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Edição 502

Comércio local na Trofa…

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A poucos dias do Natal, período tradicionalmente de grande azáfama, com um sem número de iniciativas para cativar a compra no comércio local, é visível o esforço que se pratica para esse fim e na Trofa tal também acontece.
Vão proliferando, aqui e acolá, animações que procuram “arrefecer” a vontade, de dar um “saltinho” ao Porto, e de aí encontrar outras alternativas, desde as grandes superfícies comerciais ao comércio de rua, com ruas pedonais polvilhadas de decorações apelativas, um ambiente propício ao passeio e ao consumo.
Este ano para além de determos o habitual investimento dos lojistas, entidades associativas e autarquia na dinamização do comércio local, viveu-se algo que surpreendeu e gerou mesmo algumas dúvidas a quem por lá passava.
Tenho plena consciência que definir o comércio local na Trofa como sendo apenas os estabelecimentos da Rua Conde S. Bento é redutor, mas não será menos verdade que esta rua se reconhece na Trofa como de comércio por excelência.
De forma muito pouco divulgada e por alguns referida como desarticulada e sem planeamento, cortou-se o trânsito nesta rua, transformando a sua face comercial, num estaleiro de obras, convenhamos até, contraproducente com o investimento preconizado.
Sendo eu defensor de que sem obra não existe progresso, equacionei ainda que estivesse a ver o início do que já defendo há vários anos, a transformação da Rua Conde S. Bento numa rua pedonal, onde tivéssemos um espaço para encontrar os amigos, numa esplanada, onde pudesse levar a minha filha, sem o perigo da proximidade da circulação automóvel, onde não tivesse que me desviar, no passeio, quando um trofense que caminha em sentido contrário possa passar.
Bem sei, que para alguns, isto poderia ser o fim da rua Conde S. Bento, porque o nosso carro é a extensão do nosso corpo.
Mas, convido a autarquia a testar o modelo. Condicione, nesta fase, o trânsito aos lojistas e moradores permitindo a colocação de equipamentos e animação na rua, mesmo que amovíveis, apoie a divulgação e iniciativas que consolidem o hábito de visitar esta rua, criem condições, mesmo que temporárias, para que o ex-canal ferroviário possa nesta altura servir de estacionamento.
Se o cenário das ruas repletas de pessoas a passear e consumir acontecem nas cidades vizinhas, coisa que apreciamos, porque não é possível na Trofa?
Teremos a breve prazo um parque de estacionamento subterrâneo a “dois passos”, dado que a distância a que aparcamos é sempre fulcral. Poderá a autarquia com algum engenho rentabiliza-lo em parceria com o comércio local?
Estamos a falar de uma rua, onde sem investimentos expressivos se poderá implementar o modelo urbano de desenvolvimento que vemos em algumas ruas no Porto, Braga ou mesmo nos nossos vizinhos famalicenses. Terá este modelo corrido mal? Os comerciantes viram fechadas as suas lojas?
Creio que não, a julgar pelas inúmeras “escapadelas” que cada um de nós faz fora da Trofa quando pretende comprar algo.
Mas desiluda-se quem como eu pensou que seria agora o momento…
Felicito a AEBA e os lojistas pela animação de rua, a Autarquia pelo esforço de criação de atratividade ao comércio local, mas tal tem que ser visto de forma estruturante.
Porque se não, o que resta?… Mais uma adjudicação direta, sem qualquer concurso para animação, de valor expressivo e critério pouco transparente, que conduz muitas vezes a concordarmos com a necessidade de apoiar o comércio local, mas…

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