quant
Fique ligado

Edição 455

Edifício Terraços do Infante com sanitários públicos fechados

Avatar

Publicado

em

“Por questões de higiene e segurança o WC encontra-se encerrado”. Esta é a informação que a Gestecasa colocou na porta dos sanitários públicos do Edifício Terraços do Infante, justificando “falta de pagamento” do condomínio.

Se precisar de ir ao Centro de Atendimento da Trofa do Centro de Emprego ou tratar de algum assunto na empresa municipal Trofáguas, saiba que não poderá utilizar as casas de banho públicas do edifício Terraços do Infante, em S. Martinho de Bougado, onde estão instaladas estas entidades. O WC está fechado desde 30 de dezembro, por “questões de higiene e segurança, com sanitas entupidas e algumas coisas partidas”, afirmou ao NT José Pereira, da Gestecasa, empresa responsável pela gestão do condomínio.

Os funcionários do Centro do Emprego, Trofáguas, Indaqua, ASVA (Associação de Silvicultores do Vale do Ave) tem que se deslocar a um café próximo para utilizar a casa de banho e houve até quem espere pela hora de almoço para ir a casa.

José Pereira referiu que o WC foi fechado por “não haver forma de suportar as despesas de limpeza e manutenção”, uma vez que “os proprietários das lojas” daquele edifício “não pagam o condomínio”.

O diferendo já dura desde 2010, altura em que a Câmara Municipal deixou de pagar o condomínio, uma vez que, no contrato de arrendamento não especifica quem deve pagar o condominio. “Face à ausência de pagamento, a Gestacasa interpôs um processo contra esses proprietários, penhorando as rendas que a Câmara lhes pagava e em 2011 recebeu o condomínio de 2010”, acrescentou. No entanto, segundo José Pereira, “ainda faltam pagar os valores de 2011, 2012 e 2013”, que totalizam “cerca de 36 mil euros”.

Apesar do atraso, salvaguardou, até ao final do ano “estava garantida a limpeza das áreas comuns do edifício”, cujo pagamento estava a ser suportado pelas restantes frações do edifício.

José Pereira referiu ainda que já houve ordem de corte de eletricidade e abastecimento de água, este por parte da Indaqua, que, simultaneamente, “tem o pagamento do condomínio da fração da loja que ocupa no edifício de 2013 por pagar”.

Ao NT, fonte da Indaqua confirma a ausência do pagamento, porque não lhe foi enviada qualquer fatura, e a suspensão do abastecimento de água “a partir do dia 14 de janeiro, uma vez que no dia 13 vence o aviso do corte”, devido “ao não pagamento da fatura referente a novembro”.

Contactada, fonte da Socitrofa, proprietária de várias frações autónomas do edifício, fez chegar ao NT um comunicado no qual refere que o encerramento do WC “foi feito à revelia” e que “interpelada sobre os motivos”, a administração do condomínio “recusou-se a dar qualquer resposta”.

No mesmo comunicado refere que não compreende a “informação” na porta das instalações sanitárias com a menção de que “as mesmas se encontram num estado de salubridade impróprio à sua utilização”, sublinhando que “na véspera do encerramento encontravam-se as mesmas limpas, asseadas e em perfeito estado de conservação”.

Publicidade

“Os diversos contactos, sensibilizando para os enormes prejuízos que acarreta o encerramento das instalações sanitárias e para urgência na sua reabertura, visto que trabalham mulheres grávidas e outras pessoas, que, por diferentes razões, têm necessidades especiais a este nível, a administração de condomínio recusa-se a proceder à sua reabertura. Face à inercia e desinteresse da administração do condomínio na resolução deste assunto, a exponente (Socitrofa) viu-se obrigada a participar esta situação às entidades competentes”, frisou.

Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, afirmou que já foi feito o contacto “com o proprietário das instalações a quem a Câmara paga a renda” e que este, “de forma provisória, já providenciou casas de banho perto para as pessoas poderem utilizar”.

O edil referiu ainda que “o representante da empresa do condomínio nem uma assembleia fez” e questionou se “é justo estarem a fechar casas de banho de utilização pública por guerrinhas”, garantindo que “a Trofáguas disponibilizou-se a limpar as casas de banho através dos serviços e a fazer essa manutenção”, mas a Gestecasa “não aceitou”. “Espero que não haja qualquer tipo de maldade por parte da empresa que está a gerir o condomínio”, frisou.

Continuar a ler...
Publicidade

Edição Papel

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Facebook

Farmácia de serviço

arquivo

Pode ler também...