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Edição 696

É da Trofa, mudou-se para país muçulmano e casou com indiano

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A vida de Sara Silva dava um filme. A jovem, natural da freguesia do Muro, emigrou para o Dubai, em 2015, e viveu um dos momentos mais especiais com o casamento, na Índia.

Sara Silva sempre sentiu fascínio pela área da hotelaria, cuja ocupação profissional permite trabalhar em qualquer parte do mundo. Natural do Muro, esta jovem seguiu o sonho e concretizou-o, quando concluiu o curso de especialização tecnológica de Gestão Hoteleira em Alojamento, na Escola de Hotelaria do Porto. Só que estava longe de pensar nas voltas que a sua vida ia dar, a partir daí.

Com o estágio que fez em Barcelona, abriu horizontes e a vontade de trabalhar fora de Portugal cresceu. “Candidatei-me a várias ofertas de trabalho no estrangeiro. Poucos meses depois, recebi uma proposta de emprego para um hotel em Abu Dhabi. Nem queria acreditar, mas como era um dos países onde gostaria de trabalhar, aceitei”, contou em entrevista ao NT.

Mudou-se de malas e bagagens para aquele destino em pleno Dubai. Corria o ano 2015. Só que à euforia de estar num país que sempre desejou conhecer não foi suficiente para contrariar as saudades de casa e a adaptação a uma realidade cultural completamente diferente.

“É um país muçulmano e, por isso, temos de respeitar os costumes desta religião. Contudo, não é um país assim tão restrito como eu achava que era ou como muita gente possa achar. Cerca de 80 por cento da população é estrangeira e como o país vive muito do turismo teve que se adaptar às diferentes culturas. Apenas no mês do Ramadão é que é mais restrito. Quem é muçulmano faz jejum durante o dia e toda a gente tem de respeitar certas regras, como não poder comer, beber ou fumar na rua ou em espaços abertos ao público até ao pôr do sol. De resto, é uma rotina completamente normal e com a vantagem de ser um país extremamente seguro”, relatou.

Se a vida de Sara Silva sofreu uma volta de 180 graus com a mudança para Abu Dhabi, ainda mais se revolucionou quando conheceu aquele que viria a ser o marido. Como é indiano, a jovem teve oportunidade de ser protagonista de uma das cerimónias mais simbólicas da religião hindu: o casamento. “Foi a primeira vez que visitei a Índia e tive a oportunidade de levar os meus pais comigo também. Foi uma experiência completamente diferente daquilo a que estamos habituados a ver no nosso país, mas ao mesmo tempo foi incrível tê-la vivido. Eles celebram o casamento com várias cerimónias e rituais. Foram cerca de quatro dias com a família reunida e a seguir as tradições deles. Adorei cada momento e estou muito grata à família do meu marido pela hospitalidade e pela ajuda prestada. Mesmo eu sendo de uma nacionalidade diferente, fizeram-me sentir muito acarinhada desde o primeiro minuto e os meus pais sentiram o mesmo”, contou.

Olhando para trás e para as dificuldades que teve de ultrapassar com a emigração, Sara é perentória: “Hoje posso dizer que não me arrependo de nada. Tudo o que vivi fez-me crescer muito tanto a nível profissional como pessoal”.

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