10h00 e noite às 15h00. É muito escuro durante o dia. No verão, é exatamente o oposto, o sol não se põe”.
Os meses que passou na Finlândia permitiram-lhe levar histórias para a vida. Muitas delas bastante caricatas: “A Finlândia é o país das saunas. É quase um modo de viver. E para eles é, quase, critério de inclusão. Todas as casas têm de ter uma sauna. Uma das grandes tradições, é passar da sauna e irmos nadar num lago gelado, que é das melhores experiências de sempre”, testemunhou a jovem, acrescentando que “fazem-se grandes negócios na sauna, com as pessoas todas nuas”.
Outra experiência que considerou “muito gira”, foi o meet summer, que se realiza no verão para assinalar “o maior dia do ano”. No Juhannus, como é designado, “o sol não se põe durante 24 horas”. Este foi um momento que considerou “espetacular” que, no fundo, consiste em estar “numa casa de verão, à beira de um lago, como é tão tradicional e fazer o bomb fire, que é uma mega fogueira”.

O gosto por ajudar

E porque o que a move é, não só a paixão pela profissão, mas também o voluntariado, Sara começou “muito cedo” a dar do seu tempo para ajudar os outros. Rapidamente percebeu que “gostava de se relacionar com pessoas e gostava de estar envolvida em diferentes projetos, constantemente”.
Tudo começou em 2014, no clube de voleibol da Escola Secundária da Trofa, onde estudou e foi atleta. “A nossa professora tinha uma atividade todos os anos, no verão, que era fazer voluntariado nos campeonatos de voleibol de praia”, contou, sobre aquele que foi o seu primeiro contacto com a iniciativa.
Após a primeira experiência, ingressou na universidade e passou a realizar este tipo de ações, desde recolha de alimentos à campanha Nariz Vermelho.
Um dos principais projetos de voluntariado de que se recorda foi quando participou, enquanto cuidadora, “pela Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares”, numa ação em que “durante uma semana era a pessoa responsável por prestar todos os cuidados de saúde e higiene a pessoas com mobilidade reduzida”.
Este foi um momento de grande aprendizagem e onde percebeu que “amava” a sua profissão: “No caso, o meu paciente tinha Esclerose Lateral Amiotrófica e estava num estado bastante avançado. O meu papel era dar-lhe banho, as refeições, passear com ele e estar, constantemente, atenta durante a noite, porque se ele carregasse na campainha eu tinha de lhe prestar auxílio, porque podia haver algum problema com a máscara ou com os equipamentos auxiliares de respiração”.
Sara Cabral também se aventurou pelos festivais de música de verão. E porque quem corre por gosto não cansa, a jovem não parou e foi crescendo neste mundo: “Comecei como voluntária, passei para o festival seguinte como coordenadora de equipa e depois convidaram-me para fazer produção de voluntariado”, recordou.
Sara regressou a terras lusitanas “um bocado contrariada, porque gostava imenso de ter ficado na Finlândia”. No entanto, apesar de ter “investido muito naquele país”, percebeu que não era o mais adequado para si “por todas as questões e limitações sociais, burocráticas e económicas que o país tem”. “É muito difícil na minha área entrar naquele país, infelizmente”, revelou.
Uma das suas maiores tristezas da mamedense foi perceber que, após tanta dedicação e investimento pessoal, este tipo de experiências não é tido em conta no momento de entrar no mercado de trabalho “pelo único e simples motivo que não esteve focado na área” de estudo.
Por isso, um dos grandes objetivos para o futuro é “trabalhar para mudar mentalidades”.
“Se investisse num projeto destes seria efetivamente para reunir, capacitar, educar, ir para as escolas e associações locais, para dar a conhecer os vários projetos que há no país e lá fora e mostrar que todas estas oportunidades a que tive acesso estão abertas a todos”.

Atualmente, Sara Cabral já exerce a profissão para a qual se formou e, devido à “responsabilidade” que assume no local de trabalho e “à possibilidade de potenciar infeções cruzadas entre os utentes”, a jovem decidiu fazer uma pausa nas ações de voluntariado.

No entanto, durante a primeira vaga, ajudou a Junta de Freguesia do Coronado “a dar apoio domiciliário a casos de dificuldade social e económica, inclusive a pessoas infetadas que não podiam sair da residência e era necessário ir à farmácia dispensar medicação e ao supermercado reabastecer a despensa”.

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“Neste contexto, foi-nos também entregue uma lista de contactos de adultos mais velhos residentes na União de Freguesias, em que o objetivo era sermos responsáveis por manter o contacto com as pessoas da lista, dar a conhecer este mesmo apoio domiciliário gratuito da Junta e dar ‘dois dedos de conversa’, mesmo que só através do telefone”, explicou.

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Edição 745

Memórias e Histórias da Trofa: Tentaram matar o Domingos!

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Decorria o ano de 1860, concretamente o mês de janeiro e na passagem do dia 27 para o dia 28, quando ocorreu um acontecimento marcante para a comunidade de Santiago de Bougado.
Nessa noite, num terreno situado no lugar da Lavadeira na respetiva freguesia, era encontrado, quase sem vida, Domingos Dias de Paiva, que era residente na freguesia de S. Martinho de Bougado.
A vítima apresentava ferimentos graves na cabeça, estava, possivelmente, em estado de choque, porque não conseguia falar, sendo socorrido no imediato pelo Administrador do concelho de Santo Tirso. Recordo que o Administrador Municipal era um cargo diferente do cargo do comum Presidente de Câmara, era sobretudo responsável por fazer a ligação entre o poder local e o poder municipal e a sua eleição para o cargo era uma miragem, atendendo a ser por nomeação, estamos perante um cargo de confiança política.
Ao contrário do habitual para a época, os suspeitos foram logo identificados, tratava-se de dois irmãos, Manuel da Costa Cruz e Joaquim da Costa Cruz, que eram filhos de José da Costa Cruz, todos habitantes de Santiago de Bougado.
A detenção dos agressores aconteceu com rapidez e, prontamente, foram enviados para o juízo de direito para serem ouvidos e dar início ao processo.
As fontes da época não informaram mais sobre o estado da vítima, apenas teve eco esta situação no boletim do Governo Civil e também no Diário do Governo, recordo que a imprensa ainda não era evoluída como hoje e já se passaram mais de 160 anos e o tempo é inimigo da memória.
Fundamentalmente para a história fica mais um caso de extrema violência, em que um indivíduo foi espancado por outros dois e ficou abandonado à sua sorte e que possivelmente seria o intuito de o deixar naquele local para caminhar motivada pela falta de auxílio para o perpétuo descanso.
Numa súmula dos acontecimentos, é de fácil perceção que a violência é transversal à Humanidade, não é de posse das gerações mais atuais como muitos tentam fazer transparecer e, inevitavelmente, ela poderá ser uma certeza na sua comunidade.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 09 de março de 2023

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