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Edição 457

Canil municipal sobrelotado e a precisar de obras “urgentes”

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A Associação Um Animal Um Amigo voltou ao ativo para ajudar a tratar dos animais do canil municipal. Sílvia Coutinho alerta que é “urgente” intervir numa estrutura, que abriga mais de 20 cadelas e está em risco de ruir, e pede a ajuda da população.

Os números falam por si e revelam a realidade do canil municipal da Trofa. Segundo dados fornecidos pelo responsável, Fernando Silva, se em 2008 foram adotados “mais de 400 animais”, em 2013 o valor desceu para “107”. O decréscimo de adoções provocou um efeito inverso na lotação do canil – denominado Centro de Recolha Oficial da Trofa – que atualmente alberga “cerca de 84” animais – três deles são gatos adultos -, muito para além da capacidade. “A lotação disto devia ser 55. Agora não há mais onde meter animais, está completamente cheio”, alertou.

Para piorar o cenário, uma das estruturas do canil, que abriga mais de 20 cadelas, está degradada e pode ruir a qualquer momento. As telhas frágeis, e muitas delas partidas, ameaçam provocar uma “catástrofe”. Fernando Silva afirma que o canil sofreu um “retrocesso desde há três anos” e, por isso, ficou “feliz” quando soube que a Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA) voltou a ser reativada. A atividade da coletividade, da responsabilidade de Sílvia Coutinho, foi suspensa em outubro de 2011 devido a “divergências com o executivo camarário”. “Cortaram-nos o apoio financeiro e não nos deixavam trabalhar como queríamos e preferimos afastarmo-nos, sem nunca deixar de fazer o bem por estes animais”, contou Sílvia Coutinho, em declarações ao NT.

A decisão para retomar a atividade surgiu depois de “o novo executivo” pretender recuperar a parceria com a associação. “Mal tomou posse chamou-nos e propôs que voltássemos a trabalhar e nós aceitamos, desde que nos desse apoio financeiro, que ainda não chegou, mas estamos a dar um voto de confiança, porque nos pareceu bastante recetivo e atencioso quanto aos nossos pedidos”, referiu.

Logo que cumprir as burocracias relativas à reativação da AUAUA, Sílvia Coutinho quer começar a trabalhar o mais rápido possível. “Obrigatória” é a intervenção na estrutura mais degradada. “A Câmara já nos deu o ‘ok’, que podemos fazer as obras e que nos vai ajudar, mas precisamos de tijolos, areia, cimento e mão de obra para podermos começar”, salientou, apelando à população que “dê donativos”, que podem ser feitos através de transferência bancária para o NIB 0018 0003 1758 0572 0209 2.

A celebração de protocolos com empresas que ajudem à associação em troca de publicidade nas “diversas atividades da AUAUA” é outro dos objetivos, que permitirá sustentar o projeto.

Animais vadios aumentaram no concelho

Além disso, continua a prevalecer a necessidade de alimentação e o apoio financeiro para as castrações. “Enquanto a associação existiu, castramos todas as cadelas, gatas e gatos e ajudávamos na castração de animais de pessoas com poucas posses. Conseguimos que 500 animais fossem castrados até à suspensão da associação. Estávamos a ir tão bem e já não existiam quase nenhum gato vadio. Mas agora, há por todo o lado, assim como cães”, frisou. Fernando Silva complementa e anuncia que “S. Romão e S. Mamede do Coronado” são as freguesias com maior foco de animais vadios.

“Como não tem sido divulgado desde há três anos, as pessoas não estão a ligar ao canil e estão a esquecer-se dos animais. Espero que com a associação volte tudo à normalidade e que as pessoas tenham mais consciência e não os abandonem”, afiançou Fernando Silva. Se estiver interessado a adotar algum animal, pode contactar o 916 236 740 ou 911 010 477

 

AUAUA precisa de voluntários

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Como “começou do zero”, a associação “precisa de voluntários”, referiu Sílvia Coutinho. “Precisamos de ajuda para passear os cães, dar banhos, fazer tosquias e tratar dos animais quando eles chegam, porque se eles estiverem maltratados ninguém os quer”, frisou. Os interessados podem contactar o número  911 010 447 ou dirigir-se ao canil, na Rua da Ribeira, em Cidai, Santiago de Bougado.

“Nós trabalhamos muitos anos com o senhor Fernando, sabemos bem as necessidades deste canil e dos animais e para fazer um ótimo trabalho precisamos da ajuda de todos, precisamos de novos sócios, voluntários e de pessoas e empresas que nos deem apoio financeiro. O facto de querermos cumprir toda a parte burocrática é para conseguirmos passar a fatura por todas as dádivas que nos derem e assim as pessoas não precisam desconfiar e têm a certeza que o dinheiro é para ajudar os animais”, sublinhou.

Clínica” e “espaço para banhos e tosquias” são sonhos por cumprir

Fernando Silva é o responsável pelo canil e para este local considera que era importante providenciar “uma clínica para fazer pequenas cirurgias” e “um local para dar banhos e fazer tosquias aos animais”. No entanto, as dificuldades financeiras do município podem adiar os sonhos e, para já, as prioridades estão na requalificação de um dos abrigos e trabalhar para dar uma família a todos os animais.

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