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Edição 464

Cerca de 300 cavalos participaram na Feira Anual

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Segunda parte da Feira Anual da Trofa realizou-se com várias atividades no picadeiro. Organização faz balanço positivo mas não coloca de parte revisão dos moldes da iniciativa.

S. Pedro redimiu-se do primeiro fim de semana de março e brindou a organização da Feira Anual com um céu azul e soalheiro para a segunda parte do evento, dedicado aos cavalos.

Este ano, participaram cerca de 300 animais, entre os quais metade participaram nos concursos agendados.

Um dos prémios mais desejados do evento, o campeão dos campeões do concurso Modelo e Andamentos foi entregue a Cannabis, um Puro-sangue Lusitano da Coudelaria Quinta dos Pedros, propriedade de Paulo Bessa.

Cannabis não chamou a atenção só pelo nome, mas pela prestação irrepreensível, impressionando o júri, que lhe atribuiu a medalha de ouro. “Os pontos fortes foram a apresentação do cavalo, desde a saída da box, aos andamentos, que foram excelentes. Acho que foi uma boa prestação e o prémio é merecido”, frisou Paulo Bessa.

O cavalo foi montado por Ricardo Moura Tavares, antigo campeão do mundo, que começa a dar nas vistas nestes concursos. Para já, o prémio mais relevante foi obtido na Feira Anual. “Acho que este evento está bem organizado, tem boas condições e está num sítio agradável para poder evoluir ainda mais”, afirmou o criador, que para o certame levou dois cavalos.
Já o título de melhor Coudelaria pertence à de Manuel Maia Correia, que o encarou como “a consagração” da “aposta” que continua a fazer “na criação do cavalo lusitano”. O criador levou cinco cavalos para o Concurso de Modelo e Andamentos e gostou dos resultados obtidos. “Eu sou muito crítico relativamente àquilo que eu crio e o primeiro julgamento que faço é em casa. Não venho para este evento se não reconhecer que os meus animais têm qualidade, independentemente, do desfecho que tiverem. Consola-me ver a evolução qualitativa que o Concurso de Modelo e Andamentos tem tido nos últimos anos na Trofa. Quando sou classificado como melhor criador e tenho cinco animais com três primeiros prémios não posso pedir mais”, sublinhou.

A organização também mereceu elogios por parte de Manuel Maia Correia: “Eu felicito-a pela aposta feita e pela decisão tomada, porque este tempo veio dignificar a festa do cavalo, o que seria impraticável com o tempo que se fez sentir na semana passada”.
No picadeiro realizaram-se várias provas, desde o Concurso Modelo e Andamentos às provas do Campeonato Regional do Norte de Equitação de Trabalho, as Cavalhadas e o Derby de Atrelagem. O Horse Paper levou os participantes a animar as ruas de Santiago de Bougado. A noite de sábado ficou marcada pelo Desfile e Gala da Confraria do Cavalo.

“O público foi praticamente o mesmo dos outros anos”

Joana Matos, chanceler da Confraria do Cavalo, considerou que a edição de 2014 da vertente equina da Feira Anual “foi muito positiva”, uma vez que “o tempo ajudou imenso” e “todos os cavalos e cavaleiros que iriam participar na semana anterior, marcaram presença”. Todas as provas, inicialmente, agendadas realizaram-se, à exceção dos jogos de horseball, que foram cancelados pelo facto de “o piso não dar condições de segurança aos animais”, revelou.

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Registou-se também uma ligeira queda do número de cavalos, “cerca de 300”. “Houve gente que já tinha o fim de semana ocupado e que não pôde vir, mas conseguimos igualmente um bom número de animais na feira”, frisou.
Com metade da feira e mercado vazia, a Confraria do Cavalo decidiu animar o espaço com a contratação de Quim Barreiros, que animou a noite de sexta-feira e trouxe “muita gente” ao recinto.

Já sobre o público presente, Joana Matos considera que foi “praticamente o mesmo” dos anos anteriores.

Quem também fez um balanço positivo da Feira Anual de 2014 foram a Junta de Freguesia de Bougado e Câmara Municipal da Trofa. A primeira, pela voz do presidente, Luís Paulo, referiu que está “grata” a “toda a gente que colaborou” e “aos visitantes”. “Tivemos várias melhorias, como a aposta na juventude, e com o problema do tempo tivemos que criar alguma animação para trazermos as pessoas para este espaço. Vejo as pessoas satisfeitas”, frisou.

Luís Paulo colocou em hipótese a necessidade de se rever os moldes deste evento por considerá-lo “demasiado caro”. “Este ano conseguimos reduzir nos custos, mas penso que no futuro, com as dificuldades do país, teremos de reduzir ainda mais”, afiançou o autarca, acrescentando que não se trata “bem do custo-benefício, mas de ver até que ponto os trofenses estão interessados ou o que acham que se deve gastar”.

Já o presidente da Câmara Municipal, Sérgio Humberto, elogiou o facto de a Junta de Freguesia ter conseguido “uma redução de 12 mil euros”, com o aumento de stands – de “55 para 90” – e defendeu que, passada a Feira, todos os parceiros, desde expositores, Confraria do Cavalo, Comissão de Agricultores e Cooperativa dos Agricultores, se reúnam com a organização para “avaliar” os possíveis “cortes” a efetuar no orçamento do evento. “As condições financeiras de há quatro anos não são as mesmas de agora, pelo que se exige contenção de custos, mas não queremos baixar o nível da Feira, bem pelo contrário”, frisou.

O edil trofense também considera que as limitações de espaço para o certame “não são tantas como isso” e que “construir um parque de estacionamento” para um fim de semana, por ano, “não faz sentido”, não descurando, porém, a necessidade de “arranjar as melhores condições para os visitantes estacionarem os carros”.

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