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Edição 450

“Cultivar” os laços familiares num mundo ligado pela teia tecnológica

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A Pastoral Familiar de S. Martinho promoveu uma tertúlia subordinada ao tema “Diálogo em família na era tecnológica”. Cerca de uma centena de pessoas ouviu Abel Magalhães, especialista em psicologia, apelar ao cultivo dos laços familiares.

“Pai, não nos podemos esquecer, amanhã às 20.15 horas dá o Futebol Clube do Porto”, disse o filho. O pai respondeu de forma perentória: “Filho, desculpa, mas amanhã é a festa dos 50 anos de casamento dos teus avós, por isso vamos estar em família e valorizar o acontecimento”. Esta foi uma das histórias que serviram de exemplo para a tertúlia que a Pastoral Familiar da paróquia de S. Martinho de Bougado organizou na noite de sexta-feira, 29 de novembro, na cripta da Igreja Nova.

“Diálogo em família na era tecnológica” foi o tema que o orador Abel Magalhães desenvolveu, diante cerca de uma centena de pessoas, para demonstrar que é necessário “cultivar” os momentos em família e saber lidar com as novas tecnologias, “um pau de dois bicos, pois são uma luz nova para a nossa sociedade e, ao mesmo tempo, constitui uma ameaça”, frisou.

A “arte de ver para lá” foi dissecada através de várias histórias da vida real e de jogos entre os participantes da tertúlia – cantar “Os Parabéns”, cochichar ou cumprimentar – tornando a reunião mais interativa.

Filipe Gomes, presidente da Pastoral Familiar da paróquia de S. Martinho de Bougado, considera que este tipo de iniciativas “são importantes”, uma vez que “se pensarmos nos valores que a sociedade nos impõe, a família está um pouco esquecida e desvalorizada”. “Como famílias devemos contrariar essa tendência, até para o crescimento salutar da nossa espécie. O doutor Abel Magalhães consegue falar de coisas muito concretas, dos problemas que acontecem no dia a dia e, dessa forma, deu-nos vitaminas para nos autovalorizarmos e percebermos a importância da família na sociedade”, asseverou.

Por seu lado, Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, salientou a premência de “investir na formação da vida familiar”, pelos “vários problemas que as pessoas têm hoje, não só a nível económico como na própria vivência em comunhão”. “O tema parece-nos um tipo de discussão a incentivar, porque a vida hoje em dia torna-se muito apressada, com as famílias a desagregarem-se e há tendência para existir outra conceção de família. Precisamos de estar preparados para não nos deixarmos apanhar pelas próprias circunstâncias”, acrescentou.

Pela “elevada experiência” a abordar temáticas sobre relações interpessoais, Abel Magalhães foi o orador escolhido pela Pastoral Familiar. “Ele é especializado em psicologia e psiquiatria e tem participado em várias iniciativas a nível diocesano”, explicou João Cerejeira, elemento da Pastoral.

A tertúlia é uma das atividades que a Pastoral Familiar promove durante o ano, para cumprir o objetivo da “formação”. Existe também a componente “celebração”, onde cabem as cerimónias de comemoração dos 25, 50 e 60 anos de matrimónio. “Há muitos casais que, por falta de meios económicos, não comemoram com dignidade esses momentos. Nós achamos que os devemos valorizar e todos os anos há uma cerimónia religiosa, com uma componente festiva, com esses casais. Há uma adesão muito grande”, afiançou.

O Dia do Pai, da Mãe e dos Avós, o Dia das Grávidas e a Bênção dos Bebés são outras iniciativas que, em 2014, serão levadas a cabo pela estrutura paroquial.

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