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Ecos da variante

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Caro leitor,
Vai para cima de uma década, o momento em que cheguei à cidade de Braga, para frequentar o ensino superior, na Universidade do Minho. Recordo, com alguma saudade, o dia em que fui para a “praxe” e me perguntaram de onde eu era.

“ – Trofa!” – Disse eu, com muito orgulho, mais que ninguém. Em resposta, foi-me dito: “ És da terra da risca ao meio. Trânsito infernal!”
Para mim, a “risca ao meio” foi uma novidade. O “trânsito infernal”, já me era mais familiar.

Dentro e fora do concelho da Trofa, era tema de discussão, em grandes mesas redondas com dossiês técnicos massivos, e nas mesas de café, nas conversas mais mundas, o tema da variante/alternativa à estrada nacional 14, vulgo EN14, era e é, um assunto da ordem do dia.

Ao final de muitos anos, o assunto, aparenta estar finalmente resolvido.
O atual Governo da República reconhece que, o investimento é viável, necessário e urgente, esperando-se, para breve, o anúncio do arranque da obra no nosso concelho.

Sabemos que, a força dos concelhos limítrofes, nomeadamente, Maia e Vila Nova de Famalicão, foi o fator dissuasor para a extensão da variante até à Trofa.

A obra é importante do ponto de vista económico, para a evolução do eixo Porto – Braga, numa área que necessita de servir a indústria e flexibilizar a distribuição, de forma a enaltecer as potencialidades da região do baixo Ave e Grande Porto, com vista a criar “uma linha de produção industrial” com aproximadamente 50 quilómetros lineares.

A Trofa, tem neste momento, uma nova oportunidade para se afirmar.
A posição geográfica da Trofa, é per si, uma faca de dois gumes. A variante, acompanha a solução e o problema.

O nosso concelho, confronta a norte com Vila Nova de Famalicão, a Sul com a Maia – dois concelhos do top 10 dos maiores exportadores -, a este por Santo Tirso e a oeste por Vila do Conde, que apesar de perder pujança no que industria exportadora diz respeito, é ainda um dos 20 maiores.

Este leque de “bons vizinhos” leva a que, o esforço para que a Trofa seja sedutora, se redobre.

A “boa vizinhança” traz consigo oportunidades e desafios, que sendo aproveitados, geram mais-valias para a Trofa, do ponto de vista económico, estrutural e organizativo.

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A captação de investimento, é sinonimo de maior receita fiscal, de mais emprego, maior necessidade de empenho na gestão do território, mais coesão, maior estruturação e maturação das redes de comunicação e contacto. Para isso, é necessário posições de conhecimento maduras, astutas no que a investimento e empresas diz respeito.

Nesta linha de abordagem ao tema, a obra da variante, não foge a estas regras.

É altura de “pegar na régua e no esquadro”, juntar a arte e o engenho, e voltar a trazer as empresas gerenciadas, presididas e administradas por trofenses, que ao longo dos anos, foram abrindo a sua atividade “do lado de lá do Ave” ou “para os lados” das Terras da Maia, paredes meias com os caminhos de Canidelo a Fornelo de Vila do Conde.

É altura de falar a língua que se fala na indústria, a linguagem das empresas. É altura de reavaliar a ALET – Área de Localização Empresarial da Trofa – é tempo de criar, é tempo de prosperar, à boleia do que de melhor desta obra se pode tirar.

Vamos evitar que o futuro passe e ande.

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