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Edição 736

Elevador-miradouro da NOARQ venceu concurso de ideias em Vigo

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O NOARQ, atelier de arquitetura do trofense José Carlos Oliveira, faz parte do consórcio que venceu o concurso de ideias dinamizado pela Câmara Municipal de Vigo. “Halo” é o nome do projeto proposto que, segundo o presidente da autarquia, Abel Caballero, colheu a “unanimidade” do júri. Segundo o autarca, o elevador, que ligará a zona baixa da cidade desde García Barbón à zona da Via Norte, através do Centro Vialia de Vigo, é uma “escultura” e tem “uma estética extraordinária”.
Com uma dotação orçamental de “7,2 milhões de euros”, o “Halo” caracteriza-se por ter uma altura de 45 metros e, no topo, uma auréola, que serve de miradouro. E na realidade, a estrutura terá dois elevadores, o que é importante para o presidente da Câmara, que destaca o ganho de tempo e a salvaguarda, caso um falhe.
O trabalho da NOARQ tem dado nas vistas, com a obtenção de vários prémios. Recentemente, o atelier de José Carlos Oliveira esteve entre os vencedores do Architecture MasterPrize 2020 (AMP), concurso que premeia projetos nas áreas de arquitetura, design de interiores e arquitetura paisagística à escala global, com a QST House, um projeto privado situado em Santo Tirso, deu nas vistas, triunfando na categoria Restoration & Renovatione (restauração e renovação). Recorde-se que José Carlos Oliveira foi o responsável pelo projeto de arquitetura dos paços do concelho da Trofa, que estão em construção.

Em declarações ao NT, José Carlos Oliveira explicou que este prémio surgiu no âmbito “de um concurso internacional para a realização de um projeto de um elevador urbano para ligar a parte baixa à parte alta da cidade de Vigo”. “São programas extraordinários, improváveis nas cidades, acontecem pontualmente, fruto da visão de lideranças políticas extraordinárias”, sublinhou.

Sobre o projeto, o arquiteto explicou que “os elevadores públicos pertencem ao restrito conjunto de objetos transformadores da paisagem urbana”, que, “além do avanço civilizacional que representam para o dia a dia das populações”, servem como “landmarks (pontos de referência)”.

“Quem se recorda de Lisboa sem de imediato vir à memória o elevador de Santa Justa? Que imagem retemos de Salvador da Bahia senão o cartão postal do elevador Lacerda? Ou o elevador da cidade de Oregon dos anos 50 (EUA)? Ou, mais recentemente, o elevador do mercado de Coimbra ou o tímido elevador da Ribeira do Porto?”.

José Carlos Oliveira especifica que estas estruturas “fogem dos temas mais vulgares da arquitetura, porque, antes de o serem, são construção, estrutura, engenharia em grande medida”. “Talvez por este motivo, após entregarmos a nossa proposta, verificamos que não houve a multidão habitual de concorrentes, o que aumentou em nós a probabilidade de vencer e em consequência a expectativa. Felizmente aconteceu”, recordou, sem deixar de aproveitar para “saudar toda a equipa envolvida e prestar-lhes uma homenagem”.

“Justiça seja feita porque fomos convidados por duas empresas espanholas, uma de engenharia Arenas Associados e AM2 arquitetos, uma vez que em Espanha precisamos de estar associados a técnicos inscritos nos respetivos colégios de Arquitectos ou engenheiros, qualificação que não disponho”, explicou.

Gosto muito de concursos públicos, mas gosto menos de participar – é uma sensação incómoda submeter-nos ao escrutínio de desconhecidos, onde por vezes uma imagem vale por mil palavras. Não obstante a bondade dos princípios que sustentam os concursos públicos, a realidade por vezes é menos edificante e por vezes, pior ainda, perversa. Ainda assim participamos, continuamos a sonhar, talvez uma vez por ano, em média.

José Carlos Oliveira
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