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Edição 462

Cruz Vermelha lança campanha contra violência doméstica (c/video)

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Mãos que dão. Mãos que tiram. Denuncie”. Esta é a mensagem que se pode ver nos cartazes que foram colocados pela Cruz Vermelha para apelar à denúncia da violência doméstica.

Natalina Andrade não sofre de violência doméstica. Por isso, para ser fotografada para a campanha da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) teve de “interiorizar o sofrimento das vítimas”, através dos casos que conhece. A marca de uma mão, pintada pela artista plástica Filipa Viana, no rosto de Natalina pretende personificar os agressores e o dramatismo da fotografia pretende sensibilizar para a importância da denúncia deste crime.

A voluntária foi um dos figurinos que deu a cara para a campanha “A violência tem um rosto”, que se materializa através de cartazes que estão espalhados por vários pontos do concelho desde 22 de fevereiro, Dia Europeu da Vítima de Crime.

“É uma causa que é preciso divulgar cada vez mais. Foi uma pequena contribuição, mas que sirva para estas pessoas que sofrem de violência doméstica soltem as amarras do medo e denunciem, porque há sempre quem as apoie se pedirem ajuda”, afirmou Natalina, em declarações ao NT e à TrofaTv.

Mais jovem, mas não menos sensibilizada, Cátia Barroso também foi uma das voluntárias que se deixou fotografar.  “Estas mulheres e homens, que sofrem deste tipo de violência, precisam de ajuda e eu acho que dar a cara é um contributo”, explicou.

Além da Trofa, também o concelho de Vila Nova de Famalicão aceitou colaborar no projeto e ter cartazes espalhados pela cidade. Afinal, como vinca Daniela Esteves, presidente da delegação da Trofa da CVP, trata-se de um flagelo “transversal”, que se ramifica por todo o país.

A responsável afirmou que “fazia todo o sentido” integrar esta atividade no “plano de ação” no projeto “A Outra Face”, que trabalha a igualdade de género. “Decidimos apelar à denúncia e esta foi uma forma de chegarmos à população. A ideia era que ninguém ficasse indiferente e acho que as imagens estão bastante bem caracterizadas”, afiançou.

A violência doméstica ganha outros contornos quando provocam efeitos colaterais que se refletem muitas vezes nas crianças que presenciam as agressões no seio familiar.

Números da violência doméstica na Trofa

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De acordo com dados fornecidos pelo destacamento de Santo Tirso da Guarda Nacional Republicana, que tem a jurisdição do posto da Trofa, o ano 2013 foi o que teve menos queixas de violência doméstica registadas desde 2010: 56. Porém, foi o ano em que houve mais detenções: seis. Em 2011 foram feitas 107 queixas e uma pessoa foi detida, enquanto, em 2010, foram registadas 91 queixas e houve uma detenção. Em 2012, houve 68 queixas, mas nenhuma detenção.

 

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