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Edição 500

Colégio da Trofa e Escola Secundária com média positiva nos exames

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Os rankings das escolas foi um dos temas de destaque do passado fim de semana. Vários jornais publicaram tabelas independentes, com diferentes critérios, o que provocou o habitual alvoroço de comentá-rios sobre as diferentes posições obtidas pelas escolas. O NT analisou os rankings publicados pelo Jornal de Notícias e Público, o último realizado em parceria com a Universidade Católica Portuguesa.

Em ambos, o Colégio da Trofa e a Escola Secundária da Trofa (EST) surgem com médias positivas na globalidade dos exames do Ensino Secundário, mas em posições diferentes.
Enquanto no Público, o Colé-gio surge no 69.º lugar, com uma média de 11,63, a Escola Secundária está no 173.º posto, com média de 10,73. Ao contrário do JN, que coloca a EST no 80.º lugar, com 11,50 de média, e o Colégio da Trofa aparece na posição 145, com média de 10,88.
Manuel Pinheiro, diretor peda-gógico do Colégio, considera que o ranking do JN “é um caso espe-cial” e que “só se compreende que a Escola Secundária surja à frente do Colégio porque não contou todas as disciplinas” e “isso é manipulação”. Em contraparti-da, complementou, “nos jornais Expresso, Público, Correio da Manhã e i, o Colégio foi o mais bem classificado de entre os concelhos do Baixo Ave, assim como na Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Lousada”.
“Este ano o Colégio confirmou, uma vez mais, o brilhantis-mo dos resultados escolares em exames obtidos pelos alunos nos diversos níveis. No entanto, o trabalho que se realiza numa escola vai muito para além dos resultados dos exames e dos rankings, apesar de não os podermos subestimar nem menosprezar”, frisou.
Por sua vez, Paulino Macedo atribui esta discrepância nos rankings aos “diferentes critérios” que os jornais utilizam na avaliação dos resultados, salvaguardando que “seja qual for o ângulo de leitura e análise, temos de reconhecer que a Secundária está no bom caminho, consolidando o trabalho”. “Olhando para os diferentes rankings que os jornais nos deram, com tudo o que eles têm de subjetivo, Escola Secundária da Trofa está bem posicionada: em 620 escolas, no JN, estamos em 80.º lugar a nível nacional e, se retirarmos as escolas privadas, ocupamos um 25.º lugar”, acrescentou.
A Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, com pouco mais de 20 exames realizados, surge no ranking do Público com média global de 9,82 e no JN com 10,30.

