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Ano 2007

Directora Geral da AEBA fez balanço positivo da actividade da Associação

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Mafalda Cunha em discurso directo

Na passagem do sétimo aniversario da Associação Empresarial do Baixo Ave, o NT ouviu a Directora geral Mafalda Cunha, a quem se deve grande parte do sucesso que tem vindo a ser alcançado pela Associação e que em 2006 foi reconhecido através da atribuição por parte da AEP, do Prémio de melhor Associação Regional.

  O Notícias da Trofa – Estando ligada à AEBA desde a sua criação, qual a evolução que a Associação registou ao nível de serviços prestados e do número de associados?

Mafalda Cunha (MC)- A AEBA foi criada por escritura pública a 12 de Abril de 2000 embora tenha iniciado actividade apenas em Setembro desse mesmo ano. Desde logo a sua Direcção, presidida pelo Sr. Manuel Pontes, decidiu criar alguns serviços de apoio ao tecido empresarial desta região. As ideias eram muitas… O projecto era ambicioso pelas empresas envolvidas e pelo potencial empresarial local. Quando eu cheguei à AEBA, em Setembro de 2000, já estava decidido o modo de funcionamento do "apoio jurídico", do "apoio fiscal e contabilístico" e do "consultório médico", sendo os únicos benefícios que as empresas podiam então usufruir. A equipa era constituída pela menina Marta Fangueiro, pelas Advogadas, Dra. Maria João Pontes e Dra. Augusta Campos e pelo Médico, Dr. Paulo Marques. As empresas associadas rondavam as duas dezenas… Aquando da criação da AEBA a expectativa era que as mais de 200 empresas então associadas da ACICST – Associação Comercial e Industrial do Concelho de Santo Tirso, transitassem para a AEBA. Esta expectativa saiu completamente gorada… No final desse ano a totalidade de associadas não chegava às 40 empresas.

Gostaria de relembrar que as estatísticas do INE identificavam em 1998 mais de 4.000 empresas só no concelho da Trofa, às quais se poderiam somar mais Mafalda Cunha em discurso directode 30.000 sedeadas nos restantes concelhos. O universo de trabalho apresentava-se quase inesgotável, havia que cativá-las para se associarem ao projecto, o que não era nada fácil pois esta região, à semelhança de todo o país não cultiva a cooperação empresarial, nem o associativismo, que são vistos de forma menos positiva, como sendo "só para o benefício de alguns"! A este nível o desafio foi marcar a diferença. O projecto não passava de todo por criar "mais uma associação", mas sim criar uma instituição com um potencial de escala que permitisse realmente representar e defender os interesses dos empresários desta região que têm especificidades, problemas e interesses distintos das restantes regiões do país.

Foi neste contexto que desde logo abraçamos e apoiamos a elaboração do "Plano Estratégico da Trofa", que nos permitiu conhecer melhor a realidade e os anseios do tecido empresarial e a partir daí desenvolver uma série de serviços às empresas, como a formação profissional em áreas como as novas tecnologias, o desenho técnico, o marketing, as vendas, a higiene e segurança no trabalho, a produção, a logística, a qualidade ou as línguas, a consultoria especializada, o licenciamento, o acompanhamento e verificação dos incentivos comunitários, as auditorias em segurança, ambiente, qualidade e energia e mais recentemente a certificação escolar, o recrutamento e selecção de recursos humanos e a assessoria de imprensa.

Hoje estamos preparados para dar resposta às variadas áreas funcionais das empresas (administrativa, comercial, produção, logística, recursos humanos), mesmo sendo estas de ramos de actividade ou dimensões diversas.

Já se inscreveram na AEBA até à data mais de 500 empresas mas actualmente a AEBA tem cerca de trezentos associados com quotas regularizadas, sendo oriundas dos diversos sectores de actividade e pertencentes aos cinco concelhos da sua área de intervenção, o que representa menos de 1% do universo empresarial desta região, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística reportados a 31 de Dezembro de 2004, que davam como sedeadas nesta área mais de 46.000 empresas, sendo 4.500 do concelho da Trofa.

Perante esta realidade empresarial e podendo este corpo de associados e demais empresas contar com uma equipe trabalhadora, honesta e competente, preocupada em levar valor às empresas, e em fazê-las crescer de forma saudável, parece-me que estão criadas as condições para que a AEBA também cresça rapidamente, acompanhando o sucesso das suas associadas!

NT- Quais as actividades desenvolvidas pela Associação que mais têm contribuído para a sua afirmação e projecção?

