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Ano 2011

E agora, Pedro e Paulo?

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As eleições legislativas do passado dia 5 de junho, que ditaram uma derrota expressiva de José Sócrates (que grande “artistão” a fazer sementeira para as próximas eleições presidenciais) e de Francisco Louçã e uma vitória significativa de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, poderão ter aberto um novo ciclo na vida política portuguesa, um ciclo de transparência, rigor e esperança. A exemplo do que tem ocorrido na Europa.

Tem vindo a acontecer em toda a Europa uma rejeição das ideologias e propostas tradicionais. Só a nossa vizinha Espanha é que ficou com os socialistas a governar. Mas, por pouco tempo mais. É que os espanhóis, ainda recentemente em eleições regionais infligiram aos socialistas uma pesada derrota eleitoral. Está para breve o édito do seu finado.

Toda a Europa desenvolvida, mesmo atravessando uma grave crise, varreu do espectro político a esquerda esclerosada, e a outra esquerda dita moderna, que tem evidenciado uma falta de capacidade para gerir o poder em tempo de crise. Lá como cá. Sempre que estiveram no poder, os socialistas evidenciaram uma incapacidade para governar.

A esquerda faz sempre um chorrilho de asneiras, que quando deixa o poder, os cofres do estado ficam em estado lastimoso. No passado e no presente! Não há exemplo de alguém ter feito tanta coisa mal feita em tão pouco tempo. Foram seis anos de lamentável desgovernação socialista. Os socialistas, só se sentem bem em “tempo de vacas gordas” mas em pouco tempo deixam as finanças públicas infetadas de “brucelose”. É necessário muito tempo para curar os males deixados no País. E são muitos!

Este virar de página, que os portugueses consagraram nas urnas, cria expectativas muito elevadas, tantas são as “doenças” de que o País padece. Antes de tudo é preciso revitalizar a economia, e em simultâneo atacar o desemprego e a pobreza, dar autoridade às polícias e tornar a Justiça mais eficaz e mais célere. É necessário e exigível. É preciso andar rápido, não com “Passos” de menino, mas sim com “Passos” de gigante. O novo executivo não vai poder usufruir do habitual “estado de graça”. O tempo urge!Por exigências do Memorando assinado com o FMI, o BCE e a UE, que – recorde-se – foi, ainda que de um modo indireto, aceite por 78% dos eleitores (PSD, PS e CDS/PP), terão que ser concluídas, até finais de julho, mais de uma dezena de importantes medidas e até setembro, cerca de 25! É muita medida a implementar em tão pouco tempo, que exige inteligência seriedade, e eficácia.

O futuro, que se avizinha difícil, está aí a exigir muito trabalho, e a clara maioria saída das eleições, que por sinal é a maioria mais natural de todas, tem por obrigação de ser duradoura, consistente e transparente nos seus propósitos, agora que se acabou o protagonismo da fantasia e da mentira. O futuro é difícil, mas será verdadeiro e cheio de esperança.

Ao fim de quase quatro décadas de democracia, é consumado, na área política do centro-direita, o objetivo pelo qual Sá Carneiro tanto lutou: uma maioria, um governo, um presidente. Chegou o momento de demonstrar a utilidade de tamanho ideal, com a genuína vontade de ajudar Portugal através de medidas que tragam esperança. Sem estar sempre a lembrar o passado recente. O caminho – todos o sabem – é sinuoso e pedregoso mas vai levar Portugal ao desenvolvimento desejado. O tempo agora é de demonstrar que Portugal tem futuro.

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

www.moreiradasilva.pt

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