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Edição 575

Em tempos de “vacas voadoras” não é fácil defender a “geringonça”

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Recentemente, quando António Costa foi confrontado com os péssimos números referentes à economia, ao crescimento que não cresce; ao desemprego que não baixa, às exportações que baixaram; ao investimento que não há, o «pai da geringonça» disse ipsis verbis: «se não tivéssemos apostado na devolução de rendimentos às famílias e no aumento da procura interna, as dificuldades de crescimento seriam ainda maiores».
A maioria dos economistas já sabia que o país não tinha condições para se endividar mais. Pelos vistos só os governantes e os seus indefetíveis apoiantes é que não! O primeiro-ministro, com a sua habilidade retórica, desculpou-se dizendo que a desaceleração já vem de meados do ano passado. É verdade! Mas, assim sendo, em que é que se fundamentou para o disparate das suas previsões de crescimento? Tudo isto era previsível, pois a política de reposição acelerada, com toda a certeza que se iria esbarrar contras as previsões socialistas. Falta de lucidez e falta de sensatez, para mais quando não se consegue atrair investimento!
Para que o ajustamento entre a despesa e a receita do Estado fosse condizente com as necessidades do país era preciso que fosse feito dois terços por via da redução da despesa e um terço pelo aumento da receita, o que não se verificou. Todas as previsões financeiras vão ficar bastante aquém do orçamentado e o governo não vai conseguir atingir as metas orçamentais, embora seja importante que atinja o objetivo da redução do défice.
Com o atual panorama económico europeu, com a incapacidade de atrair investimentos e com a inaptidão para reduzir a despesa pública, o governo de António Costa & Companhia vai levar-nos para um caminho negro já nosso conhecido, que é mais uma grave crise financeira pública em Portugal, dentro de pouco tempo.
Mas, o que teria acontecido se esta falha grave tivesse acontecido no anterior governo? Será que os deputados, os comentadores, os jornalistas, os cronistas, os militantes ou os simpatizantes dos partidos que compõem o atual governo ficariam calados como se encontram neste momento? É compreensível que tenham muitas dificuldades em defender o indefensável, em não questionaram o que devem questionar, em comparar o que não é comparável. Era muito mais fácil estar na oposição, em criticar, em dizer mal, do que estar no poder e ter de defender uma má governação, em dizer bem quando gostariam de dizer mal. Como não estamos em tempo de «vacas gordas», mas em tempo de «vacas voadoras» não é fácil defender a «geringonça». Entende-se, pois só podem defender a atitude de António Costa em oferecer à ministra da Modernização Administrativa uma «vaca voadora» na cerimónia do “Simplex2”. Novos tempos!
Agora já nem querem saber de terem sido destruídos em 4 meses mais postos de trabalho do que aqueles que se propunham criar no prazo de 1 ano, nem querem saber dos ex-ministros socialistas que foram para administradores da Banca que deu muito que falar, das centenas e centenas de «boys» nomeados e de centenas de gestores-controleiros da segurança social, para fazer crescer e engordar ainda mais a máquina do Estado, Não! Isso era um problema no anterior governo, mas agora já não entendem como grave estas situações. São todas a favor do país, mesmo que sejam os novos «sovietes a nasceram como cogumelos». Veja-se o dirigente sindical a ser o verdadeiro ministro da educação. É só um pequeno exemplo, entre muitos outros, de um «soviete» no poder!
Para além disto tudo, ainda terem de defender propostas disparatadas, como a que fez Catarina Martins para mudar o nome do Cartão de Cidadão para Cartão de Cidadania, com a justificação de não respeitar a identidade de género das portuguesas ou a proposta da deputada europeia bloquista, Marisa Matias, ao defender a inclusão do surf nos currículos escolares. É muito disparate que os faz calar. Já se sabia que o Bloco não passa de uma «moda fora de moda», mas é muito difícil de entender como é que os alunos de Carrazeda de Anciães, de Gouveia ou de Ferreira do Alentejo, por exemplo, vão poder surfar. Onde? Talvez nas «ondas artificiais» que os bloquistas são especialistas em criar. São mais alguns dos muitos absurdos com que nos têm brindado.
Para os socialistas, comunistas e bloquistas, que amam a liberdade, tem sido muito cruel ter de defender a «geringonça». Até quando é que vão ter de «engolir tantos sapos vivos»? Não vai ser por muito mais tempo, pois os sinais de divórcio já são mais que muitos!

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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