MC – As empresas têm valorizado principalmente os projectos de consultoria como foi até agora exemplo o "Programa Formação PME", os projectos de formação, dirigidos a activos empregados e desempregados, como é exemplo o "Projecto INOVJOVEM", a certificação escolar, agora com extensão ao nível secundário, e o recrutamento e selecção de recursos humanos. Todas estas actividades representam na AEBA mais de 80 por do orçamento e absorvem igual proporção de recursos, sendo, sem dúvida, as actividades que mais contribuem para a afirmação e projecção da AEBA, embora áreas com menor expressão como é o caso do Licenciamento arrastem a AEBA para um patamar de excelência que as nossas congéneres têm dificuldade em alcançar.

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NT- Quantas pessoas colaboram directamente com a AEBA nos diferentes serviços e departamentos da Associação?

MC – A AEBA tem uma estrutura técnica altamente flexível e pluridisciplinar que colabora reciprocamente na criação de numa oferta cada vez mais integrada de soluções à medida de cada empresa. Nunca me pareceu adequado criar departamentos na AEBA, com a correspondente estrutura física e administrativa a que se associam uma rigidez de processos. Estamos organizados por áreas de competências que interagem por projecto. É frequente, por exemplo, a área de recursos humanos apoiar uma empresa nas três valências (recrutamento, formação e certificação escolar), em coordenação com a área de consultoria especializada num projecto de qualidade. Este modelo de organização leva-nos a ter uma equipe altamente qualificada constituída quase exclusivamente por pessoas licenciadas. No total já colaboram a tempo inteiro 18 pessoas e 6 a tempo parcial, excluindo formadores e consultores externos que totalizam 78 profissionais.

NT- Quais as distinções e certificações de que a AEBA é detentora?

MC – Ao nível das Certificações a AEBA é Entidade Acreditada pelo IQF para os domínios do Desenvolvimento/execução de intervenções ou actividades formativas e Organização e promoção de intervenções ou actividades formativas, é acreditada pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social como Centro Novas Oportunidades para fazer Certificação Escolar até ao nível Secundário e acreditada pelo IAPMEI para fazer verificação e acompanhamento do SIPIE – Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais.

Em Maio de 2006, a AEBA foi distinguida pelo Conselho Superior Associativo da AEP – Associação Empresarial de Portugal, como melhor associação regional, por ter alcançado os melhores resultados, destacando-se das restantes associações empresariais.

NT- Quais foram para si, enquanto Directora-geral, os momentos mais marcantes da vida da Associação?

MC – Na minha opinião existem dois momentos claros no desenvolvimento da AEBA. O primeiro que vai de 2000 a 2003 em que a AEBA não tinha ainda realizado trabalho visível para demonstrar a sua competência e o segundo desde 2003 até à data.

Na primeira fase, de uma dureza indescritível considero os momentos mais marcantes a "inauguração do primeiro aparelho de ar condicionado das nossas instalações" (e único durante muito tempo), durante uma reunião do Plano Estratégico da Trofa; a entrega do nosso "Processo de Acreditação", em Lisboa, em mãos à Dra. Gabriela Barata; a preparação e entrega da primeira candidatura ao POEFDS; o arranque da primeira acção de formação financiada, em Dezembro de 2001; e o protocolo estabelecido com o Centro de Emprego de Santo Tirso, que nos permitiu ter os primeiros 15 computadores.

O ponto de viragem entre estas duas fases começou com o início das Jornadas Empresariais do Baixo Ave que, na primeira edição, tiveram a presença do senhor Ministro da Economia, Dr. Carlos Tavares, e do Prof. Daniel Bessa, e as duas edições do Rally Paper da AEBA.

Na segunda fase, os momentos mais marcantes prenderam-se com a certificação da AEBA enquanto Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (agora Centro de Novas Oportunidades), a selecção enquanto promotor do Programa "Formação PME" pela AEP, a aprovação da candidatura "INOVJOVEM" pelo gabinete de parcerias do PRIME, a aprovação dos dois Cursos de Educação Formação em parceria com a Eurico Ferreira e a TSF.

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NT- No que diz respeito aos projectos que a Associação está a desenvolver neste momento, quais são os mais emblemáticos e porque?

MC-Neste momento o projecto que marcará o futuro da AEBA é sem dúvida as novas instalações, que possibilitará desenvolver e prestar mais e melhores serviços aos associados.

Quanto aos serviços propriamente ditos, o nosso modelo de itinerância do Centro Novas Oportunidades foi já replicado para alguns organismos públicos, como foi o caso do projecto com a Continental Mabor, o que é motivo de orgulho para todos nós. Este projecto de certificação escolar, agora do nível secundário, marcará positivamente o futuro desta associação. Penso que outros se destacarão também, como é o caso do modelo desenvolvido com a Eurico Ferreira e com a TSF.

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