Relativamente às disciplinas, segundo o JN, a Escola Secundária surge no 7.º lugar, a nível nacional, a Matemática Aplicada às Ciências Sociais, posição que enche de orgulho a direção do estabelecimento. Já o ano passado o 4.º lugar (2.º sem contar com escolas privadas). Paulino Macedo considera um “resultado excelente dos alunos e professores”.
No ranking do Público, esta escola teve nota positiva a Filosofia (14,36), Português (11,69), Biologia e Geologia (10,59), Geografia (11,60), História (10,59) e Economia (10,40). Na Matemática ficou-se pelos 9,18 e na Física e Química obteve 9,98. Mesmo sem ser “uma questão prioritária e muito menos uma obsessão”, o posicionamento nos rankings “é importante, pois constitui uma oportunidade para questionar o trabalho” desenvolvido na escola, salientou Paulino Macedo. O diretor da EST considera que os resultados obtidos contribuem para “aprofundar e desenvolver” a “cultura de escola” para ir ao encontro de “um compromisso dinâmico e responsável dos diferentes atores educativos”. Por sua vez, a melhor nota do Colégio em termos de exames por disciplina em Biologia e Geologia, com 13,21, enquanto em Português conseguiu 12,73 e a Matemática também foi positiva (10,65). Em Física e Química obteve 10,65, em Geologia conseguiu 10,24 e só a nota média de Economia foi negativa: 9,69.
Colégio teve a 9.ª melhor
nota a Matemática no 6.º ano
A nível nacional, o Colégio da Trofa surge no 9.º lugar na média do exame de Matemática do 6.º ano, com 4,12, numa avaliação de um a cinco, segundo o ranking do Público. A Português, o mesmo estabelecimento obteve uma média de 3,71 (68.º lugar). Na globalidade dos exames, a média cifra-se nos 3,92, a 21.ª melhor classificação nacional. O diretor pedagógico Manuel Pinheiro vai mais longe na análise: “Se contarmos as escolas com mais de 50 provas, o Colégio está na posição 19 a nível nacional, num universo de 1200 escolas”.
A Escola Básica 2/3 do Castro é o melhor estabelecimento público do concelho no mesmo nível de ensino, com média de 2,90 (3 a Português e 2,79 a Matemática). Segue-se a Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, com média de 2,83 (2,90 a Português e 2,77 a Matemática) e a Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas, com 2,55 (2,75 a Português e 2,34 a Matemática).
No JN, numa avaliação de zero a cem, o Colégio surge no 20.º posto na média conjunta dos exames, com 76,80, à frente da Escola do Castro (56,83), Escola Napoleão Sousa Marques (53,18) e Escola do Coronado e Covelas (47,78).
No resultado dos exames de 9.º ano, o Público coloca o Colégio na 25.ª posição a nível nacional, com média global de 3,85 (3,67 a Português e 4,03 a Matemática), enquanto a Napoleão Sousa Marques está no lugar 496 com média de 2,89 (2,72 a Português e 3,07 a Matemática), a Escola Secundária com 2,86 (2,93 a Português e 2,79 a Matemática), do Castro com 2,79 (3,02 a Português e 2,56 a Matemática) e a do Coronado e Covelas com 2,64 (3 a Portu-guês e 2,27 a Matemática).
No JN, com a avaliação de zero a cem, a classificação no concelho coloca o Colégio à frente, com média de 73,82, seguindo-se a Escola Napoleão Sousa Marques com 56,31, Escola Secundária com 53,85, Escola do Castro com 52 e Escola do Coronado e Covelas com 50,31.
No que respeita aos exames de 4.º ano, o Colégio surge à frente nos dois rankings, com média de 3,75 (de um a cinco) no Público e 73,85 (de zero a cem) no JN.
Para a nota do primeiro, o estabelecimento privado contou com média de 3,83 a Português e 3,67 a Matemática. Manuel Pinheiro destacou que este resultado coloca a escola “no 19.º lugar a nível distrital”.
O diretor pedagógico asseverou que os resultados obtidos só “responsabiliza mais” os responsáveis educativos “que sentem que têm de trabalhar com mais afinco para obter tão boas notas ou melhores no próximo ano”. “Isto é o espelho do crescimento que o Colégio está a ter, pois foi um dos que a nível nacional mais cresceu em termos de população académica”.
A melhor escola pública do concelho, para o Público, é a Escola Básica da Lagoa (média global de 3,63), que obteve o melhor resultado médio conce-lhio no exame de Português: 3,87. A melhor a Matemática, no universo dos estabelecimentos públicos, pertence à Escola da Esprela, com 3,50. Globalmente, obteve a média de 3,62.
Já segundo o JN, a segunda melhor escola foi a da Esprela (71,50) e a terceira a da Lagoa (69,77).
Segundo Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, onde se inserem a EST, a Professor Napoleão Sousa Marques, a da Lagoa e a da Esprela, “os resultados dos alunos destes anos de escolaridade situam-se acima das médias nacionais e acima dos valores esperados para as escolas com as mesmas características”. “Temos uma taxa de sucesso de 98.9% no 4.º ano, de 93.8% no 6.º ano e 83.3% no 9.º ano enquanto as taxas nacionais são inferiores: 96.1% para o 4.º ano, 86.7% para o 6.º ano e 83.6% para o 9.º ano”, explicou.
Renato Carneiro, diretor do Agrupamento do Coronado e Castro, salientou a “subida generalizada no 4.º ano”, sem deixar de frisar que, “em termos gerais, o Agrupamento subiu bastante”. “No 6.º ano, temos algumas discrepâncias, mas mantém-se o que é habitual nos anos anteriores. O Castro é a melhor escola pública e a Escola Coronado e Covelas mantém-se no último lugar. No 9.º ano, houve variações. No Castro tem a ver com os alunos que, já no 6.º ano, por altura de provas de aferição, estiveram mal”, analisou.

Que ilações se podem tirar dos rankings?

Paulino Macedo considera que “o problema não está nos critérios de avaliação, mas eventualmente nos critérios de elaboração dos rankings”, que “não deixam de ser uma leitura possível da realidade”. “Esta, contudo, é muito heterogénea a diferentes níveis. Seria importante considerar outros dados, como por exemplo o número de alunos apoiados pela ação social, escolaridade dos pais e/ou encarregados de educação, dimensão da escola, contexto cultural e socioeconómico em que a escola se insere, a avaliação interna dos alunos, o tipo de vinculação dos docentes, estudar a população discente e determinar as classificações esperadas”.
À parte dos rankings, o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, considera que “mais importante é que nos preocupemos diariamente com a qualidade do ensino em que o professor seja sujeito a uma liderança focalizada nas aprendizagens”.
Renato Carneiro considera que é possível retirar ilações relativamente “às condições socioeconómicas dos alunos”, evidenciando a atenção dada pelo jornal Público nesse aspeto. “Dada a extensão do Agrupamento, com quatro freguesias e 12 escolas, estamos a falar de realidades muito diferentes, o que nos condiciona. No entanto, temos metas a atingir e a esse respeito os rankings não nos dizem nada, porque temos que considerar as condições em que as crianças estão. Não se pode pedir a uma criança que não tenha um ambiente familiar organizado que consiga ter os mesmos resultados que outra que tenha uma família estruturada”, sublinhou.

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