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Edição 424

Cronica verde – Compostagem

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A compostagem é um processo biológico através do qual microrganismos e insetos decompõem a matéria orgânica numa substância homogénea, com aspeto de terra e com “cheiro a floresta” – o composto. É um processo semelhante ao que ocorre na natureza (onde a decomposição dá origem ao húmus) mas tornado mais rápido e mais rico em nutrientes.

O composto obtido no fim do processo de compostagem pode ser usado como adubo, pois melhora a estrutura do solo. Possui fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar os organismos patogénicos que perturbam o solo e as plantas. Vai, assim, contribuir para uma menor utilização de fertilizantes químicos de síntese e – por consequência – diminuir a contaminação dos solos, alimentos e lençóis freáticos.

Além destas vantagens, permite uma redução muito significativa dos resíduos enviados para incineração/aterro (o fim do lixo que deitamos no contentor dos indiferenciados): Cerca de 40% do lixo que cada um de nós produz é orgânico. Portanto, ao optarmos pela compostagem estamos a transformar um problema numa solução.

Fazer compostagem (doméstica) é um processo simples, económico e não requer conhecimentos técnicos.

Se tiver um quintal ou jardim, só precisa de um cantinho com aproximadamente 2 m de diâmetro na base (e pelo menos 1 metro de altura), onde vai amontoar o material a compostar, dando-lhe a forma de uma pilha (pirâmide). Tradicionalmente, muitos agricultores já o faziam – e continuam a fazer.

Se não quiser ter uma pilha no seu jardim (nem um buraco na terra, outro método comum), pode fazer o seu compostor, usando paletes de madeira, tábuas, rede… ou até comprá-lo, pois há-os em vários materiais e feitios.

Se quiser saber mais sobre compostagem encontra muita informação em livros, na internet (um bom manual disponível em http://tinyurl.com/d7dmgfb) ou pode, por exemplo, frequentar a formação gratuita na Horta da Formiga (Lipor), onde lhe dão todas as dicas necessárias para obter um bom composto.

Se não tem acesso a um espaço com terra – necessária no processo de compostagem –, pode fazer vermicompostagem. Neste processo são usadas minhocas (que também estão presentes na compostagem tradicional), mas de espécies mais adequadas para estarem num espaço confinado: muito resistentes, duradouras, de fácil reprodução e capazes de ingerir, diariamente, o seu peso em comida e transformar 60% desta em composto. Em condições ótimas, 1 kg de minhocas consome diariamente 1 kg de matéria orgânica.

Na vermicompostagem “reproduz-se” a lógica da compostagem mas numa pequena caixa com tampa (em madeira, plástico, esferovite) com cerca de 60×30 cm de base e 25 cm de altura. Esta caixa pode ser colocada numa varanda, marquise, pois não se vão efetuar trocas entre o vermicompostor e o solo. Tal como o composto, o vermicomposto resultante é um ótimo corretor de solo.

Se quiser saber mais sobre a vermicompostagem, terá boas explicações à distância de um clique em http://tinyurl.com/kvkmtsa.

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Assim, quer de uma forma ou de outra, pode, facilmente, transformar quase a totalidade dos seus resíduos orgânicos (restos de vegetais crus, cascas de frutas, borras de café, folhas verdes, restos de relva, pequenos ramos, etc.) num ótimo alimento para os legumes da sua horta ou as flores do seu jardim/floreira, ao invés de os desperdiçar.

 

Ema Magalhães |  Associação para a Protecção do Vale do Coronado

http://facebook.com/valedocoronado
http://valedocoronado.blogspot.com

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